Frases e palavras de impacto de poeta do cerrado - Luciano Spagnol!

⁠NOSTALGIA (num dia de chuva) Como a chuva se compõe angustiante Nublada, penosa e tão cheia de teor Que torna o céu de acinzentada cor O fôlego se ausenta por um instante O chão encharcado e tão ressonante Causa na sensação pulsação e temor Na batida da chuva, num tom maior Pingo a pingo, ela, estronda meliante Também, ermo, também, n’alma toca E a emoção relenta e, no peito sufoca Em um versejar que saudade contém Junto, pois, o meu pranto, e a agonia Chove lá fora, respingando na poesia Nostalgia, é chuvarada, nela alguém! © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 19 janeiro, 2025, 14’08” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠FRAQUEZA (soneto) Se de novo à minha porta bater a ilusão sorrateira, repetitiva, para o meu amor hei de dizer-lhe toda a minha decepção e o meu furor, como um gládio vingador Já não instiga o fascínio da imaginação cândida, pois outrora, sagaz foi a dor dilacerante, fatiando a minha emoção agora letarga, tal uma desfalecida flor Mas, ai! há sussurro leve pela janela d’alma, suspirando que nunca é tarde pávido, enfrento-a, isto tudo é balela! Oscilo... Vacilo... E sôfrego... perdido, afrouxo ao coração como um covarde. Pois amor pro amar nunca é esquecido. © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 19 abril, 2025, 17’34” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠Um dia, a jornada tem fim cerra o estirão e aquele alvorecer o perfume viçoso das flores, assim, em um piscar de olhos escolher e ser a lembrança ainda tem, a falta sim, ainda e na berlinda o tempo que leva cada suspiro cada sonho, sentido, sensação, enfim, envelhece quem permanece na prece, sugiro: boas memórias, coração, pois, um dia a jornada tem fim e o que fica é a boa ação e nada de ruim, nem dor para uma favorável canção então, cante o amor! © Luciano Spagnol - poeta do cerrado Dezembro 2024 – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠Um grande amor Está tudo terminado Agora vai, siga o seu caminho Busque outro, deixa o passado Não volte a me sangrar no espinho Da dor, da desilusão, do rancor Atira seu destino em outros mares Outros olhares Não recues desta batalha Não me dispa desta mortalha Deixe o afeto forrar a minha cama Com a qual a razão me chama Desenhando rabiscos de emoção Pois, existe mais em outra dimensão Quero estar longe deste abismo De ter que encarar o cinismo De ser singular na paixão Quero par na emoção Quero harmonia no coração Desejos na relação Enfim, assertor... De um grande amor! © Luciano Spagnol – poeta do cerrado 14/10/2010, 11’19” - Rio de Janeiro, RJ Laranjeiras

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠SONETO PRIVADO A tarde no cerrado cai, aquosa Silente, e o pôr do sol rubente A chuva, em gota lustrosa... lacrimeja melancolicamente Nesta languidez, a sensação Duma aflição, vou suspirando Enternecido, cheio de ilusão E, lá fora o pingar em bando Sinto o coração palpitando Na solidão, e no devaneio Assim, o tempo passando Em um suplicante floreio Nostálgico sinto arrepio Demanda o pensamento E a saudade no seu feitio Cata poesia pro momento. © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 22 dezembro, 2024, 17’43” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠CONTENTAMENTO (soneto) Enfim, posso aquietar! Já te poetei o teu olhar sagaz, sedutor e quente regeu uma poesia divinal, fremente onde nos seus versos me entreguei Em cada poema, sentir-te, bem sei se foi bem, foi mal, a alma ardente furou o meu peito, profundamente tatuando teu nome, marcado serei É assim, o meu amor: demasiado poemas tão maciços de confissão em cada rima o rimar apaixonado Por este sentir, vivo em comunhão na crença deste amor encantado inspirado do enamorado coração! © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 04 março, 2025, 16’30” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠SONETO DA SAUDADE - (soneto II) Repete, no soneto saudoso, por mim, a versejar O outrora, as histórias, os sentimentos amados O vazio de uma solidão, por ti, a me espezinhar As marcas do penar da dor no âmago gravados Que possa o poema, do dilema plural, lembrar Da sensação e da prosa, dos olhares intrigados Do amor, ser amador e os encantos a acautelar Todos, na impressão, recordação, enfileirados Redigidos, tão só, pelo carinho e a docilidade Cá no cerrado, sentado à beira dessa saudade Própria de quem viveu a sedução da emoção Aspiro à singeleza e a constância poder atingir Ouvir, e narrar, qual sentido, esse meu existir Poetizando a vós toda poética do meu coração! © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 07 dezembro, 2021, 05’48” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠DIA DE FRIO NO CERRADO (soneto) A manhã de nevoa branca e fria num úmido dia, e tão invernado em maio nas bandas do cerrado embrulhado pela geada ventania Ruflante folha, em triste romaria e a garoa, em um tom enxarcado num bale, do inverno anunciado: faz frio, frio que frio no frio viria Arfa no peito este frio ardente achega no cobertor cavaleiro é frio que sente, e mais sente Vergado, olhar gelado, cordeiro ó dia de frio no cerrado, gente escasso ao sertanejo costumeiro! © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 29 maio, 2025, 169’29” – Araguari, MG Frente fria

