Frases e palavras de impacto de J. G. de Araújo Jorge!

Soneto à tua volta Voltaste, meu amor... enfim voltaste! Como fez frio aqui sem teu carinho.... A flor de outrora refloresce na haste que pendia sem vida em meu caminho. Obrigado... Eu vivia tão sozinho... Que infinita alegria, e que contraste! -Volta a antiga embriaguez porque voltaste e é doce o amor, porque é mais velho o vinho! Voltaste... E dou-te logo este poema simples e humilde repetindo um tema da alma humana esgotada e envelhecida... Mil poetas outras voltas celebraram, mas, que importa? – se tantas já voltaram só tu voltaste para a minha vida... (Do livro "Eterno Motivo" " - Prêmio Raul de Leoni, da Academia Carioca de Letras - 1943)

Por J. G. de Araújo Jorge

Carta a um amor impossível Recebi tua carta, - e ainda sob o peso da emoção que me trouxe, eu te escrevo, surpreso, reavivando na minha lembrança esquecida certos traços sem cor de uma história perdida: - falo dos poucos dias que passamos juntos. Tão longe agora estas, quantos belos assuntos a que eu não quis, nem soube mesmo dar valor, relembras com um estranho e desvelado amor. Tua carta é tão doce, e tão cheia de cores que, dir-se-ia a escrever com o mel que há nas flores, sobre o azul de um papel tão azul, que o papel faz a gente pensar num pedaço de céu! Impregnado nas folhas chegou até mim, um perfume sutil e agreste de jasmim e um pouco do ar sadio e puro de montanha! Estranha a tua carta, inesperada e estranha! Deixas nas minhas mãos a tua alma confiante, ante a revelação desse amor deslumbrante e abres teu coração, num gesto de ansiedade, sob a opressão cruel de uma imensa saudade. Dizes que só por mim tu vives, - que a tristeza é a companheira fiel que tens por toda parte, e me falas assim com tamanha franqueza que eu nem sei que dizer receando magoar-te! Não compreendo esse amor que revelas por mim nem mereço a ternura e o enlevo sem fim de um só trecho sequer de tudo o que escreveste, - por exemplo, - de um trecho belo e bom, como este: "Teu olhar é o meu sol! Vivo da sua luz! - e mesmo que esse amor seja como uma cruz eu o levarei comigo em meu itinerário! E o bendirei na dor ascendendo ao Calvário! Sem ele não existo; e sem ti, meu destino será vazio, assim como o bronze de um sino que ficou mutilado e emudeceu seus sons na orquestra matinal dos outros carrilhões! Quero ser tua sombra até, - e quando tudo te abandonar na vida, e o frio, e quedo, e mudo, encerrarem teu corpo em paz sob um lajedo, eu ficarei contigo ao teu lado, sem medo, e sozinha e sem medo eu descerei contigo oh! Meu único amor! Oh! Meu querido amigo! - para que os nossos corpos juntos, abraçados, fiquem na mesma terra em terra transformados!" Escreves tudo assim, - e eu nem sei que te diga nesta amarga resposta, oh! Minha pobre amiga! Tarde, tarde demais... Bem me arrependo agora do amor que te inspirei, daquele amor de outrora que eu julgava um brinquedo a mais em minha vida e a quem davas tua alma inteira e irrefletida... Releio a tua carta, e confesso que sinto o ter-te que falar sobre esse amor extinto, um prelúdio de amor que ficou sem enredo e que só tu tocaste em surdina, em segredo... Dizes que o que eu mandar, farás... e que és tão minha que mesmo que não te ame e que fiques sozinha bastará para ti a lembrança feliz dos dias de ilusão em que nunca te quis! E escreves, continuando essa carta que eu leio com uma vontade louca de parar no meio: "Minha vontade é a tua! E meu destino enredo no teu!... És o meu Deus! Teu desejo é o meu credo! Creio na tua força e no teu pensamento, e nem um só segundo e nem um só momento deixarei de seguir-te aonde quer que tu fores, seja a estrada coberta de espinhos ou flores, te aureole a fronte a glória e te sirva a riqueza ou vivas no abandono e sofras na pobreza! Serei outra Eleonora Duse, e te amarei com um amor infinito, sem razão nem lei. Tu serás o meu Poeta imortal, - meu Senhor, a quem entregarei minha alma e o meu amor! Creio na tua força e no teu pensamento! - faço dela um arrimo, e tenho nele o alento da única razão que dirige meus atos; - é a lógica fatal das cousas e dos fatos! Orgulho-me de ser a matéria plasmável onde o teu gênio inquieto, e nervoso, e insaciável, há de esculpir uma obra à tua semelhança! Junto a ti sou feliz e me sinto criança curiosa de te ouvir, fascinada e atraída pela tua palavra alegre e colorida! E se falas da vida ou se o mundo desvendas os assuntos ressoam na alma como lendas e tudo é novo e é belo, e tudo prende e atrai, de um simples botão que se abre a um pingo d'água que caí. Há em tudo uma alma nova! Há em tudo um novo encanto! Tantas vezes te ouvi! E sempre o mesmo espanto quando tu me dizias, que era tarde, era a hora em que eu ia dormir em que te ias embora... Muitas vezes, deitada, - eu rezava baixinho uma prece que fiz só para o meu carinho: com meus beijos de amor matarei tua sede, com os meus