Frases e palavras de impacto de Victor Motta!

ENGANOS Mergulhei no passado tentando compreender o presente de uma vida e descobrir em tantos enganos a verdade escondida nas mentiras. Em que dobra do tempo vivido ela ficou perdida; oculta nas sombras, tantas vezes negada ou transformada. O tempo partilhado com o nada. O prazer sofrido, sem o gozo do ideal imaginado; perdido. A mudança rápida de amores, deixou a mágoa do vazio; e, por não ser o amor verdade, fiquei sozinho, sem compreender o destino cruel que nos leva a viver tudo o que não é.

Por Victor Motta

Buraco Negro Tentando dormir, tropecei em meu sono e caí no buraco negro da mente. No susto, não consegui achar o caminho da volta, pois, no escuro tudo se voltava, de repente, num turbilhão de cenas e pensamentos difusos, confusos; era eu….não era mais, um animal….um cão? Era tudo ou só momentos de cenas em confusão, talvez vividas ou sonhadas? Sem ordem, sem senso lógico nem cronológico. Sem seguimentos, sem nomes,ou com muitos, em gritos, chamados…espantos. Risos de alegrias, e longos silêncios, soluços, de tristezas. O belo…sem belezas. Em cenários sucessivos, alguns quase mortos outros muito vivos, fui herói, fui bandido, fui aclamado fui banido, fui amado, fui traído. Mas, traidor, também fui e fui perdido, num mar de ondas rebeldes e negras, sem me conhecer e fui caindo, ainda mais fundo, no negro mundo, sem saber.

Por Victor Motta

Por quê? De repente o vazio Traz o som do nada, E no silêncio que crio Vem a ausência de tudo. Parado, incrédulo, mudo Não quero sentir a falta Que cresce no corpo E na alma, e maltrata O coração vacilante Com as incertezas De amante, De tristezas. Por que ir adiante Na ilusão fugaz Do amor vivido? O amargor que vem à boca É a perda sentida, E lívido Busco compreender o partir Sem adeus, sem porquê.

Por Victor Motta

Ilusões No silêncio da noite, sonho; Cenas, fatos, pessoas, momentos. Um passado distante, presente, Ainda, Me conduz em turbilhão; Tristonho, Recrio felicidades e histórias, No inusitado da imaginação. Busco em cantos de saudade Trazer ao cotidiano De agora As alegrias vividas a dois . O que era, perdeu-se, Partidos cristais. O que foi, são sensações, Nada mais. Os novos caminhos percorridos Não serão os mesmos de outrora, Jamais. Resta-me então reviver, No imaginário, as fortes emoções Do passado, num canto qualquer, Numa dobra escondida Da memória.

Por Victor Motta

Tarde, noite de natal A tristeza branca A derramar, De novo, os tons (tão bons…), Tristes e brancos, Irmanados, Irmanando, Num pôr de sóis Sagrados e únicos, Os contornos perdidos Que brotam do povo Esperançado…. Crédulo,sob um arco-iris De bondade branca E triste. Tudo é calmaria Nessa tarde de sol Que desce atrás Do mar de dezembro. Ilusão fugáz, De amor, De paz, Comprimida em doze Meses de ânseios E dúvidas; Em eternos veios De dores reprimidas. Aqui, sentado, Parado e alheio, Com esse sol A me chamar pro mar… Não consigo me afastar Dos sons Que me alcançam No fundo da alma, A alma triste Desse natal que chegou, Trazendo um mundo Que busca outros mundos Sem conhercer-se a si próprio. No ventre dilatado De uma criança qualquer Está o espanto Do século dividido. No pranto da mãe Que chora mais um anjo Está o amargo Das injustiças. E o mundo busca Outros mundos, Sem volver um só Olhar de piedade. Que engenhosidade! A lua a seus pés Sob a árvore enfeitada De estrelas; Que são as gotas Rolando das faces Feias e cruas Que sem compreendê-las Não aplaudem, Não riem, Na mesmice de seus dias Iguais. Hoje, é natal, é paz, é bondade, é dádiva, Mas, em sua tristeza Ignorante, Como poderão Participar De nossa alegria, De nossa vitória? Debaixo de todas as águas Salgadas Desse mar, Fica o fim de uma história Enterrada e esquecida, e é natal!

