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A lei é sombra, pudica e hipócrita, do desejo de vingança da sociedade. Se, por uma razão ou por outra, as paixões se condensam, os ódios se acendem, deve-se aplacá-los, aquietá-los, acalmá-los. Desafogar o aborrecimento sem exceder. Os tribunais são os lugares decentes da vingança. Não para encaminhá-la ao alvo correto, mas para impedir que ocorram movimentos perigosos...
Por Giampaolo RugarliAtos, AT, 7:14, Então José mandou chamar Jacó, seu pai, e toda a sua parentela, isto é, setenta e cinco pessoas.
Por Atos, Novo TestamentoNão se pode repetir os velhos tempos. Como o nome já diz, esses tempos são velhos. Novos tempos não podem nunca ser como os velhos tempos. Quando se tenta, eles parecem tão somente antigos e gastos, como aqueles pelos quais se suspira. Não se deve nunca lamentar pelo tempo que passou. Quem lamenta pelo tempo que passou está velho e de luto.
Por Daniel GlattauerPor grande e digno que seja o ideal a que se aspira, se aquele que pretende alcançá-lo se vale de meios miseráveis, é sempre um miserável.
Por Henri LacordaireII Reis, 2RS, 16:5, Então Rezim, rei da Síria, e Peca, filho de Remalias, rei de Israel, subiram a Jerusalém para lutar contra ela. Cercaram Acaz, mas não conseguiram derrotá-lo.
Por II Reis, Antigo TestamentoEntre perdas profundas e indescritíveis, os humanos ainda podem encontrar amor e luz - e ver uns aos outros.
Por Christy LefteriPASSAGEM DAS HORAS Trago dentro do meu coração, Como num cofre que se não pode fechar de cheio, Todos os lugares onde estive, Todos os portos a que cheguei, Todas as paisagens que vi através de janelas ou vigias, Ou de tombadilhos, sonhando, E tudo isso, que é tanto, é pouco para o que eu quero. A entrada de Singapura, manhã subindo, cor verde, O coral das Maldivas em passagem cálida, Macau à uma hora da noite... Acordo de repente... Yat-lô--ô-ôôô-ô-ô-ô-ô-ô-ô...Ghi-... E aquilo soa-me do fundo de uma outra realidade... A estatura norte-africana quase de Zanzibar ao sol... Dar-es-Salaam (a saída é difícil)... Majunga, Nossi-Bé, verduras de Madagascar... Tempestades em torno ao Guardafui... E o Cabo da Boa Esperança nítido ao sol da madrugada... E a Cidade do Cabo com a Montanha da Mesa ao fundo... Viajei por mais terras do que aquelas em que toquei... Vi mais paisagens do que aquelas em que pus os olhos... Experimentei mais sensações do que todas as sensações que senti, Porque, por mais que sentisse, sempre me faltou que sentir E a vida sempre me doeu, sempre foi pouco, e eu infeliz. A certos momentos do dia recordo tudo isto e apavoro-me, Penso em que é que me ficará desta vida aos bocados, deste auge, Desta entrada às curvas, deste automóvel à beira da estrada, deste aviso, Desta turbulência tranqüila de sensações desencontradas, Desta transfusão, desta insubsistência, desta convergência iriada, Deste desassossego no fundo de todos os cálices, Desta angústia no fundo de todos os prazeres, Desta sociedade antecipada na asa de todas as chávenas, Deste jogo de cartas fastiento entre o Cabo da Boa Esperança e as Canárias. Não sei se a vida é pouco ou demais para mim. Não sei se sinto de mais ou de menos, não sei Se me falta escrúpulo espiritual, ponto-de-apoio na inteligência, Consangüinidade com o mistério das coisas, choque Aos contatos, sangue sob golpes, estremeção aos ruídos, Ou se há outra significação para isto mais cômoda e feliz. Seja o que for, era melhor não ter nascido, Porque, de tão interessante que é a todos os momentos, A vida chega a doer, a enjoar, a cortar, a roçar, a ranger, A dar vontade de dar gritos, de dar pulos, de ficar no chão, de sair Para fora de todas as casas, de todas as lógicas e de todas as sacadas, E ir ser selvagem para a morte entre árvores e esquecimentos, Entre tombos, e perigos e ausência de amanhãs, E tudo isto devia ser qualquer outra coisa mais parecida com o que eu penso, Com o que eu penso ou sinto, que eu nem sei qual é, ó vida. Cruzo os braços sobre a mesa, ponho a cabeça sobre os braços, É preciso querer chorar, mas não sei ir buscar as lágrimas... Por mais que me esforce por ter uma grande pena de mim, não choro, Tenho a alma rachada sob o indicador curvo que lhe toca... Que há de ser de mim? Que há de ser de mim? (...)
Por Álvaro de CamposO útero é a ligação com o universo, com o frágil sistema social da humanidade.
Por Comando das Criaturas (série)