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Pode ser o seu tamanho Ou o jeito que você erra No momento em que eu te ganho Ou no barco que te leva Pode ser o que você quer Ou o que eu tenho pra te dar Uma vida inteira pra viver Ou um só segundo pra lembrar Um dia eu vou ficar bem Só pra te querer mais Onde quer que eu ande bem Domingo é pra te dar paz
Por Banda do MarEzequiel, EZ, 14:19, - Ou se eu enviar a peste sobre essa terra e derramar o meu furor sobre ela com sangue, para eliminar dela pessoas e animais,
Por Ezequiel, Antigo Testamentoagora eu entendo. eu entendo. as coisas que você mais quer são aquelas que te destroem no fim.
Por David LevithanJeremias, JR, 48:32, Mais do que por Jazer, chorarei por você, ó vinha de Sibma. Os seus ramos passaram o mar, chegaram até o mar de Jazer; mas o destruidor caiu sobre os seus frutos de verão e sobre as suas uvas.
Por Jeremias, Antigo TestamentoA verdade da arte reside no seu poder de quebrar o monopólio da realidade estabelecida para definir o que é real.
Por Herbert MarcuseLira do amor romântico Ou a eterna repetição Atirei um limão n’água e fiquei vendo na margem. Os peixinhos responderam: Quem tem amor tem coragem. Atirei um limão n’água e caiu enviesado. Ouvi um peixe dizer: Melhor é o beijo roubado. Atirei um limão n’água, como faço todo ano. Senti que os peixes diziam: Todo amor vive de engano. Atirei um limão n’água, como um vidro de perfume. Em coro os peixes disseram: Joga fora teu ciúme. Atirei um limão n’água mas perdi a direção. Os peixes, rindo, notaram: Quanto dói uma paixão! Atirei um limão n’água, ele afundou um barquinho. Não se espantaram os peixes: faltava-me o teu carinho. Atirei um limão n’água, o rio logo amargou. Os peixinhos repetiram: É dor de quem muito amou. Atirei um limão n’água, o rio ficou vermelho e cada peixinho viu meu coração num espelho. Atirei um limão n’água mas depois me arrependi. Cada peixinho assustado me lembra o que já sofri. Atirei um limão n’água, antes não tivesse feito. Os peixinhos me acusaram de amar com falta de jeito. Atirei um limão n’água, fez-se logo um burburinho. Nenhum peixe me avisou da pedra no meu caminho. Atirei um limão n’água, de tão baixo ele boiou. Comenta o peixe mais velho: Infeliz quem não amou. Atirei um limão n’água, antes atirasse a vida. Iria viver com os peixes a minh’alma dolorida. Atirei um limão n’água, pedindo à água que o arraste. Até os peixes choraram porque tu me abandonaste. Atirei um limão n’água. Foi tamanho o rebuliço que os peixinhos protestaram: Se é amor, deixa disso. Atirei um limão n’água, não fez o menor ruído. Se os peixes nada disseram, tu me terás esquecido? Atirei um limão n’água, caiu certeiro: zás-trás. Bem me avisou um peixinho: Fui passado pra trás. Atirei um limão n’água, de clara ficou escura. Até os peixes já sabem: você não ama: tortura. Atirei um limão n’água e caí n’água também, pois os peixes me avisaram, que lá estava meu bem. Atirei um limão n’água, foi levado na corrente. Senti que os peixes diziam: Hás de amar eternamente.
Por Carlos Drummond de Andrade