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Adiamento Depois de amanhã, sim, só depois de amanhã... Levarei amanhã a pensar em depois de amanhã, E assim será possível; mas hoje não... Não, hoje nada; hoje não posso. A persistência confusa da minha subjetividade objetiva, O sono da minha vida real, intercalado, O cansaço antecipado e infinito, Um cansaço de mundos para apanhar um elétrico... Esta espécie de alma... Só depois de amanhã... Hoje quero preparar-me, Quero preparar-rne para pensar amanhã no dia seguinte... Ele é que é decisivo. Tenho já o plano traçado; mas não, hoje não traço planos... Amanhã é o dia dos planos. Amanhã sentar-me-ei à secretária para conquistar o rnundo; Mas só conquistarei o mundo depois de amanhã... Tenho vontade de chorar, Tenho vontade de chorar muito de repente, de dentro... Não, não queiram saber mais nada, é segredo, não digo. Só depois de amanhã... Quando era criança o circo de domingo divertia-rne toda a semana. Hoje só me diverte o circo de domingo de toda a semana da minha infância... Depois de amanhã serei outro, A minha vida triunfar-se-á, Todas as minhas qualidades reais de inteligente, lido e prático Serão convocadas por um edital... Mas por um edital de amanhã... Hoje quero dormir, redigirei amanhã... Por hoje, qual é o espetáculo que me repetiria a infância? Mesmo para eu comprar os bilhetes amanhã, Que depois de amanhã é que está bem o espetáculo... Antes, não... Depois de amanhã terei a pose pública que amanhã estudarei. Depois de amanhã serei finalmente o que hoje não posso nunca ser. Só depois de amanhã... Tenho sono como o frio de um cão vadio. Tenho muito sono. Amanhã te direi as palavras, ou depois de amanhã... Sim, talvez só depois de amanhã... O porvir... Sim, o porvir...
Por Álvaro de CamposO fracasso nos convida a pensar diferente, nos permite corrigir a rota, começar de novo.
Por Carlos DomingosLevítico, LV, 7:33, Aquele dos filhos de Arão que oferecer o sangue do sacrifício pacífico e a gordura, esse terá a coxa direita por sua porção.
Por Levítico, Antigo TestamentoGente é mais ou menos como rio: Tem os que gostam de perigo e se lançam de grandes alturas Tem os de muitos braços que atiram pra todos os lados Tem os de muitos redemoinhos que comem bois e gente Tem os que gostam demais de si e viram lago Tem os que só sabem correr parados São os empoçados os pantaneiros os alagados Tem os que transam com a terra formando ilhas O fundo de alguns é de pedra. Tem os de peixes coloridos Outros têm água clarinha. E tem gente córrego seco E tem gente riacho escuro. Alguns a terra engole vivos E tem até rio que corre pra trás O rio que eu sou nasceu em janeiro
Por Viviane MoséO agitado é o contrário do homem de ação. O agitado tem necessidade de agir; sua atividade traduz-se pela ação frequente, incoerente, ao sabor dos dias. Mas como todos os sucessos na vida, em política e em tudo o mais, só se obtém pela continuidade de esforços numa mesma direção, essa agitação transbordante produz muito barulho, mas realizações, sobretudo boas realizações, poucas ou nenhuma. A atividade orientada, segura de si, exige a meditação profunda. Quem não medita, quem não tem sempre na memória o objetivo geral a que deve chegar, quem não busca assiduamente os melhores meios para atingir os fins particulares, torna-se necessariamente um joguete das circunstâncias: o imprevisto perturba-o e obriga-o a cada instante a dar respostas improvisadas, que acabam fazendo com que perca a direção geral que deve seguir.
Por Jules PayotJó, JÓ, 35:10, Mas ninguém diz: ´Onde está Deus, que me fez, que inspira canções de louvor durante a noite,
Por Jó, Antigo TestamentoNós estamos nos libertando Estamos subindo Voando Não há uma estrela No céu que não possamos alcançar Se nós tentarmos
Por High School Musical