Frases e palavras de impacto de Ana Maria Machado!

São cinco pontas Cinco destinos areias tontas de desatinos Cinco sentidos Cinco caminhos Grãos tão moídos Mares moinhos Estrela guia em pleno mar outra Maria a me chamar. "

Por Ana Maria Machado

E era sempre assim. Na hora de ir ajudar no trabalho da roça, ela era bem grande. Na hora de ir tomar banho no rio e nadar no lugar mais fundo, ela ainda era muito pequena. Na hora que os grandes ficavam de noite conversando no terreiro até tarde, ela era pequena e tinha que ir dormir. Na hora em que espetava o pé com um espinho e queria ficar chorando no colo de alguém, só com dengo e carinho, sempre dizia que já estava muito grande para ficar fazendo manha. Se ela tivesse um espelho mágico, que nem rainha madrasta da Branca de Neve, bem que podia perguntar: - Espelho meu, espelho meu, que tamanho tenho eu?

Por Ana Maria Machado

Velas sem vento almas sem calma encalham em sargaços nas águas salgadas. Algumas naufragam soçobram em escolhos só sobram sem escolha, sem escolta, poucas naus – e nós.

Por Ana Maria Machado

O que leva uma criança a ler é o exemplo.

Por Ana Maria Machado

Amigas. Era isso: Amigas íntimas. E se divertiam juntas, davam gargalhadas, bebiam vinho para comemorar segredos guardados em envelopes.

Por Ana Maria Machado

Primeiro mar Tantas páginas lidas muito antes Tantos livros que enchiam as estantes Tantos heróis a povoar os sonhos Tantos perigos, monstros tão medonhos Nos tempos sem tevê e sem imagem Palavras fabricavam paisagem Tesouros, mapas, ilhas tropicais, Argonautas, recifes de corais, Perigos na neblina entre rochedos, Vinte mil léguas cheias de segredos. Histórias de naufrágio e abordagens, Ulisses, Moby Dick, mil viagens, Robinson, calmarias, um motim, Descobertas, veleiros, mar sem fim.

Por Ana Maria Machado

Só se chega por acaso, pois é impossível encontrar o caminho sem se perder.

Por Ana Maria Machado

Gostava de soltar as ideias sem rédea enquanto sentia o vento e a imensidão.

Por Ana Maria Machado

"só queria que o mundo nos abraçasse"

Por Ana Maria Machado

É que eu também sou inventora, inventando todo dia um jeito novo de viver.

Por Ana Maria Machado

Era uma vez uma voz. Um fiozinho à-toa. Fiapo de voz. Voz de mulher. Doce e mansa. De rezar, ninar criança, muitas histórias contar. De palavras de carinho e frases de consolar. Por toda e qualquer andança, voz de sempre concordar. Voz fraca e pequenina. Voz de quem vive em surdina. Um fiapo de voz que tinha todo o jeito de não ser ouvido. Não chegava muito longe. Ficava só ali mesmo, perto de onde ela vivia. Um pontinho no mapa.

Por Ana Maria Machado

A gente é feliz, representa uma espécie de ameaça para os outros, como se estivéssemos dizendo que somos mais competentes do que eles em matéria de construir felicidade.

Por Ana Maria Machado

Maresia Brisa na restinga traz maresia a onda respinga a gota suspira o ar que se inspira. Nariz abre a asa narina é casa de aroma morar. É o lar que inspira é o mar que respira.

Por Ana Maria Machado

Sei que a andorinha está no coqueiro, e que o sabiá está na beira-mar. Observo que a andorinha vai e volta, mas não sei onde está meu amor que partiu e não quer voltar.

Por Ana Maria Machado