Frases e palavras de impacto de Arthur Rimbaud!

Expliquei então meus sofismas mágicos pela alucinação das palavras!... Acabei por considerar sagrada a desordem da minha inteligência.

Por Arthur Rimbaud

Eu é um outro.

Por Arthur Rimbaud

Acredito que estou no inferno, portanto estou nele.

Por Arthur Rimbaud

No Cabaré-Verde às cinco horas da tarde Oito dias a pé, as botinas rasgadas Nas pedras do caminho: em Charleroi arrio. - No Cabaré-Verde: pedi umas torradas Na manteiga e presunto, embora meio frio. Reconfortado, estendo as pernas sob a mesa Verde e me ponho a olhar os ingênuos motivos De uma tapeçaria. - E, adorável surpresa, Quando a moça de peito enorme e de olhos vivos - Essa, não há de ser um beijo que a amedronte! - Sorridente me trás as torradas e um monte De presunto bem morno, em prato colorido; Um presunto rosado e branco, a que perfuma Um dente de alho, e um chope enorme, cuja espuma Um raio vem doirar do sol amortecido.

Por Arthur Rimbaud

Por delicadeza, perdi a minha vida.

Por Arthur Rimbaud

Se arrume, dance, ria, - Nunca pude mesmo jogar o amor pela janela.

Por Arthur Rimbaud

Escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível. Fixava vertigens. Criei todas as festas, todos os triunfos, todos os dramas. Tentei inventar novas flores, novos astros, novas carnes, novos idiomas.

Por Arthur Rimbaud

Sua bondade e sua caridade, sozinhas, lhe darão o direito de ser, no mundo, real?

Por Arthur Rimbaud

Sentei a beleza ao meu colo Achei-a amarga E injuriei-a

Por Arthur Rimbaud

Baile dos Enforcados (fragmento) Dançam, dançam os paladinos, Os magros paladinos do diabo, Os esqueletos dos Saladinos.

Por Arthur Rimbaud

Eu escrevia silêncios, noites, anotava o inexprimível. Fixava vertigens.

Por Arthur Rimbaud

Contra a justiça Armei-me

Por Arthur Rimbaud

Sensação Pelas tardes azuis do Verão, irei pelas sendas, Guarnecidas pelo trigal, pisando a erva miúda: Sonhador, sentirei a frescura em meus pés. Deixarei o vento banhar minha cabeça nua. Não falarei mais, não pensarei mais: Mas um amor infinito me invadirá a alma. E irei longe, bem longe, como um boêmio, Pela natureza, - feliz como com uma mulher.

Por Arthur Rimbaud

Ninguém é sério aos 17 anos.

Por Arthur Rimbaud

Dos meus antepassados gauleses tenho os olhos azuis pálidos, uma firmeza limitada e a falta de habilidade na luta.

Por Arthur Rimbaud

Oh estações, oh castelos! Que alma é sem defeitos? Eu estudei a alta magia Do Amor, que nunca sacia. Saúdo-te toda vez Que canta o galo gaulês. Ah! Não terei mais desejos: Perdi a vida em gracejos. Tomou-me corpo e alento, E dispersou meus pensamentos. Ó estações, ó castelos! Quando tu partires, enfim Nada restará de mim. Ó estações, ó castelos!

Por Arthur Rimbaud

Minha Boêmia (Fantasia) Lá ia eu, de mãos nos bolsos descosidos; Meu paletó também tornava-se ideal; Sob o céu, Musa! Eu fui teu súdito leal; Puxa vida! A sonhar amores destemidos! O meu único par de calças tinha furos. - Pequeno Polegar do sonho ao meu redor Rimas espalho. Albergo-me à Ursa Maior. - Os meus astros nos céus rangem frêmitos puros. Sentado, eu os ouvia, à beira do caminho, Nas noites de setembro, onde senti tal vinho O orvalho a rorejar-me as fronte em comoção; Onde, rimando em meio à imensidões fantásticas, Eu tomava, qual lira, as botinas elásticas E tangia um dos pés junto ao meu coração!

Por Arthur Rimbaud

A nossa pálida razão esconde-nos o infinito.

Por Arthur Rimbaud

Farto de ver. A visão que se reecontra em toda parte. Farto de ter. O ruído das cidades, à noite, e ao sol, e sempre. Farto de saber. As paradas da vida. - Ó Ruídos e Visões! Partir para afetos e rumores novos.

Por Arthur Rimbaud

Canção da Torre Mais Alta Mocidade presa A tudo oprimida Por delicadeza Eu perdi a vida. Ah! Que o tempo venha Em que a alma se empenha. Eu me disse: cessa, Que ninguém te veja: E sem a promessa De algum bem que seja. A ti só aspiro Augusto retiro. Tamanha paciência Não me hei de esquecer. Temor e dolência, Aos céus fiz erguer. E esta sede estranha A ofuscar-me a entranha. Qual o Prado imenso Condenado a olvido, Que cresce florido De joio e de incenso Ao feroz zunzum das Moscas imundas.

Por Arthur Rimbaud

O poeta faz-se vidente através de um longo, imenso e sensato desregramento de todos os sentidos.

Por Arthur Rimbaud

A poesia não voltará a ritmar a ação; ela passará a antecipá-la.

Por Arthur Rimbaud

Flores De um pequeno degrau dourado -, entre os cordões de seda, os cinzentos véus de gaze, os veludos verdes e os discos de cristal que enegrecem como bronze ao sol -, vejo a digital abrir-se sobre um tapete de filigranas de prata, de olhos e de cabeleiras. Peças de ouro amarelo espalhadas sobre a ágata, pilastras de mogno sustentando uma cúpula de esmeraldas, buquês de cetim branco e de finas varas de rubis rodeiam a rosa d'água. Como um deus de enormes olhos azuis e de formas de neve, o mar e o céu atraem aos terraços de mármore a multidão das rosas fortes e jovens.

Por Arthur Rimbaud

Ela foi encontrada! Quem? A eternidade. É o mar misturado Ao sol. Minha alma imortal, Cumpre a tua jura Seja o sol estival Ou a noite pura. Pois tu me liberas Das humanas quimeras, Dos anseios vãos! Tu voas então... — Jamais a esperança. Sem movimento. Ciência e paciência, O suplício é lento. Que venha a manhã, Com brasas de satã, O dever É vosso ardor. Ela foi encontrada! Quem? A eternidade. É o mar misturado Ao sol.

Por Arthur Rimbaud

Que venha a hora da paixão!

Por Arthur Rimbaud