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O primeiro dos bens, depois da saúde, é a paz interior.

Por François La Rochefoucauld

As coisas mais belas são ditadas pela loucura e escritas pela razão.

Por André Gide

Assim que a gente entrega a alma, tudo continua com mortal certeza, mesmo no meio do caos. Desde o princípio, jamais passou de outra coisa que não o caos: um fluido que me envolvia, que eu respirava pelas guelras. Nos substratos, onde a lua brilhava constante e opaca, era liso e fecundante; acima, confusa vozearia e discórdia. Em tudo eu via logo um oposto, uma contradição, e entre o real e irreal, a ironia, o paradoxo. Eu era o meu pior inimigo. Não desejava fazer nada que fosse melhor não fazer. Mesmo em criança, quando não me faltava nada, queria morrer: queria render-me porque não via sentido em lutar. Sentia que nada se provaria, consubstanciaria, somaria ou subtrairia pela continuação de uma existência que eu não pedira. Todos á minha volta eram um fracasso, ou, se não, ridículos. Sobretudo os bem-sucedidos. Estes me entediavam até as lágrimas. Eu era excessivamente compreensivo, mas não por simpatia. Era uma qualidade totalmente negativa, uma fraqueza que desabrochava à simples visão da infelicidade humana. Jamais ajudei a quem quer que fosse esperando que isso fizesse algum bem; ajudava porque não podia agir de outro modo. Parecia-me fútil querer mudar a condição das coisas; convencera-me de que nada se alteraria, a não ser uma mudança de opinião, e quem conseguiria mudar opiniões dos homens? De vez em quando, um amigo se convertia: coisa que me dava engulhos. Eu não precisava mais de Deus do que Ele de mim, e se houvesse um Deus, dizia-me muitas vezes, eu O enfrentaria com toda calma e cuspiria em Sua cara.

Por Henry Miller

Confesso que estou cansado. Sobretudo, de mim mesmo. Se o telefone tocar digam Que não estou. Quero ficar Sozinho. Nem quero saber O que se passa no mundo. Até a fé na vida perdi. Não me suporto mais. Este conflito já dura Demais entre eu e Mim mesmo. Vejo Que vivi uma vida de sonho Num mundo de cães. E se me observo melhor, Percebo que estou latindo.

Por Antônio Rangel Bandeira

⁠Às vezes, você mente tanto que quase se esquece do que estava fugindo no início.

Por Bebê Rena (série)

Salmos, SL, 115:8, Tornem-se semelhantes a eles os que os fazem e todos os que neles confiam.

Por Salmos, Antigo Testamento

"A Igreja não é perfeita, nunca o foi. Algumas pessoas usam este fato como desculpa para manterem-se afastados da igreja, dizendo: "Eu gostaria de frequentar uma igreja, mas há muitos hipócritas ali." Nesse caso, eu penso: Venha, temos lugar para mais um."

Por John MacArthur

Vaquinha TetraPak Para as crianças da cidade a vaca se chama TetraPak e tem tetas de papelão. O tomate é fruto do quitandeiro e a alface brota na Kombi do verdureiro. O atum é irmão da sardinha e os dois nascem dentro da latinha. Frango é um bicho sem pena nem cabeça que nunca ciscou nem fez porcaria e que só sabe ficar rodando na porta da padaria. Coxas e asinhas não são dele. Foram feitas pela Sadia. Os ovos nascem de doze em doze filhos das caixas de papelão que os pintam da cor da fábrica: branco, bege ou marrom O figo nasce dentro do plástico e a jabuticaba nunca teve gosto de árvore. Morango é invenção da Danone, melancia é sabor de chiclete pois a grandona é fruta falsa. Tutti-frutti foi feito por Deus e a fruta preferida é Sonho de Valsa. Em seu mundinho azulejado, o céu tem sanca de gesso e o chão é todo asfaltado. Elas andam sem pôr o pé no chão por isso não têm bicho-de-pé, só minhoca na cabeça.

Por Fábio Reynol

⁠"Todo dia é um bom dia para recomeçar! Asas temos, a diferença é que nem todos têm a coragem de voar."

Por Lanna Borges

Continuo falando com ela, e ela continua falando comigo. De repente me dou conta: nem sei se minha esposa ainda vive! Naquele momento fico sabendo que o amor pouco tem a ver com a existência física de uma pessoa. Ele está ligado a tal ponto à essência espiritual da pessoa amada, a seu "ser assim" (nas palavras dos filósofos) que a sua "presença" e seu "estar aqui comigo" podem ser reais sem sua existência física em si e independentemente de seu estar com vida. Eu não sabia, nem poderia ou precisaria saber, se a pessoa amada estava viva. Durante todo o período do campo de concentração não se podia escrever nem receber cartas. Mas isto naquele momento de certa forma não tinha importância. As circunstâncias externas não conseguiam mais interferir no meu amor, na minha lembrança e na contemplação amorosa da imagem espiritual da pessoa amada. Se naquela ocasião tivesse sabido: minha esposa está morta - acho que este conhecimento não teria perturbado meu enlevo interior naquela contemplação amorosa. O diálogo intelectual teria sido intenso e gratificante em igual escala.

Por Viktor Frankl