há um dia em que a mulher pergunta a si mesma pergunta para outra mulher e as perguntas pairam flutuam sobre a cabeça as perguntas incomodam e vazam como excremento de aves de árvores de céu nesse dia a mulher procura a resposta por que de que adianta se há mãos que fazem dançar as cordas e os pequenos membros do corpo vivem em sacolejo o ventre morre em liminares gestações que formam mãos de homens e a partir do ventre as mãos nutridas pela mulher saem na direção do mundo de tudo que é externo de tudo que é global antropológico fágico e social e a mulher nesse dia pergunta para outra mulher para o espelho de que isso tudo adianta
A frase mais vista deste Autor.
feito gato atiçado por todo meneio rápido eu também sou atraída pelos insetos que se atiram contra a luz essa é a utilidade e o fim das asas
há sempre um mar invisível despejado a conta-gotas pingando nos olhos de quem sofre o sal que queima a retina e as veias violentas ondas de miséria só quem sofre [por amor] pode saber as algas presas aos meus cabelos e o sempre-mar na ressaca dos meus olhos