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠NOITE FELIZ Aquela noite, debaixo da estrela guia Uma noite cristã, o natal do Nazareno Me faz recordar dos dias de pequeno Cheios de encantos, cantigas e poesia Cá nestes versos um versar ingênuo De sensações entrançadas de magia Da velha emoção em verde fantasia E a inspiração em um sonho sereno Flama no soneto, pisca-pisca multicor Anunciando a vinda do autentico amor Alegremo-nos, o menino Deus nasceu! Ah! os corações se enchem de prosa Fé, e este ensejo de forma generosa Traga paz e bem no Natal meu e seu! © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 14 dezembro, 2024, 16’20” - Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠APENAS Que eu trove, somente, a minha saudade Como se fosse o suspiro em mais um verso A rima perdida na recordação, no disperso Enfim, a sensação de liberdade e de vontade Que eu liberte uma qualquer imaginação: Olhares meigos e aquela aprazível alegria Inspirada pra você, com a ventura luzidia Inteira, pelos vários sentidos duma emoção Que me tenhas teu, só teu, a todo momento E seja o sentimento, a tua boca o meu alento Ousadia, companhia e tão cheio de fantasia E que, apenas, sinta, sussurre á minha prosa Agrados, emoções, aquela ternura carinhosa Na poética saudosa com porção de nostalgia. © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 10 dezembro, 2021, 21’04” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠ASCENSÃO (soneto) Não será, contudo, está melancolia este verso plangente, este sussurro modorra aflitiva e o pesar casmurro há de descerrar satisfação na poesia Hei de notar entusiasmo num urro em cada estrofe, cheia de melodia e rimas de felicidade num enxurro alagando o ritmo da lúdica fantasia Hei de atingir ao píncaro da sensação inspirador de cálida paixão, com teor e lá, elevado, um sentido com emoção Em verso maior, e saciado, com ardor e com sedução, e glória, e o coração apaixonado, hei de ascender ao amor! © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 28 maio, 2025, 19’02” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠UM AMOR MAIOR (soneto) Depois que te beijei, depois, nada mais importou notei que senti uma sensação que não tem preço um sentimento, o melhor, que ainda não passou e, palpita na emoção, se tem tanto, não conheço Ternura intensa, viva, velada no abraço espesso em um tom maior, que depois do súbito brotou na fascinação do coração, no mais doce apreço e nesta ventura és o versar poético que te dou Depois que te beijei, depois, tudo é satisfação sem você é saudade, que aperta, tão estreito sentir, que invade a alma em uma louca paixão de te querer, de estar junto a ti, é tão melhor enredado assim, e com tão ardente candura só depois que te beijei, senti um amor maior. © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 13 abril, 2025, 14’34” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠COVARDIA (soneto) Se, assim, de novo à minha emoção Tocar, entediante, para o meu amor Hei de revelar-lhe toda a sensação Do coração, sussurrante e com dor Pouco importa se for apenas ilusão Não se faz surdo e cego este rancor Pois bem, dói, não apenas na paixão Nos suspiros, e tão cheios de temor O soneto chora, ai! Sangra, se arruína E, dentro do peito um vazio que arde Fazendo de o amargo poetizar, rotina Sôfrego... Suplicante... e tão aturdido Me vem aquela fragilidade covarde Fazendo o sentimento tão bandido. © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 13 maio, 2025, 05’06” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠SONETO JUNINO Terreiro ornado, junho desponta Tem bandeira, fogueira e rasta pé Canjica, - é bão demais da conta! No pé do ouvido, forró e cafuné Sanfona, quadrilha, muito quentão Busca-pé, moça bonita na janela Caminho da roça cheio de sensação E o casamento caipira na capela Costume que canta e encanta Viva São João! Enraizada fé, como não! Tem terço que os males espanta Junho em soneto junino, oração Santo Antônio, São Pedro, tanta Celebração e poética, trem bão! © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 31 maio, 2025, 19’14” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

