Frases e palavras de impacto de Al Berto!

Um Nome -Vou guardar as tuas mãos na paixão que tenho por ti, mas não te posso revelar o meu nome, nem precisas de o saber. Chama-me o que quiseres, dá-me um nome para que possamos amarmo-nos. Aquele que tinha perdi-o no caminho até aqui. Pertencia a outra paixão, e já a esqueci. Dá-me tu um nome para eu poder ficar contigo...

Por Al Berto

à procura de um rosto que imite a felicidade da voz perdida - ou um corpo qualquer para fingir o sono junto ao teu

Por Al Berto

e atravessei cidades e ruas sem nome, estradas, pontes que ligam uma treva a outra treva. e vi a vida como um barco à deriva - vi esse barco tentar regressar ao porto - mas os portos são olhos enormes que vigiam os oceanos - servem para levar-nos o corpo até um deles e morrer. o verdadeiro fugitivo não regressa, não sabe regressar. reduz os continentes a distâncias mentais.

Por Al Berto

não esqueças o navio carregado de lumes de desejos em poeira (...) - os sessenta comprimidos letais ao pequeno-almoço

Por Al Berto

falta-me o tempo para procurar o tempo perdido

Por Al Berto

para veres o horror tranquilo das imagens no fundo dos meus olhos

Por Al Berto

Apaga as estrelas, vem dormir comigo no esplendor da noite do mundo que nos foge.

Por Al Berto

pressinto uma sombra a envolver-me. ouço músicas... espirais de som subindo aos subúrbios´da alma. não semearei o meu desgosto, por onde passar. nem as minhas traições

Por Al Berto

ensanguentou-se a fonte dos sonhos por isso fecha os olhos e vê como o desejo acabou- vê a prata suja envolvendo os amantes no meio de sedas cintilantes espelhos e fogos onde o sussurro das horas se perde

Por Al Berto

Conheço o silêncio colorido das alucinações da madrugada e um dia quis descansar, procurei o que era real à minha volta e arrependi-me. Era tudo muito aborrecido e sombrio.

Por Al Berto

pernoitas em mim e se por acaso te toco a memória...amas ou finges morrer, pressinto o aroma luminoso dos fogos escuto o rumor da terra molhada, a fala queimada das estrelas, é noite ainda o corpo ausente instala-se vagarosamente envelheço com a nómada solidão das aves, já não possuo a brancura oculta das palavras e nenhum lume irrompe para beberes

Por Al Berto

A vida, como sabes, tem o tempo da areia que se escapa por entre os dedos. Areia rápida e branca. Esvoaçante.

Por Al Berto

...nem mais um minuto de jaula. Nem para o tigre, nem para ela.

Por Al Berto

... e a tua mão segurando a faca cujo gume possui a fatalidade do sangue contaminado dos amantes ocasionais- nada a fazer irás sozinho vida dentro

Por Al Berto

fugir tornou-se uma obsessão, ou então é a melhor maneira de encenar o desespero

Por Al Berto

e morres carregado de tristezas e de mistérios- morres algures

Por Al Berto

Que o dia te seja limpo e a cada esquina de luz possas recolher alimento suficiente para a tua morte vai até onde ninguém te possa falar ou reconhecer

Por Al Berto

antes e depois da alegria antes e depois do pânico mas sempre durante o sofrimento não cantes

Por Al Berto

Há séculos que te esperava para fugirmos.

Por Al Berto

... na brutalidade com que a voz se atira contra as paredes abrindo fendas em toda a extensão das veias e dos tendões (...) fechamos os olhos sabendo que este é o maior engano da eternidade

Por Al Berto

cada um de nós sepultou na alma uma quantidade desumana de dor e de mortos tudo se decompõe apodrece

Por Al Berto

escreves exactamente isto : o horror dos dias secou contra os dentes- e rouco dobrado para dentro do teu próprio pensamento ferido.

Por Al Berto

preparo-me para entreabrir os olhos e deixar escorrer a convulsão oleosa das lágrimas e das coisas tristes

Por Al Berto

Olhas-te no espelho atribuís-te um nome um corpo um gesto dormes

Por Al Berto

mas se a noite vier cheia de luzes ilegíveis de véus de relógios parados - ergue as asas fere o ar que te sufoca e não te mexas para que eu fique a ver-te estilhaçar

Por Al Berto