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Sem a linguagem, o pensamento é uma nebulosa vaga, inexplorada.

Por Ferdinand de Saussure

Espero que a moda não pegue, porque senão não terminaremos nunca o julgamento.

Por Joaquim Barbosa - STF

⁠Um conto, como o universo, se expande incessantemente cada vez que você o examina, até que finalmente não há como dizer exatamente onde começa e onde termina...

Por Chang-Rae Lee

Sofremos muito com o pouco que nos falta e gozamos pouco o muito que temos.

Por William Shakespeare

se for pra calar meus lábios que seja com um beijo se for pra me segura que seja pra abraçar por que metade de mim é amor mais a outra metade é justiça se for pra me olhar que seja com amor se for pra me aponta que seja pra me ensinar porque metade de mim é esperança e a outra metade é fé se for pra levar um pavilhão pra guerrear que venha sem tremer por que metade de mim é mulher mais a outra metade é guerreira e posso lhe antecipar eu nasci pra vencer sou pequena sou baixinha sou mulher Brasileira

Por Maria A Alcântara

II Reis, 2RS, 19:30, Aqueles da casa de Judá que escaparam e ficaram como remanescente tornarão a lançar raízes e a dar frutos.

Por II Reis, Antigo Testamento

Nunca ouça um homem que não ouve a Deus.

Por A. W. Tozer

A verdadeira felicidade está na própria casa, entre as alegrias da família.

Por Leon Tolstói

Nunca falhei com ninguém em quem eu acreditasse.

Por Marilyn Monroe

Barrow-on-Furness I Sou vil, sou reles, como toda a gente Não tenho ideais, mas não os tem ninguém. Quem diz que os tem é como eu, mas mente. Quem diz que busca é porque não os tem. É com a imaginação que eu amo o bem. Meu baixo ser porém não mo consente. Passo, fantasma do meu ser presente, Ébrio, por intervalos, de um Além. Como todos não creio no que creio. Talvez possa morrer por esse ideal. Mas, enquanto não morro, falo c leio. Justificar-me? Sou quem todos são... Modificar-me? Para meu igual?... — Acaba lá com isso, ó coração! II Deuses, forças, almas de ciência ou fé, Eh! Tanta explicação que nada explica! Estou sentado no cais, numa barrica, E não compreendo mais do que de pé. Por que o havia de compreender? Pois sim, mas também por que o não havia? Águia do rio, correndo suja e fria, Eu passo como tu, sem mais valer... Ó universo, novelo emaranhado, Que paciência de dedos de quem pensa Em outras cousa te põe separado? Deixa de ser novelo o que nos fica... A que brincar? Ao amor?, à indif'rença? Por mim, só me levanto da barrica. III Corre, raio de rio, e leva ao mar A minha indiferença subjetiva! Qual "leva ao mar"! Tua presença esquiva Que tem comigo e com o meu pensar? Lesma de sorte! Vivo a cavalgar A sombra de um jumento. A vida viva Vive a dar nomes ao que não se ativa, Morre a pôr etiquetas ao grande ar... Escancarado Furness, mais três dias Te, aturarei, pobre engenheiro preso A sucessibilíssimas vistorias... Depois, ir-me-ei embora, eu e o desprezo (E tu irás do mesmo modo que ias), Qualquer, na gare, de cigarro aceso... IV Conclusão a sucata! ... Fiz o cálculo, Saiu-me certo, fui elogiado... Meu coração é um enorme estrado Onde se expõe um pequeno animálculo A microscópio de desilusões Findei, prolixo nas minúcias fúteis... Minhas conclusões Dráticas, inúteis... Minhas conclusões teóricas, confusões... Que teorias há para quem sente o cérebro quebrar-se, como um dente Dum pente de mendigo que emigrou? Fecho o caderno dos apontamentos E faço riscos moles e cinzentos Nas costas do envelope do que sou ... V Há quanto tempo, Portugal, há quanto Vivemos separados! Ah, mas a alma, Esta alma incerta, nunca forte ou calma, Não se distrai de ti, nem bem nem tanto. Sonho, histérico oculto, um vão recanto... O rio Furness, que é o que aqui banha, Só ironicamente me acompanha, Que estou parado e ele correndo tanto ... Tanto? Sim, tanto relativamente... Arre, acabemos com as distinções, As subtilezas, o interstício, o entre, A metafísica das sensações — Acabemos com isto e tudo mais ... Ah, que ânsia humana de ser rio ou cais!

Por Álvaro de Campos