Por Victor Motta

Meu trem Parte meu trem Da gare escura, Pela manhã que não veio, Ainda. Do escuro da noite, Que não finda, Parte meu trem Escuro e sujo. Trem de perfumes Extravagantes, Em misturas exóticas De odores; Miss dior, num certo azêdo Do suor De mil axilas. O cheiro de peixe Que exala De caixotes, em jornal (sem igual). Ah, meu trem que parte, Escuro e sujo! Trem de luxo No cotidiano, Com portas abertas (incertas) Que são bocas famintas (de gente). De janelas sem vidro, Com chuva, com vento Num só lamento, Do pó que levanta Do chão, Juncado do lixo De muitas mãos E das bocas que cospem A miséria de um povo. Meu trem… Do cotidiano, De professoras azuis, De bêbados cansados, De suados operários, Dos peixeiros Que espalham na manhã A presença dos mares, Em horários incertos (invulgares). Trem democrático. Prático! A professora ao lado Da lavadeira, No mesmo trem, Escuro E sujo, Com cheiro de peixe, De roupa lavada (ou suja?) Com o lixo espalhado No perfume francês. Quem nos fez Assim tão irmanados Nós….Os subdesenvolvidos Do sul? Num mesmo trem Escuro E sujo. Com vento Com chuva Com frio, Mas sem cheiro Do sangue Da luta de irmãos. O branco no preto O preto no branco, Livres Num mesmo trem Escuro E sujo, Com vento, Com chuva, Com frio, Mas sem o cheiro Da pólvora Da guerra, Que me aterra

Por Victor Motta

Foi assim……ode a meu povo Foi assim…por mero acaso que cheguei , certo dia, à terra de meus pais. Ainda um menino, pouco sabia ou um quase nada sobre os campos distantes de ventos frios e cortantes do extremo sul do País. Essa terra guasca e lindeira de gente pura e acolhedora plena de simpatia e lealdade. Terra de encantos, protetora, que em realidade era a de todos meus mais antigos ancestrais. Rio Grande do Sul, uma nação orgulhosa de seus feitos e tradições; uma nação verdadeira, cuja bandeira, tremulando, carrega os traços rebeldes de muitas guerras e peleias nação com sangue forte nas veias, curtida no amor à terra e, a defendê-la fez jorrar esse sangue por várias gerações. Menino carioca, da capital me achando soberano, o tal… aprendi , muito cedo a domar o potro da vaidade e a me entregar de alma, sangue e corpo ao minuano campeiro.

Por Victor Motta

Poema sem nome Num dia de feroz Intranquilidade Desci dos céus À terra impura Envolta em véus De maldade, De mil doenças, Sem cura. E, fui anjo, Fui demônio. Expectador De lutas, de misérias, De feridas abertas, Sem dor. Ao frio das incertezas, De todas as tristezas, Em angústias de ais, Infernais. Fui arcanjo Do bem E do mal, Em giros gigantes, Nos gritos vibrantes, Dos elefantes Da jangal De ruinas morais. Em trilhas tortuosas, Sinuosas, A conduzir-nos ao fundo Dos pantanais de lama, Fétida. Onde os javalis E as hienas Charfundam, Em risos roucos E bestiais. Onde os pássaros Não cantarão Jamais! Por que desci dos céus À terra impura? Loucura!

