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Querida imaginação, o que mais me agrada em ti é nunca perdoares.

Por André Breton

Uma frase resume o horror do inferno: Deus não está lá.

Por Max Lucado

Poucas vezes quem ganha o que não merece, agradece o que ganha.

Por Francisco de Quevedo

Levítico, LV, 16:24, Banhará o seu corpo em água no lugar santo e porá as suas roupas. Então sairá, e oferecerá o seu holocausto e o holocausto do povo, e fará expiação por si e pelo povo.

Por Levítico, Antigo Testamento

Provérbios, PV, 29:15, A vara e a disciplina dão sabedoria, mas a criança entregue a si mesma envergonha a sua mãe.

Por Provérbios, Antigo Testamento

Chove em minha solidão , este vapor que sobe do chão é ainda teu calor.

Por J. G. de Araújo Jorge

⁠O homem foi capaz de inventar a bomba atômica, mas nenhum rato no mundo criaria a própria ratoeira.

Por Albert Einstein

Você nunca pode julgar a si mesmo por seus próprios padrões e sua própria justiça, mas apenas à luz da justiça de Deus.

Por Jonathan Cahn

Segredos Eu procuro um amor que ainda não encontrei Diferente de todos que amei Nos seus olhos quero descobrir uma razão para viver E as feridas dessa vida eu quero esquecer Pode ser que eu a encontre numa fila de cinema, Numa esquina Ou numa mesa de bar. Procuro um amor que seja bom pra mim Vou procurar, eu vou até o fim E eu vou tratá-la bem Pra que ela não tenha medo Quando começar a conhecer os meus segredos Eu procuro um amor, uma razão para viver E as feridas dessa vida eu quero esquecer Pode ser que eu gagueje sem saber o que falar Mas eu disfarço e não saio sem ela de lá Procuro um amor que seja bom pra mim Vou procurar eu vou até o fim E eu vou trata-la bem Pra que ela não tenha medo Quando começar a conhecer os meus segredos Procuro um amor Que seja bom pra mim Vou procurar, eu vou até o fim. Eu procuro um amor Que seja bom pra mim Vou procurar, eu vou até o fim.

Por Frejat

A ÚLTIMA PRIMEIRA VEZ Ele toca a campainha e, ao contrário de todas as vezes anteriores, ela não corre pra terminar de se arrumar. Ela não coloca brinco na orelha, não retoca o batom, não troca a sandália de dedos pelo salto alto. Ela atende a porta de chinelo velho e cabelo preso pra trás da orelha com piranha de plástico daquelas de duas por um Real. Ele a olha nos olhos, diz que está com saudade e a abraça com tanta força que parece que vai quebrar aquele corpinho magrelo. Ela fica na ponta dos pés para abraçá-lo e, nesse instante, se lembra que costumava fazer isso para alcançá-lo. Foi tudo muito estranho pela primeira vez. O tênis esquisito dele não combinava mais com ela. Aquela camisa larga e aquela bermuda mais pareciam seu irmão de 17 anos. Nada nele havia mudado, mas era tudo diferente pra ela. A voz, o sorriso meio sem graça, o cabelo liso meio sei lá, as canelas finas, as mãos quadradas num tom rosado de tão brancas. Tudo tão igual sempre foi e tão estranho pra ela. A vida dela andou nesse um ano e pouco que eles ficaram sem se falar. Ela mudou. Piorou em algumas coisas, melhorou em outras, mas mudou. Ela, que não gostava de rave e andava pra música eletrônica, agora compra ingresso com um mês de antecedência. Ela trocou a cama por uma melhor, o sofá da sala por um branco lindo, mudou os móveis de lugar depois do Natal, trocou o carro por outro que anda muito mais. Mudou o tom do cabelo, o estilo das roupas. Fez vários novos amigos. Para ele, parece que o tempo não passou. Ele acha que pode chamá-la pelos apelidos que ele costumava inventar pra ela, acha que pode pegar nela onde bem entender e que pode arrumar o cabelo dela pra trás da orelha. Não. Eles ainda têm algum assunto, mas ela já não faz mais piadinhas pra implicar com a vida de solteiro dele. Ela não é mais dissimulada quando ele pergunta se ela está com alguém. Ela está solteira e não precisa mais fingir que está de rolo com alguém pra fazer ciúme nele. Não faz mais sentido. Nada mais faz sentido. As brincadeiras, o abraço, o toque do corpo. Acabou a emoção, acabou o brilho no sorriso, acabou o sorriso nos olhos. Coisas do tempo. Ele partiu sem nenhuma dor. Ela fechou a porta e sua vida continuou de onde estava. Pela primeira vez, ela fechava aquela porta sem sentar na escada e chorar por ele ter ido embora pra sempre. Pela primeira vez, ele saiu sem que ela o observasse partir com o coração apertado. Pela primeira vez, ele foi embora sem deixar uma gotinha de esperança de que ela pudesse tê-lo de volta na vida dela. Pela primeira vez, ele partiu sem que eles tivessem trocado mais do que um abraço apertado. Pela primeira vez, ele se foi sem que eles tivessem remexido o passado ou chorado porque alguma coisa não deu certo entre eles. Pela primeira vez, ele foi embora de verdade. Pela última vez, ele foi embora.

Por Brena Braz