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“O mistério não está nas grandes frases, e sim nos momentos sucintos” Em uma conversa, o silêncio é o momento mais misterioso. O desconhecido, o poder da mente desbravando imagens... Isso sempre me leva á um estado inquietante em que estou agora. A infinidade rápida dos segundos de vazio do silêncio gera uma força enérgica valiosíssima. Mas a expectativa de reconhecer pensamentos e as descobertas mútuas... Trazem uma sensação ainda mais instigante e RARA. Em meio ao turbilhão de pessoas, palavras e profecias descamadas, me pego em um falatório dentro de mim, chamativo e interessante. Tudo mais se torna banal. O meu pensamento vagueia numa retrospectiva deliciosa, e ao mesmo tempo, agonizante. Nada mais ali importa. A disputa, os questionamentos... Tudo se dissipa. Surge um sentimento que vem sem avisar e me desestabiliza. Impressionante! Mexe lá dentro, com uma força de leão. Arranca as minhas vísceras... E então se torna forte. Sublime... Presencio então o incrível cataclisma do mistério, se transformando no imprevisível. O mistério nada mais é do que, aquilo que a inteligência humana não consegue compreender ou explicar... Hum... e o que seria o amor pra você?
Por Thaís VazQuando a Igreja, em Éfeso, perdeu o primeiro amor, Deus não disse para chamarem alguém para fazer um culto mais "quente". Ele ordenou que se arrependessem.
Por Josemar BessaO CORVO Numa meia-noite agreste, quando eu lia, lento e triste, Vagos, curiosos tomos de ciências ancestrais, E já quase adormecia, ouvi o que parecia O som de alguém que batia levemente a meus umbrais. "Uma visita", eu me disse, "está batendo a meus umbrais. É só isto, e nada mais." Ah, que bem disso me lembro! Era no frio dezembro, E o fogo, morrendo negro, urdia sombras desiguais. Como eu qu'ria a madrugada, toda a noite aos livros dada P'ra esquecer (em vão!) a amada, hoje entre hostes celestiais - Essa cujo nome sabem as hostes celestiais, Mas sem nome aqui jamais! Como, a tremer frio e frouxo, cada reposteiro roxo Me incutia, urdia estranhos terrores nunca antes tais! Mas, a mim mesmo infundido força, eu ia repetindo, "É uma visita pedindo entrada aqui em meus umbrais; Uma visita tardia pede entrada em meus umbrais. É só isto, e nada mais". E, mais forte num instante, já nem tardo ou hesitante, "Senhor", eu disse, "ou senhora, decerto me desculpais; Mas eu ia adormecendo, quando viestes batendo, Tão levemente batendo, batendo por meus umbrais, Que mal ouvi..." E abri largos, franqueando-os, meus umbrais. Noite, noite e nada mais. A treva enorme fitando, fiquei perdido receando, Dúbio e tais sonhos sonhando que os ninguém sonhou iguais. Mas a noite era infinita, a paz profunda e maldita, E a única palavra dita foi um nome cheio de ais - Eu o disse, o nome dela, e o eco disse aos meus ais. Isso só e nada mais. Para dentro então volvendo, toda a alma em mim ardendo, Não tardou que ouvisse novo som batendo mais e mais. "Por certo", disse eu, "aquela bulha é na minha janela. Vamos ver o que está nela, e o que são estes sinais." Meu coração se distraía pesquisando estes sinais. "É o vento, e nada mais." Abri então a vidraça, e eis que, com muita negaça, Entrou grave e nobre um corvo dos bons tempos ancestrais. Não fez nenhum cumprimento, não parou nem um momento, Mas com ar solene e lento pousou sobre os meus umbrais, Num alvo busto de Atena que há por sobre meus umbrais, Foi, pousou, e nada mais. E esta ave estranha e escura fez sorrir minha amargura Com o solene decoro de seus ares rituais. "Tens o aspecto tosquiado", disse eu, "mas de nobre e ousado, Ó velho corvo emigrado lá das trevas infernais! Dize-me qual o teu nome lá nas trevas infernais." Disse o corvo, "Nunca mais". Pasmei de ouvir este raro pássaro falar tão claro, Inda que pouco sentido tivessem palavras tais. Mas deve ser concedido que ninguém terá havido Que uma ave tenha tido pousada nos seus umbrais, Ave ou bicho sobre o busto que há por sobre seus umbrais, Com o nome "Nunca mais". Mas