Frases e palavras de impacto de Alessio Brandolini!

E se for a árvore de Judas este amor pendurado num canto apartado da casa. As mãos perdidas nos cortes nas cicatrizes dos beijos nos pés inquietos, aguardando percorrer o mesmo idêntico percurso. Os nossos corpos não nos bastavam nós os tínhamos trocado entre nós por acaso ou para derrotar a sorte. Agora a pele cinzela outras palavras filtra a luz e aguarda distanciada outros perfumes, ou os jogos da morte.

Por Alessio Brandolini

Limitar-se a pouco, sussurros e eu súbito penso: vírgulas sim, quem sabe, de vez em quando um belo ponto. Escavar em um fosso um poço para a água da chuva meter a estaca em pé para amparar o novo damasqueiro e o tempo que passa enumerá-lo escandi-lo sem repetir a trama. Nas tuas mãos há um sol não tão luminoso, mas, claro e necessário que calmo adormece na sua luz opaca. Não ajunte outro te põe em movimento e corre a dar às vinhas a água que exigem.

Por Alessio Brandolini

Ontem trouxe para casa um grande cesto de vime cheio de damascos maduros cor do sol e mais doces que o mel. Então a mim me olhaste com um sorriso novo aquele com que sonho desde que estou no mundo. Cheirava a giesta vermelha a sálvia aveludada a menta romana a lavanda a alecrim que tem pequenas flores azuis folhas delicadas mas afiadas como dentes de bebê.

Por Alessio Brandolini

As árvores foram abandonadas? já não têm nome sob o espesso córtice não há mais que o vazio uma passagem aberta sem linfa um ninho de mofo, de traças. Por isso em três dias virão abatê-la. Por terra os frutos carcomidos pelos vermes tomados de assalto pelas formigas esfomeadas e as aranhas vermelhas com suas bocas de tenazes. Em volta da árvore o tapete de folhas maceradas na água.

Por Alessio Brandolini

Tens uma face doce e tranqüila talvez por isso às vezes penso que te conheço desde sempre que posso dialogar contigo, estando sentado encostado no tronco liso do castanheiro a refugiar-me dos ruídos e do sol. Aqui havia um poço faz tempo no centro do terreno num caminhão vermelho carregavam a uva. Tens uma face doce e tranqüila que se reconstrói por si só quando me assalta a vontade de raspá-la de vez dos muros arcaicos da mente

Por Alessio Brandolini