Por Victor Motta

REFLEXÕES DE UM ADEUS Agora, sentado, ouvindo apenas o ruído do silêncio, parado, eu penso em nós. Vem vindo do fundo, gritante, alarmante, a ansiedade do tempo passado preenchendo do nada o vazio de dois mundos. Somos duas pontas de flexas, disparadas do infinito, que não se encontrarão. Um grito de alarme cresce na garganta e espanta no vôo, a felicidade que em vão tenta o pouso em minha alma angustiada. Somos dois que marcham ao longo, sem cruzamentos, nem encontros. Tontos, procuramos nos dar as mãos através o nevoeiro do tempo. Ilusão temerária de sermos um, quando seremos, eternamente dois. Pois, não percebes? Teu mundo é formado de outras cores. Consulto o silêncio, tal fora o relógio da vida, e vejo nos ponteiros que não se tocam nossa própria tentativa do ser uno. Nessa ilusão míope não vemos que passamos um pelo outro, sem nos tocarmos, como os ponteiros que marcam a vida, perdida.

Por Victor Motta

Lembranças Campeiras No final da noite fria, o vento corta, cortando a pele queimada, com cheiro de suor e terra. O sol espia no horizonte e clareia o dia. No chão, o fogo dança e espreita por entre toras. Na trempe, a água esquenta pra fazer o mate dessas horas. No espeto, a carne cheira enchendo o ar das narinas rudes e geladas. A mão que sova a erva aguarda a água quente pra servir à roda, com rostos marcados, de boca em boca, sorrindo ao dia que nasce nas coxilhas. No pampa guasca é mais um dia de um conto gaúcho.

Por Victor Motta

Sombras, 2010 Um peso, uma tristeza, Frustações, cansaços. Sensação do nada, Desilusões. Vazios, sombras, Passadas. Não mais reconheço Minha natureza De outrora. Fim de jornadas, Ciclo de vidas, Vividas, Em mil lugares; Perdidas, Em mil pedaços. Dores, alegrias, Sofrimentos. Vitórias, conquistas, Derrotas, arrependimentos. Encruzilhada do ser E do não-ser.

Por Victor Motta

Caminhada Entre palavras, Murmúrios, Entre silêncios E mentiras… Entre amores, desilusões E iras… Segue a vida-busca A buscar a vida. Nas ruínas De antigos castelos, Derrubados Ao longo dos caminhos; Dia-após-dia Ano-após-ano. No cerrar do pano Que marca o fim De mais um ato, Sem aplausos, Sem consagrações, Sem esperanças. E eu parto Mais uma vez, Com um pouco menos De mim, Com um pouco menos De tudo; Mudo, Na correnteza humana, Insana! Na força Que meu corpo arrasta, O coração dilacera, Devasta a mente Na espera De um outro dia Igual. Caravana infernal De solitários, Homens-máquinas, Sem razão, Sem fim, A carregar mil cruzes Sem nexo, Sob as luzes Do grande palco. Mas, eu sigo, Perplexo, No andar Dos que apenas andam, Sem destino. E, atrás de mim, Eu sinto o ranger De um infinito Que caminha, Que ri E chora. Mas, eu sei, Agora Que já sem rosto Esse infinito, Como a própria vida, Também é morto.

Por Victor Motta

Essência cósmica Sou como o vento forte, ruidoso, furacão; às vezes brisa, calmaria. Sigo à frente meu momento, passageiro e condutor. Noites escuras, lindos dias. Passos largos, riso franco. Explosão em cores e dor, vermelhos, rubros, raivas; azuis, argentos, carícias. Assobio nas copas e nas taipas. Assobrado, assobrador. Sigo o rumo das correntes, que me levam longe e perto. Subo e desço por vertentes, sem paradas, sem descanso; ora em gritos, ora manso, mas sempre sou eu, essência, daquilo que represento, em vidas que fui, e em vidas que serei.

Por Victor Motta

Errante Sou como a ave errante… sem ninho, sem morada. Meu caminho liga ao nada, e do distante venho e vou, pois sei que sou errante… nada tenho, nada guardo, nem espero. Venho e vou… distante. Hoje, eu chego, como cheguei um dia, igual, como partirei, sem mais nada que a dor gritante de ir e vir, errante.