cabelos tecerei a rede onde adormecerás feliz, imaginado que é a noite que te envolve e te embala cantando; formarei com os meus braços o ninho amoroso onde terás na volta o almejado repouso; minhas mãos te darão o mais terno carinho e julgarás que é o vento a soprar de mansinho sussurrando canções e desfeito em desvelos a desmanchar de leve os teus claros cabelos! No meu seio, - que a uma onda talvez se pareça, recostarei feliz, enfim, tua cabeça, e nada, nenhum ruído há de te perturbar! - meu próprio coração mais baixo há de pulsar... Quando o sol castigar as frondes e as raízes com o meu corpo farei a sombra que precises, e se o inverno chegar, ou se sentir frio, em mim hás de achar todo o calor do estio! Não te rias, - bem sei que te digo tolices, mas ah! Se compreendesses tudo, ou se sentisses a alegria que sinto ao te falar assim, talvez que não te risses, meu amor, de mim... Isto tudo, - é obra apenas da fatalidade, - quando o amor é uma doença e é uma febre a saudade." Tua carta é uma frase inteira de ternura, como uma renda fina, cuja tessitura trai a mão delicada e a alma de quem a fez Ela é bem a expressão da mulher, que uma vez... (mas não, não recordemos estas cousas mais, - para o teu bem, deixemos o passado em paz se o não posso trazer num augúrio feliz para a prolongação de um sonho que desfiz...) Tua carta é o reflexo da tua beleza, e há no seu ofertório a singela pureza desse amor que te empolga e te invade e domina! (Uma alma de mulher num corpo de menina!) Reli-a muito, a sós... - Mais adiante tu dizes, com esse místico dom das criaturas felizes: "Amo, para a alegria suprema e indizível de humilhar-me aos teus pés tanto quanto possível, e viverei feliz, como a poeira da estrada se erguer-me ao teu passar, numa nuvem dourada cheia de sol e luz, - nessa glória fugaz de acompanhar-te os passos aonde quer que vás! Não importa que eu role depois no caminho, não importa que eu fique abandonada e só, - quem nasceu para espinho há de ser sempre espinho!... - quem nasceu para pó, há de sempre ser pó!" Faz-me mal tua carta, muito mal... Receio pelo amor infeliz que abrigaste em teu seio, e uma angústia mortal me oprime e me castiga, deixa que te confesse, oh! Minha pobre amiga! Não pensei... Não pensei que te afeiçoasses tanto, nem desejava ver a tristeza do pranto ensombrecer teus olhos... Quando tu partiste, não compreendia bem por que ficaste triste nem quis acreditar no que estavas sentindo... Hoje, - hoje eu descubro que o teu sonho lindo era mais do que um sonho, - era mesmo, em verdade uma grande esperança de felicidade! Me perdoarás, no entanto... ah! Não fosses tão boa! E eu insisto de joelhos a teus pés: - perdoa! Se eu soubesse, ou se ao menos eu adivinhasse o que não pude ver além de tua face e o que não soube ler velado em teu olhar, não teria deixado esse amor te empolgar... Perdoa o involuntário mal que te causei! A carta que escreveste, e há bem pouco guardei, um grande mal também causou-me sem querer: - é bem rude e bem triste a gente perceber que encontrou seu ideal, - o seu ideal mais belo, - e o destruir, tal como eu, que agora o desmantelo! É doloroso a gente em mil anos sonhá-lo e inesperadamente ter que abandoná-lo! Se algum amor eu quis, esse era igual ao teu que tudo me ofertou e nada recebeu; ingênuo e puro amor, simples, sem artifícios, capaz como bem dizes "de mil sacrifícios, e de mil concessões, chorando muito embora, só para ver feliz o ente que quer e adora!" E pensar que isso tudo que tu me ofereces: — teu raro e imenso amor, teus beijos, tuas preces, a tua alma de criança ainda em primeiro anseio; e o teu corpo, onde a forma ondulante do seio não atingiu sequer seu máximo esplendor; tua boca, ainda pura aos contatos do amor; - e dizer que isso tudo, isso tudo afinal que era o meu velho sonho e o meu maior ideal, abandono, desprezo, renuncio e largo com um gesto vil como este, indiferente e amargo! Enfim, já estás vingada... Porque ainda és criança há de este falso amor te ficar na lembrança como uma experiência... (a primeira vencida das muitas que talvez ainda encontres na vida... ) E um dia então... - quem sabe se não será breve? - descobrirás na vida aquele amor que deve transformar teu destino e realizar teu sonho... Antevendo esse dia de festa, risonho, comporei, como um véu de noiva, para as bodas, a mais bela poesia, a mais bela de todas... (... Recebendo-a, dirás, esquecida e contente: - "quem teria enviado este estranho presente?") Sé feliz, minha amiga... eu me despeço aqui... Lamento o meu destino, porque te perdi e maldigo esta carta pelo que ela diz... Não chores, - porque eu sei que ainda serás feliz... E que as lágrimas de hoje, - enxuguem-se ao calor de um verdadeiro, eterno e imorredouro amor! P. S. - Sê feliz. Amanhã tudo isto será lenda... E pede a Deus, por mim, - que eu nunca me arrependa... (do livro" Eterno Motivo" - 1943)