REZA (soneto) Eu vi a solidão... Escura e fria Que no sentimento a sós ficara E qual o motivo a sorte ignara Não sei, sei que dói na poesia Se mais sentia, mais dor escorria Nos versos com desditosa cara Cheio de sofrer, poetando para Cada pesar, que a saudade trazia O verso fluía e o choro chorava Pudera neste folhetim literário Ter prazer que a dita ignorava Ah! como pudera! Sou sem sentido Nem mesmo as súplicas no rosário Me deu zelo pra que fosse querido. © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 21 abril, 2025, 17’26” – Araguari, MG *dia da morte do Papa Francisco

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠BEM-VINDO, DEZEMBRO Dezembro, mês que chega Natalino cheio de hino, luzes, cor e esperança mês da aproximação do Deus menino. Dezembro, novos rumos, a lembrança a união, a determinação do destino de genuíno sinal e genuína confiança. Dezembro, ternura e doce emoção superação, de gente como a gente acordando cada sensível sensação. Dezembro, saudade dum ausente presente na gratidão, eterna paixão farra do ano, tão abundantemente. Dezembro, surpresas, incertezas, virão é vida em andamento, presente! Trazendo mais ardor ao coração... Bem-vindo, sorrindo, a compartilhar... Até quando um novo dezembro chegar. © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 01 dezembro, 2024, 07’50” – cerrado goiano

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠CERRADO [...]este cerrado versado, místico, torto, encantado... Que o canto, tanto, infunda o poetar... Onde todo dia tem um fim, mas todo final é um recomeçar... © Luciano Spagnol - poeta do cerrado março de 2025 - Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠DE UMA POÉTICA REVESTIDO (soneto) Eu finco em tributo este soneto enamorado Pra ti! pra que tenhas as altas homenagens Em cada versar. Sentimentos e mensagens De doce paixão... em cada verso inspirado Os olhares e sussurros no soneto enlaçado Achegado. Incide no rimar com metragens De sensação e emoção, em tão sãos itens Refletindo da alma cá neste verso poetado É amor que no meu peito paces, entoando Cânticos de encantos e momento divertido Vibrando a emoção e a ternura ressoando: Tu és o meu amor e também o meu sentido Onde os meus versos vão, então, banhando De uma poética e de uma poética revestido. © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 26 janeiro, 2025, 15’47” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠AÍ SE TEM O SONETO ESPECIAL Ter a poesia amorosa, emotiva e alada Os versos com sentimentos suntuosos Aroma, sussurro e suspiros numerosos Possuir sentido, uma poética afeiçoada Não ter bobagem, desencontros, nada De partilha, somente beijos ardorosos Muito a se fartar, elementos veludosos Na norma nenhuma vontade moderada Transgredir o espaço da alma, coração Entregar-se sem pejo à sua devoção Mergulhar na paixão, soltar o aperto Conservar a inspiração sentimental Sentir-se em plenitude, um concerto Afetivo. Aí se tem o soneto especial. © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 29 janeiro, 2025, 15’33” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol

⁠CRISTAL QUEBRADO (soneto) Neste versejar estreito e amarrotado uma saudade, dura, estirada na rede de verso tedioso, o dia, assim, despede suspirando com sonho desencantado e em um canto da imaginação, a sede de ilusões, desejos, no pesar bordado delicado tal um copo de cristal lavrado em que, às vezes, a sofrência excede é trova com choro, o que muito sente cada rima, uma rima com uma solidão bêbedo de dor, que dói n’alma da gente poética que faz o coração abandonado deixando o soneto cheio de sensação nota, e cicatriz de um cristal quebrado. © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 02 junho, 2025, 19’36” – Araguari, MG

Por poeta do cerrado - Luciano Spagnol