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O acaso tem seus sortilégios, a necessidade não. Para que um amor seja inesquecível, é preciso que os acasos se encontrem nele desde o primeiro instante como os pássaros nos ombros de são Francisco de Assis.

Por Milan Kundera

Era uma vez um menino que amava demais. Amava tanto, mas tanto, que o amor nem cabia dentro dele. Saía pelos olhos, brilhando, pela boca, cantando, pelas pernas, tremendo, pelas mãos, suando. (Só pelo umbigo é que não saía: o nó ali é tão bem dado que nunca houve um só que tenha soltado). O menino sabia que o único jeito de resolver a questão era dando o amor à menina que amava. Mas como saber o que ela achava dele? Na classe, tinha mais quinze meninos. Na escola, trezentos. No mundo, vai saber, uns dois bilhões? Como é que ia acontecer de a menina se apaixonar justo por ele, que tinha se apaixonado por ela? O menino tentou trancar o amor numa mala, mas não tinha como: nem sentando em cima o zíper fechava. Resolveu então congelar, mas era tão quente, o amor, que fundiu o freezer, queimou a tomada, derrubou a energia do prédio, do quarteirão e logo o menino saiu andando pela cidade escura -- só ele brilhando nas ruas, deixando pegadas de Star Fix por onde pisava. O que é que eu faço? -- perguntou ao prefeito, ao amigo, ao doutor e a um pessoalzinho que passava a vida sentado em frente ao posto de gasolina. Fala pra ela! -- diziam todos, sem pensar duas vezes, mas ele não tinha coragem. E se ela não o amasse? E se não aceitasse todo o amor que ele tinha pra dar? Ele ia murchar que nem uva passa, explodir como bexiga e chorar até 31 de dezembro de 2978. Tomou então a decisão: iria atirar seu amor ao mar. Um polvo que se agarrasse a ele -- se tem oito braços para os abraços, por que não quatro corações, para as suas paixões? Ele é que não dava conta, era só um menino, com apenas duas mãos e o maior sentimento do mundo. Foi até a beira da praia e, sem pensar duas vezes, jogou. O que o menino não sabia era que seu amor era maior do que o mar. E o amor do menino fez o oceano evaporar. Ele chorou, chorou e chorou, pela morte do mar e de seu grande amor. Até que sentiu uma gota na ponta do nariz. Depois outra, na orelha e mais outra, no dedão do pé. Era o mar, misturado ao amor do menino, que chovia do Saara à Belém, de Meca à Jerusalém. Choveu tanto que acabou molhando a menina que o menino amava. E assim que a água tocou sua língua, ela saiu correndo para a praia, pois já fazia meses que sentia o mesmo gosto, o gosto de um amor tão grande, mas tão grande, que já nem cabia dentro dela.

Por Antonio Prata

A grandeza do amor é sempre se tornar inteiro mesmo perdendo uma grande parte.

Por Erasmo Carlos

⁠Amanhã me vestirão com cinzas à alba, me encherão a boca de flores. Aprenderei a dormir na memória de um muro, na respiração de um animal que sonha.

Por Alejandra Pizarnik

Salmos, SL, 141:9, Guarda-me dos laços que me armaram e das armadilhas dos que praticam iniquidade.

Por Salmos, Antigo Testamento

⁠Eu me pergunto: se ninguém está ouvindo minha voz, eu estou fazendo algum som?

Por Alice Oseman

Efésios, EF, 5:33, No entanto, também quanto a vocês, que cada um ame a própria esposa como a si mesmo, e que a esposa respeite o seu marido.

Por Efésios, Novo Testamento

I Reis, 1RS, 22:23, E agora eis que o Senhor pôs esse espírito mentiroso na boca de todos estes seus profetas e o Senhor declarou que um mal vai lhe acontecer.

Por I Reis, Antigo Testamento

I Crônicas, 1CR, 28:10, Agora tenha cuidado, porque o Senhor o escolheu para edificar uma casa que sirva de santuário. Seja forte e mãos à obra!

Por I Crônicas, Antigo Testamento

Romanos, RM, 12:18, Se possível, no que depender de vocês, vivam em paz com todas as pessoas.

Por Romanos, Novo Testamento