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Expliquei então meus sofismas mágicos pela alucinação das palavras!... Acabei por considerar sagrada a desordem da minha inteligência.
Por Arthur RimbaudUma coisa leva à outra. O desmatamento leva às alterações climáticas, que causam perdas de ecossistemas, o que tem um impacto negativo nos nossos meios de subsistência – é um ciclo vicioso.
Por Gisele BündchenJoão, JO, 8:52, Então os judeus disseram: - Agora estamos certos de que você tem demônio. Abraão morreu, e também os profetas, e você diz: ´Se alguém guardar a minha palavra, não provará a morte eternamente.`
Por João, Novo TestamentoINVASOR AMOR Tão surpreendente é o amor, Aparece sempre sem avisar, Muito insinuante e sedutor, Depressa começa a enfeitiçar. Encantador e também invasor, Nem pede licença para entrar, Começa a penetrar sem pudor, Deseja o coração arrebatar. E quando domina o interior, Não é mais possível disfarçar, O brilho do olhar é revelador, O melhor agora é se entregar.
Por Dennys TávoraNúmeros, NM, 9:11, Devem celebrá-la no dia catorze do segundo mês, no crepúsculo da tarde; devem comê-la com pães sem fermento e ervas amargas.
Por Números, Antigo TestamentoPor que as mulheres não podiam criar a vida que desejavam? Vidas bagunçadas, complicadas e vibrantes, cheias de aventura?
Por Bree BartonHabitue-se a ouvir a voz do seu coração. É através dele que Deus fala conosco e nos dá a força que necessitamos para seguirmos em frente, vencendo os obstáculos que surgem na nossa estrada.
Por Irmã DulceA Procura da Poesia Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes. Nem me reveles teus sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia. Não cantes tua cidade, deixa-a em paz. O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas. Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma. O canto não é a natureza nem os homens em sociedade. Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam. A poesia (não tires poesia das coisas) elide sujeito e objeto. Não dramatizes, não invoques, não indagues. Não percas tempo em mentir. Não te aborreças. Teu iate de marfim, teu sapato de diamante, vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável. Não recomponhas tua sepultada e merencória infância. Não osciles entre o espelho e a memória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. Que se partiu, cristal não era. Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavra e seu poder de silêncio. Não forces o poema a desprender-se do limbo. Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço. Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? Repara: ermas de melodia e conceito elas se refugiaram na noite, as palavras. Ainda úmidas e impregnadas de sono, rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.
Por Carlos Drummond de Andrade