Por J. G. de Araújo Jorge

O verbo amar Te amei: era de longe que te olhava e de longe me olhavas vagamente... Ah, quanta coisa nesse tempo a gente sente, que a alma da gente faz escrava. Te amava: como inquieto adolescente, tremendo ao te enlaçar, e te enlaçava adivinhando esse mistério ardente do mundo, em cada beijo que te dava. Te amo: e ao te amar assim vou conjugando os tempos todos desse amor, enquanto segue a vida, vivendo, e eu, vou te amando... Te amar: é mais que em verbo é a minha lei, e é por ti que o repito no meu canto: te amei, te amava, te amo e te amarei! (Do livro - Bazar de Ritmos - 1935)

Por J. G. de Araújo Jorge

Trovas De Ciúme "Dosado", o ciúme é tempero que à afeição da mais sabor... Mas, levado ao exagero, é o pior veneno do amor... Cão de guarda, ameaçador, a rosnar, furioso e cego eis afinal, meu amor, este ciúme que carrego... Do amor e da desconfiança infeliz casal sem lar, nasceu o ciúme, - essa criança tão difícil de educar... Perigoso, onipotente, verdadeiro ditador... o ciúme é um cego, doente, ou um doente, cego de amor? Eis como o ciúme defino: mal que faz mal sem alarde corte de alma, muito fino, que não se vê... mas como arde! O ciúme, desajustado, por louco amor concebido, era uma amante, (coitado) a padecer... de marido!"

Por J. G. de Araújo Jorge

Antes eu conseguia juntar os pedaços e voltar a ser eu. Impossivel agora. Como conseguir reconstruir-me se me falta você??