Por Victor Motta

Respostas Por que buscar a lucidez Fria e linear do raciocínio puro? Haverá lucidez na brisa que sopra E castiga meu corpo cansado? E, por que foste, assim como a brisa, Me fustigar, morna e terna, A esperança de meus sonhos? Por que ser lúcido se a lucidez Está em tudo que nos cerca? No vento,nas árvores, no sol Que desce agora atrás da linha Do horizonte que nos separa. Quero ficar assim, embriagado Na sensação de estar contigo, Nos caminhos que nunca percorri. Olhar com teus olhos e ver dentro Dos meus as mesmas paisagens Que jamais notei ou senti. Percorrer com teus sentidos Toda a certeza da felicidade. Pela primeira vez me reconheço Tranquilo, a olhar em frente O caminho aberto para a vida. Todos os fantasmas que criei E me atormentavam nas sombras Não mais habitam meus castelos. Como te dizer tudo isso? Como te conduzir pela mão E por ti ser conduzido? Como reacender das cinzas Tudo o que deixei apagar? Nessa busca, agora eu sei, Que só em ti está minha resposta.

Por Victor Motta

Dentro de mim Águas azuis que inspiram Sorrisos, brilhos, sensações. Brisa morna, carícias, desejos; Um mergulho, encontro, êxtase. Corpos que se unem, Lábios que se tocam, Suaves, ternos, quentes, mansos. Vibrações intensas, espasmos, gozos. Mentes serenas, relaxadas, entregues. São curas de mágoas passadas, São delírios, são remansos, São recatos, explosões, São dores, somos nós.

Por Victor Motta

A dor do poeta O poeta é triste por natureza, mas na poesia encontra o conforto como o navio que chega ao porto levado ao sabor da correnteza. E se da vida sente a tristeza de um amor que já está morto, cultiva a flor de um mais belo horto onde a poesia reina com beleza. Encontra a vida na bela forma da rima fértil do verso apaixonado e, com a tristeza da vida se conforma. Não sente mais o fel de seu passado até que a vida de novo o transforma num homem só amargurado…

Por Victor Motta

Longa Noite No espelho da vida revi mil rostos, velhos, cansados, perdidos em passados distantes. Em meu espanto, percebi também quem fui, pois na luz que refletia finalmente eu vi o tempo que passara. rápido, implacável, irônico. pedaços de mim formavam outras fisionomias que não eram mais como um dia foram. E, em minha mente lutei por descobrir vestígios de outrora. em vão!

Por Victor Motta

Dia da Criança Luzes nas ruas, risos, cores, brilho das vitrines em festa. Um carro, vestido novo, um trem. Gente que passa e não presta atenção nos que ficam à margem do encanto das luzes, no espanto do menino que erra sozinho, perdido na cidade. Que fere, maltrata e destrói com maldade os sonhos de criança. Que rouba no berço o carinho da mãe, que cedo levanta e tanto trabalha, escrava submissa do asfalto, alheio e sem dó de seu filho, tão triste e tão só. Com sua vozinha, fraca e cansada, fica nas ruas perdido a pedir por presente apenas um dia só seu; pois não sabe, afinal, distinguir, como alguém, que com fome cresceu, nos anúncios das lojas que gritam e proclamam que ele também é criança e esse dia é o seu.

Por Victor Motta

Dúvidas Que valemos nós Em termos do absoluto Ou mesmo do relativo? Que valemos nós Para nós mesmos E para os outros? Que papéis representamos Na vertigem de rostos, Anônimos e frios, Que se cruzam Em paralelas Pelas ruas Das grandes cidades? Como caminhar sozinhos Em mil encontros? Como encontrar Sem nos conhecermos? Por que multiplicar temores Somando mágoas, Sem dividir ternuras? Qual a resultante Das forças solitárias? Onde estará o foco Das lentes divergentes Que não nos vêem? Como medir o calor Que se trocou em vão? Quando se encherá de afeto O coração que sangra? Quando se cruzarão Os caminhos opostos? Dúvidas, Dúvidas que me acompanham Por longos anos de procura Sem respostas!

