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Eu vi o brilho que existe em você. Se pessoas como você se esforçarem, podem conseguir qualquer coisa.
Por Inspetora Koo Kyung Yi (série)Nessun Dorma (tradução) Ninguém durma! ninguém durma! Tu também, ó princesa, na tua fria alcova olhas as Estrelas que tremulam de amor e de esperança! Mas o meu mistério está fechado comigo, O meu nome ninguém saberá! Não, não, sobre a tua boca o direi, Quando a luz resplandescer! E o meu beijo destruirá o silêncio que te faz minha! O seu nome ninguém saberá ... E nós deveremos, ai de nós, morrer! Morrer! Desvaneça, ó noite! Desapareçam, estrelas! Desapareçam, estrelas! Pela manhã vencerei! Vencerei! vencerei!
Por Giacomo PucciniÉ fácil amar o outro na mesa de bar, quando o papo é leve, o riso é farto, e o chope é gelado. É fácil amar o outro nas férias de verão, no churrasco de domingo, nas festas agendadas no calendário do de vez em quando. Difícil é amar quando o outro desaba. Quando não acredita em mais nada. E entende tudo errado. E paralisa. E se vitimiza. E perde o charme. O prazo. A identidade. A coerência. O rebolado. Difícil amar quando o outro fica cada vez mais diferente do que habitualmente ele se mostra ou mais parecido com alguém que não aceitamos que ele esteja. Difícil é permanecer ao seu lado quando parece que todos já foram embora. Quando as cortinas se abrem e ele não vê mais ninguém na plateia. Quando o seu pedido de ajuda, verbalizado ou não, exige que a gente saia do nosso egoísmo, do nosso sossego, da nossa rigidez, do nosso faz-de-conta, para caminhar humanamente ao seu encontro. Difícil é amar quem não está se amando. Mas esse talvez seja, sim, o tempo em que o outro mais precisa se sentir amado. Eu não acredito na existência de botões, alavancas, recursos afins, que façam as dores mais abissais desaparecerem, nos tempos mais devastadores, por pura mágica. Mas eu acredito na fé, na vontade essencial de transformação, no gesto aliado à vontade, e, especialmente, no amor que recebemos, nas temporadas difíceis, de quem não desiste da gente.
Por Ana JácomoPor que não somos felizes? A resposta é simples, mas a solução é complexa. Não somos felizes porque não somos livres. Livres, no sentido integral da palavra 'liberdade'. Tudo o que somos nos foi imposto: o lugar onde nascemos, os nossos pais, o nosso nome, a nossa religião, a nossa cultura, os nossos ideais, as nossas crenças e até os nossos entretenimentos, como o time de futebol que vamos torcer quando crescer. Decidem por nós pelo que devemos chorar, pelo que devemos sorrir (e como sorrir). Incutem em nós que a felicidade está no que se pode conquistar materialmente e ai daqueles que por 'rebeldia' não se encaixam nos moldes desta idiotia. Ora, eu seria feliz se pudesse ir trabalhar de pijama e chinelos. Por que não? Somos, sim, desde crianças autômatos controlados por outrem e, assim, somos servos voluntários de um consumismo cada vez mais capitalista e jamais, jamais dialético. Quando o homem se fez gente, infincou bandeiras e ergueu muros, como se tivesse o direito de fazê-lo por si só numa terra que naturalmente não lhe pertencia. Assim nasceram as fronteiras, as novas línguas, novas culturas e metodologias de existir... No entanto, todos os esses 'novos' mundos foram consolidados, e ainda são, sobre um sistema regido pela vaidade, pela sofisma, pela ganância, pelo bem supremo de uma minoria em detrimento de uma maioria: os trabalhadores, os que produzem toda a riqueza da Terra. Como ser feliz em um mundo de injustiças sociais? Marx responde que é impossível. Como sermos plenamente felizes se não temos liberdade para coisa alguma? Se há muros cheios de placas de advertências indicando que não temos o direito de estar ali. Ora, por que não? Quem deu a esses seres o direito maior de serem donos de um patrimônio naturalmente pertencente a todos? A Terra, camaradas, é nossa. E pessoa alguma, repito, pessoa alguma, tem dela o monopólio legal. A Leis que regulamentam o contrário, por quem foram instituídas? Os livros sagrados que regem que todas as autoridades devem ser obedecidas e que se deve dar a César o que é de César, pensem, por quem e por que isso foi escrito? Ora, não somos felizes e jamais seremos até que tenhamos a consciência de que nossa liberdade integral também é nosso direito e que por isso vamos exercê-la. Livres para viver onde se bem quiser, livres para ter fé no que quiser, livres para amar quem se quiser, livres para ser quem realmente se é... Todos livres, libertos de todo tipo opressão: moral, social, psicológica, econômica, política, étnica, de gênero, de sexualidade. Enfim, livres. Seremos felizes num mundo onde amos não existem, onde as leis são feitas para a equidade universal e os infratores são julgados por conselhos populares e não por juízes corruptíveis. Para que isso aconteça, só mesmo uma revolução socialista. Impossível, você pode pensar. Sim, a revolução é impossível, dizia Trotsky, até que se torne inevitável. E o que mais precisamos sofrer para que todos nós, a maioria, enxergarmos que já tornou-se inevitável?
Por Clara DawnTem dias que a gente se sente Como quem partiu ou morreu A gente estancou de repente Ou foi o mundo então que cresceu
Por Chico BuarqueA criança em mim deseja muito brincar com a criança em ti. Vamos procurar um recreio para elas se encontrarem?
Por José Paulo SantosSim, minha força está na solidão. Não tenho medo nem de chuvas tempestivas, nem das grandes ventanias soltas, pois eu também sou o escuro da noite.
Por Clarice LispectorGuia prático dos sofredores anônimos Hoje nós vamos sofrer. Só por hoje vamos sofrer. Sofrer tudo de uma vez. Tudo o que há para sofrer. Vamos sofrer calados. Vamos sofrer cantando. Tudo de uma só vez. Do jeito que der para sofrer. Sem ressalvas. Sem reservas. Sem esquemas. Sofrer apenas. Sofrer de olhos abertos. Sofrer sem sentir pena. Toda dor será bem-vinda. Abriremos as feridas. Toda chaga, toda mágoa. Só por hoje vamos sofrer. Sem saber onde. Sem saber como. Sem nem querer saber. Sofrer de braços abertos. Até não mais poder. Sofrer sem dizer nada. Tudo o que há para sofrer.
Por Bruno Brum"O importante é que não se discuta [com os comunistas]… não importa o que você diz, eles possuem mil maneiras de distorcer suas palavras e rebaixá-lo a alguma categoria inferior de ser humano: ‘fascista’, ‘liberal’, ‘trotskista’, desqualificando-o tanto intelectualmente quanto pessoalmente no processo."
Por F. Scott Fitzgerald