Por J. G. de Araújo Jorge

Os versos que te dou Ouve estes versos que te dou, eu os fiz hoje que sinto o coração contente enquanto teu amor for meu somente, eu farei versos...e serei feliz... E hei de fazê-los pela vida afora, versos de sonho e de amor, e hei depois relembrar o passado de nós dois... esse passado que começa agora... Estes versos repletos de ternura são versos meus, mas que são teus, também... Sozinha, hás de escutá-los sem ninguém que possa perturbar vossa ventura... Quando o tempo branquear os teus cabelos hás de um dia mais tarde, revivê-los nas lembranças que a vida não desfez... E ao lê-los...com saudade em tua dor... hás de rever, chorando, o nosso amor, hás de lembrar, também, de quem os fez... Se nesse tempo eu já tiver partido e outros versos quiseres, teu pedido deixa ao lado da cruz para onde eu vou... Quando lá novamente, então tu fores, pode colher do chão todas as flores, pois são os versos de amor que ainda te dou. (Do livro "Meu Céu Interior" – 1934)

Por J. G. de Araújo Jorge

A BICICLETA Me lembro, me lembro foi depois do jantar, meu avô me chamou, tinha um riso na cara, um riso de festa: - Guilherme, vou tapar seus olhos, venha cá. Os tios, os primos, os irmãos, na grande mesa redonda ficaram rindo baixinho, estou ouvindo, estou ouvindo: - Abre os olhos, Guilherme! Estava na sala de jantar, junto da porta do corredor, como uma santa irradiando, num altar, como uma coroa na cabeça de um rei, a bicicleta novinha, com lanterna, campainha, lustroso selim de couro, tudo. Me lembrei hoje da minha bicicleta quando chegou a minha geladeira. Mas faltou qualquer coisa à minha alegria, talvez a mesa redonda, os tios, os primos rindo baixinho, – abre os olhos, Guilherme! Oh! Faltou qualquer coisa à minha alegria!

Por J. G. de Araújo Jorge

Falta de Ar Há dias que posso passar sem sol, sem luz, sem pão, sem tudo enfim... ( Tenho até a impressão de que não preciso de nada... ... nem mesmo de mim...) Mas há dias, amor... ( e parece mentira) - nem eu sei explicar o porquê de tão grande aflição - em que não posso passar sem Você um segundo que seja! - de repente preciso encontrá-la, é preciso que a veja - - Você é o ar com que respira meu coração !

Por J. G. de Araújo Jorge

E afinal há uma sutil diferença em nosso amor, (ninguém o diz) tu...queres ser feliz, eu, quero te fazer feliz!!!!!

Por J. G. de Araújo Jorge

Mereço tudo. Tinha que acontecer. Curvei-me tanto a este amor que passaste por cima sobranceira e acabaste por nem me perceber...

Por J. G. de Araújo Jorge

Meu Coração Eu tenho um coração um século atrasado ainda vive a sonhar... ainda sonha, a sofrer... acredita que o mundo é um castelo encantado e, criança, vive a rir, batendo de prazer... Eu tenho um coração - um mísero coitado que um dia há de por fim, o mundo compreender... - é um poeta, um sonhador, um pobre esperançado que habita no meu peito e enche de sons meu ser... Quando tudo é matéria e é sombra - ele é uma luz ainda crê na ilusão, no amor, na fantasia sabe todos de cor os versos que compus... Deus pôs-me um coração com certeza enganado: - e é por isso talvez, que ainda faço poesia lembrando um sonhador do século passado

Por J. G. de Araújo Jorge

GOSTO QUANDO ME FALAS DE TI Gosto quando me falas de ti... e vou te percorrendo e vou descortinando a tua vida na paisagem sem nuvens, cenário de meus desejos [tranqüilos Gosto quando me falas de ti... e então percebo que antes mesmo de chegar, me adivinhavas, que ninguém te tocou, senão o vento que não deixa vestígios, e se vai desfeito em carícias vãs... Gosto quando me falas de ti... quando aos poucos a luz vasculha todos os cantos de sombra, e eu só te encontro e te reencontro em teus lábios, apenas pintados, maduros, mas nunca mordidos antes da minha audácia. Gosto quando me falas de ti... e muito mais adiantas em teus olhos descampados, sem emboscadas, e acenas a tua alma, sem dobras, como um lençol distendido, e descortino o teu destino, como um caminho certo, cuja primeira curva foi o nosso encontro. Gosto quando me falas de ti... porque percebo que te [desnudas como uma criança, sem maldade, e que eu cheguei justamente para acordar tua vida que se desenrola inútil como um novelo que nos cai no chão..." (Do livro "Quatro Damas" 1ª Edição, 1965)