o corvo, sobre o busto, nada mais dissera, augusto, Que essa frase, qual se nela a alma lhe ficasse em ais. Nem mais voz nem movimento fez, e eu, em meu pensamento Perdido, murmurei lento, "Amigos, sonhos - mortais Todos - todos já se foram. Amanhã também te vais". Disse o corvo, "Nunca mais". A alma súbito movida por frase tão bem cabida, "Por certo", disse eu, "são estas vozes usuais, Aprendeu-as de algum dono, que a desgraça e o abandono Seguiram até que o entono da alma se quebrou em ais, E o bordão de desesp'rança de seu canto cheio de ais Era este "Nunca mais". Mas, fazendo inda a ave escura sorrir a minha amargura, Sentei-me defronte dela, do alvo busto e meus umbrais; E, enterrado na cadeira, pensei de muita maneira Que qu'ria esta ave agoureira dos maus tempos ancestrais, Esta ave negra e agoureira dos maus tempos ancestrais, Com aquele "Nunca mais". Comigo isto discorrendo, mas nem sílaba dizendo À ave que na minha alma cravava os olhos fatais, Isto e mais ia cismando, a cabeça reclinando No veludo onde a luz punha vagas sombras desiguais, Naquele veludo onde ela, entre as sombras desiguais, Reclinar-se-á nunca mais! Fez-se então o ar mais denso, como cheio dum incenso Que anjos dessem, cujos leves passos soam musicais. "Maldito!", a mim disse, "deu-te Deus, por anjos concedeu-te O esquecimento; valeu-te. Toma-o, esquece, com teus ais, O nome da que não esqueces, e que faz esses teus ais!" Disse o corvo, "Nunca mais". "Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta! Fosse diabo ou tempestade quem te trouxe a meus umbrais, A este luto e este degredo, a esta noite e este segredo, A esta casa de ânsia e medo, dize a esta alma a quem atrais Se há um bálsamo longínquo para esta alma a quem atrais! Disse o corvo, "Nunca mais". "Profeta", disse eu, "profeta - ou demônio ou ave preta! Pelo Deus ante quem ambos somos fracos e mortais. Dize a esta alma entristecida se no Éden de outra vida Verá essa hoje perdida entre hostes celestiais, Essa cujo nome sabem as hostes celestiais!" Disse o corvo, "Nunca mais". "Que esse grito nos aparte, ave ou diabo!", eu disse. "Parte! Torna à noite e à tempestade! Torna às trevas infernais! Não deixes pena que ateste a mentira que disseste! Minha solidão me reste! Tira-te de meus umbrais! Tira o vulto de meu peito e a sombra de meus umbrais!" Disse o corvo, "Nunca mais". E o corvo, na noite infinda, está ainda, está ainda No alvo busto de Atena que há por sobre os meus umbrais. Seu olhar tem a medonha cor de um demônio que sonha, E a luz lança-lhe a tristonha sombra no chão há mais e mais, E a minhalma dessa sombra que no chão há mais e mais, Libertar-se-á... nunca mais!
Por Edgar Allan PoeQuarentena Este ano de 2020 Começou bem em alguns países E em outros com muitas destruições Agora todos unidos contra o covid O mundo se uniu sem se perceber De uma forma que ninguém imaginava Países rivais que trocavam bombas ,um dia Hoje doa alimentos com a maior alegria A pergunta que não quer calar Precisava do covid para a União reviver? Está doença ,esta mudando nosso jeito Desde de usar o álcool,até o sentimento Estamos cheios da quarentena Sim é claro ,mas tudo tem o seu lado bom Entre assistir aquele filme,que nunca viu A de olhar para si mesmo ,e vê o seu dom A quarentena está nos permitindo Desde de nós cuidar,a nós amar De ajudar, de ver uma live,é extravasa Só uma coisa que lhe peço "fica em casa"
Por Thamiris EufrásioPara quê, perguntou ele, para que servem Os poetas em tempo de indigência? Dois séculos corridos sobre a hora Em que foi escrita esta meia linha, Não a hora do anjo, não: a hora Em que o luar, no monte emudecido, Fulgurou tão desesperadamente Que uma antiga substância, essa beleza Que podia tocar-se num recesso Da poeirenta estrada, no terror Das cadelas nocturnas, na contínua Perturbação, morada da alegria;
Por Hélia CorreiaI Coríntios, 1CO, 11:7, Porque o homem não deve cobrir a cabeça, por ser ele imagem e glória de Deus, mas a mulher é glória do homem.
Por I Coríntios, Novo Testamento