Por Victor Motta

A colheita Um relâmpago Azul de ilusão Riscou, no negro De um céu de dúvidas, O branco de seu nome… Afago De nuvens, Carícias, Derramadas Em grandes gotas, Que cresceram E inundaram a vida. Onda de ternura Tão pura Tão querida! Mas, quando o sol Brilhou no horizonte As águas Tinham lavado a terra, E não mais vinham Do alto rolando, Os risos das mãos Que plantaram as sementes Das juras Do amor eterno. E a terra lavada Secou ao sol, Partiu-se, Pedaço por pedaço, Desfazendo-se A ilusão engano, Passo a passo No caminho De um outro ano.

Por Victor Motta

Real maravilhoso! Nossa vida flutuando em dois espaços, um real – outro fantástico imaginário, e nesse encontro do real maravilhoso ficamos presos, partidos aos pedaços estando em um, desejando o outro. Vivemos então o momento majestoso, onde tudo é possível na fantasia criada, e no equilíbrio dessa realidade virtual, encontramos a felicidade imaginada para amenizar a solidão do ser esmagado na realidade do viver buscando no fantástico irreal as ilusões passadas e perdidas.

Por Victor Motta

Cicatrizes Lembranças, lugares, saudades, Ausências, pensamentos. São rostos, são nomes, Chegadas, são partidas. São tudo, são o nada… Momentos. Nos caminhos da mente, São voltas, Alegrias, Tristezas. Frases perdidas, Sem respostas, exauridas. São passados, Em páginas amareladas. Gastas no tempo vivido, Que voltam e gritam. Presentes. Amargas, feridas. Guardadas, esquecidas. Memórias de outras vidas, Esmaecidas, recortadas, Enfraquecidas. Tempo perdido Nas marcas que ficam Das cicatrizes. Feridas abertas Na mente e no corpo. Sentidas.

Por Victor Motta

Lembranças Lembranças são crianças, são momentos, São praças, ruas, brincadeiras. São nomes, rostos, pessoas; São encontros e desencontros. São risos, alegrias, são dores. Um forte perfume de jasmim Da casa vizinha de grades verdes, Que ficou marcado para sempre. São gatos, cachorros, são cavalos. São subidas em muitas árvores, São mangas, abacaxis, são laranjas. São a primeira escola, a professora. São lembranças, são descobertas, São o amor que nasceu medroso. São um primeiro beijo, roubado. São as vitórias, são derrotas; Conquistas e frustações, são medos. Lembranças são o primeiro sexo, Sem graça, desajeitado e rápido. São as descobertas a dois, São ganhos, são perdas. São os sonhos e os pesadelos. São a vida, são a morte, Saudades dos que foram. São gostos, músicas e odores. São caminhos e descaminhos, São gritos e são silêncios. São o tudo, são o nada. São início sem o fim.

Por Victor Motta

Noite de um inverno De repente, sinto que estou triste. Triste pelo que sou, Triste por tudo que não fui. Mas, não me aborrece Essa tristeza ,que vem E que flui através Do cinza-azulado da fumaça Do cigarro, projetada no teto Mal pintado de meu quarto. O silêncio amigo que habita Meu apartamento Divide comigo o frio da noite, Que também se vai. Penso em voltar, penso em partir, Em estar contigo, Em dividir essa tristeza A dois… Que grita dentro de mim, Dentro do quarto quieto, Frio, de ar viciado De teto mal pintado. Vejo as marcas incertas Do pincel, Como a arranharem Também dentro de mim A saudade do que era E a ansiedade do que será. Fecho os olhos, Molhados E penso num poema que faria, Se meus olhos molhados Não estivessem cansados, Fechados, Tentando esquecer Essa tristeza….

Por Victor Motta