Por J. G. de Araújo Jorge

Sim, tive amantes e amadas, fui escravo, fui senhor. Mas só agora que te encontro tenho amante e amada num mesmo amor.

Por J. G. de Araújo Jorge

ROSA... ESPINHO Pago a impaciência desta paixão ansiosa por te querer em meu caminho.. quis colher a rosa feriu-me o espinho.

Por J. G. de Araújo Jorge

Talvez seja o tempo...a vida...a idade... mas a gente vai aprendendo a renunciar a tanto que se quis... A verdade é que me acomodei de tal modo na minha infelicidade, que quase que sou feliz...

Por J. G. de Araújo Jorge

Essa... Essa, que hoje se entrega aos meus braços escrava olhos tontos do amor de que aos poucos me farto, ontem... era a mulher ideal que eu procurava que enchia a minha insônia a rondar o meu quarto... Essa, que ao meu olhar parado e indiferente há pouco se despiu - divinamente nua -, já me ouviu murmurar em êxtase, fremente: - Sou teu! ... E já me disse, a delirar: - Sou tua ! Essa, que encheu meus sonhos, meus receios vãos, num tempo em que eram vãos meus sonhos, meus receios, já transbordou de vida a ânsia das minhas mãos com a beleza estonteante e morna dos seus seios ! Essa, que se vestiu... que saiu dos meus braços e se foi... - para vir, quem sabe? uma outra vez. - segui-a... e eu era a sombra dos seus próprios passos.. - amei-a... e eu era um louco quando a amei talvez... Hoje, seu corpo é um livro aberto aos meus sentidos já não guarda as surpresas de antes para mim... (Não importa se há livros muita vez relidos importa... é que afinal, todos eles têm fim... Essa, a quem julguei Ter tanta afeição sincera e hoje não enche mais a minha solidão, simboliza a mulher que sempre a gente espera... mas que chega, e se vai... como todas vão... (Do livro - Amo – 1939)

Por J. G. de Araújo Jorge

Parece coisa de louco Como explicar na verdade Que o amor, que durou tão pouco Me doa uma eternidade

Por J. G. de Araújo Jorge

Não é apenas só que estou me sentindo É muito pior: - Estou me sentindo sem você.

Por J. G. de Araújo Jorge

Terias razão ,afinal pra não acreditar na grandeza do meu amor, se eu fosse capaz de traduzi-lo em palavras.

Por J. G. de Araújo Jorge

Ser mãe... Quando todos te condenem quando ninguém te escutar, ela te escuta e perdoa, pois ser mãe é perdoar! Quando todos te abandonam e ninguém te queira ver, ela te segue e procura pois ser mãe é compreender! Quando todos te negarem um pão, um beijo, um olhar, ela te ampara e acarinha pois ser mãe sempre é se dar!

Por J. G. de Araújo Jorge

A verdade é que me acomodei de tal modo em minha infelicidade, que quase sou feliz.

Por J. G. de Araújo Jorge

Chove em minha solidão , este vapor que sobe do chão é ainda teu calor.

Por J. G. de Araújo Jorge

Agora já frio o coração (mas a alma, entretanto, ainda ferida) resta-me a amarga e silenciosa convicção, de só tão tarde ter percebido que nem sequer existi em tua vida.

Por J. G. de Araújo Jorge

Ateu do amor tu me converteste... agora temo te ver, porque não creio em milagres.

Por J. G. de Araújo Jorge

Amo-te na alegria suprema e indivisível, de humilhar-me aos teus pés o tanto quanto possível.

Por J. G. de Araújo Jorge