Olhar Negro Naufragam fragmentos de mim sob o poente mas, vou me recompondo com o Sol nascente, Tem Pe Da Ços mas, diante da vítrea lâmina do espelho, vou refazendo em mim o que é belo Naufragam fragmentos de mim na coca mas, junto os cacos, reinvento sinto o perfume de um novo tempo, Fragmentos de mim dilui-se na cachaça mas, pouco a pouco, me refaço e me afasto do danoso líquido venenoso Tem Pe Da Ços tem empilhados nas prisões, mas vou determinando meus passos para sair dos porões tem fragmentos no feminismo procurando meu próprio olhar, mas vou seguindo com a certeza de sempre ser mulher Tem Pe Da Ços Mas não desisto vou atravessando o meu oceano vou navegando vou buscando meu olhar negro perdido no azul do tempo vou voo,
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Para nós, afro-brasileiros, viver é um “jogo de capoeira”, quer nós queiramos ou não. São rasteiras, são rabos de arraia, são martelos, mas nós nos esquivamos, nos levantamos e com astúcia vamos vivendo.
Ser escritora afro-brasileira é ter a possibilidade de recontar sua própria história, utilizando a nossa própria forma de expressão. Ter a possibilidade de ser o diretor, roteirista, ator, atriz, produtores musicais das trilhas sonoras que conduzem as nossas vidas.