Deixei a porta entreaberta sou um animal que não se resigna a morrer a eternidade na escura dobradiça que cede um pequeno ruído na noite da carne sou a ilha que avança sustentada pela morte ou uma cidade ferozmente cercada pela vida ou talvez não sou nada só a insônia e a brilhante indiferença dos astros deserto destino inexorável o sol dos vivos se levanta reconheço essa porta não há outra gelo primaveril e um espinho de sangue no olho da rosa.
A frase mais vista deste Autor.
Diálogo Ele abre a boca é vermelha por dentro ela abre os olhos sua córnea é branca como a lua está quieta a córnea lua iluminando apenas a bem-amada gengiva dentro com silêncio à boca fechada às escuras habitam ambos
Persona o querido animal cujos ossos são uma recordação um sinal no ar jamais teve sombra nem lugar da cabeça de um alfinete pensava ele era o brilho ínfimo o grão de terra sobre o grão de terra o autoeclipse o querido animal jamais para de passar me contorna