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Escreve-se para não ser solitário e por amor aos outros; se você não tiver essa solidariedade, é bobagem escrever.

Por Ignácio de Loyola Brandão

Gálatas, GL, 1:19, E não vi outro dos apóstolos, a não ser Tiago, o irmão do Senhor.

Por Gálatas, Novo Testamento

Fé inabalável só o é a que pode encarar frente a frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.

Por Allan Kardec

I Reis, 1RS, 1:4, A jovem era muito bonita. Cuidava do rei e o servia, mas o rei não teve relações com ela.

Por I Reis, Antigo Testamento

Ezequiel, EZ, 23:33, Você ficará completamente bêbada e sentirá muita dor; o copo de sua irmã Samaria é copo de espanto e de desolação.

Por Ezequiel, Antigo Testamento

Jó, JÓ, 33:17, para afastar o ser humano dos seus planos e livrá-lo do orgulho;

Por Jó, Antigo Testamento

Salmos, SL, 140:5, Os soberbos ocultaram armadilhas e cordas contra mim, estenderam uma rede à beira do caminho; armaram ciladas contra mim.

Por Salmos, Antigo Testamento

I Crônicas, 1CR, 29:13, Agora, ó nosso Deus, graças te damos e louvamos o teu glorioso nome.

Por I Crônicas, Antigo Testamento

Não há fealdade na natureza. Ela só existe nos nossos olhos.

Por Joaquim Nabuco

Toco a sua boca com um dedo, toco o contorno da sua boca, vou desenhando essa boca como se estivesse saindo da minha mão, como se, pela primeira vez, a sua boca entreabrisse, e basta-me fechar os olhos para desfazer tudo e recomeçar. Faço nascer, de cada vez, a boca que desejo, a boca que minha mão escolheu e desenha no seu rosto, uma boca eleita entre todas, com soberana liberdade, eleita por mim para desenhá-la com minha mão em seu rosto, e que, por um acaso, que não procuro compreender, coincide exatamente com a sua boca, que sorri debaixo daquela que minha mão desenha em você. Você me olha, de perto me olha, cada vez mais de perto, e então brincamos de ciclope, olhamo-nos cada vez mais de perto e nossos olhos se tornam maiores, se aproximam uns dos outros, sobrepõe-se, e os ciclopes se olham, respirando confundidos, as bocas encontram-se e lutam debilmente, mordendo-se com os lábios, apoiando ligeiramente a língua nos dentes, brincando nas suas cavernas, onde um ar pesado vai e vem, com um perfume antigo e um grande silêncio. Então as minhas mãos procuram afogar-se no seu cabelo, acariciar lentamente a profundidade do seu cabelo, enquanto nos beijamos como se estivéssemos com a boca cheia de flores ou de peixes, de movimentos vivos, de fragrância obscura. E se nos mordemos, a dor é doce; e se nos afogamos num breve e terrível absorver simultâneo de fôlego, essa instantânea morte é bela. E já existe uma só saliva e um só sabor de fruta madura, e eu sinto você tremular contra mim, como uma lua na água.

Por Julio Cortázar