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No Cabaré-Verde às cinco horas da tarde Oito dias a pé, as botinas rasgadas Nas pedras do caminho: em Charleroi arrio. - No Cabaré-Verde: pedi umas torradas Na manteiga e presunto, embora meio frio. Reconfortado, estendo as pernas sob a mesa Verde e me ponho a olhar os ingênuos motivos De uma tapeçaria. - E, adorável surpresa, Quando a moça de peito enorme e de olhos vivos - Essa, não há de ser um beijo que a amedronte! - Sorridente me trás as torradas e um monte De presunto bem morno, em prato colorido; Um presunto rosado e branco, a que perfuma Um dente de alho, e um chope enorme, cuja espuma Um raio vem doirar do sol amortecido.
Por Arthur RimbaudÀs vezes, eu me sinto como se estivesse preso em uma roda-gigante. Em um minuto, estou no topo do mundo. No seguinte, no fundo do poço.
Por Com Amor, SimonCasa só se torna lar quando comporta marcas na parede registrando o crescimento do menino, xícara com asinha lascada de tanta prosa e chá, panela queimada no clássico de domingo, saudade estampada no porta retrato da sala. Não importa quão longe você queira ir, não importa de quem você deseja fugir, seu lar é onde seu coração está...
Por Fabíola SimõesArgumentar que você não se importa com o direito à privacidade porque não tem nada a esconder não é diferente de falar que você não se importa com a liberdade de expressão porque não tem nada a dizer.
Por Edward SnowdenAtos, AT, 8:21, Não existe porção nem parte para você neste ministério, porque o seu coração não é reto diante de Deus.
Por Atos, Novo TestamentoCOMEÇO A CONHECER ME Não existo. Começo a conhecer-me. Não existo. Sou o intervalo entre o que desejo ser e os outros me fizeram, ou metade desse intervalo, porque também há vida ... Sou isso, enfim ... Apague a luz, feche a porta e deixe de ter barulhos de chinelos no corredor. Fique eu no quarto só com o grande sossego de mim mesmo. É um universo barato.
Por Álvaro de CamposQuando desencadeamos um ‘sim’ interno ao afirmar nossos objetivos e desejos mais verdadeiros, o universo espelha essa afirmação e a expande.
Por Julia CameronAs crianças chatas Não posso. Não posso pensar na cena que visualizei e que é real. O filho que está de noite com dor de fome e diz para a mãe: estou com fome, mamãe. Ela responde com doçura: dorme. Ele diz: mas estou com fome. Ela insiste: durma. Ele diz: não posso, estou com fome. Ela repete exasperada: durma. Ele insiste. Ela grita com dor: durma, seu chato! Os dois ficam em silêncio no escuro, imóveis. Será que ele está dormindo? - pensa ela toda acordada. E ele está amedrontado demais para se queixar. Na noite negra os dois estão despertos. Até que, de dor e cansaço, ambos cochilam, no ninho da resignação. E eu não aguento a resignação. Ah, como devoro com fome e prazer a revolta.
Por Clarice Lispector