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Isaías, IS, 22:16, ´O que você está fazendo aqui? Ou que parente você tem aqui, para que abra aqui uma sepultura para você, lavrando num lugar elevado a sua sepultura, escavando na rocha a sua própria morada?
Por Isaías, Antigo TestamentoGênesis, GN, 29:1, Jacó se pôs a caminho e foi à terra do povo do Oriente.
Por Gênesis, Antigo TestamentoHouve um tempo em que o lugar de primeiro violino me seduzia. Qualquer preço por um lugar de destaque em meu pequeno mundo... Louvado sejas, Senhor, pelos dias que se fizeram meses, pelos meses que se fizeram anos, trazendo-me um pouco da sabedoria Tua que faz ver o mundo do Teu ponto-de-vista, como um todo onde não importa o lugar na orquestra, mas o fazer parte dela, de tal maneira que tua música encha a terra e o coração dos homens... Porque nas horas de provação, de testes supremos, de escolhas definitivas, só uma coisa é absolutamente indispensável, insubstituível: a certeza de estar nas mãos de Deus: nas Tuas mãos, Senhor! Pode-se compará-la à pérola de grande preço, que bem vale vender tudo quanto se ajuntou para possuir... Com tão preciosa provisão no coração, levem-me os caminhos da vida aonde lhes aprouver, apontem-me e aprontem-me o que lhes parecer necessário, e eu estarei tranquila, aqui no meu 7°, 12° lugar... Podem até apontar-me como alguém que o regente desclassificou. Mas que importa o que fazem as mãos dos homens quando dentro do coração reina a certeza bendita de estar nas mãos de Deus, em tuas mãos, Senhor?
Por Myrtes MathiasÉ como você sempre diz: por que deixar as coisas boas para mais tarde?
Por Ingresso para o Paraíso (filme)Em um jardim havia, uma doce e bela flor, ela era minha alegria, uma joia de valor, Todas as manhãs a via, no alvorar do dia, saudades dela sentia, e beija la muito queria, Em uma noite fria, a fúria do vento despertou, uma grande chuva caia, e uma tempestade se formou, Pela manhã em agonia, meu voo ágil ficou, o coração forte batia, e a alma sentida despertou, Ao me aproximar tremia, com choros e agonia, pois o jardim da minha alegria, ali não mais existia, Hoje no meu canto ha tristeza, lágrimas de tanta dor, pela correnteza foi levada, a vida do meu grande amor, Só tenho em mim a partida, do amor que me deixou, e em outros jardins encontro, os frutos da minha bela flor...
Por Cecilia SfalsinEm verdade temos medo. Nascemos escuro. As existências são poucas: Carteiro, ditador, soldado. Nosso destino, incompleto. E fomos educados para o medo. Cheiramos flores de medo. Vestimos panos de medo. De medo, vermelhos rios vadeamos. Somos apenas uns homens e a natureza traiu-nos. Há as árvores, as fábricas, Doenças galopantes, fomes. Refugiamo-nos no amor, este célebre sentimento, e o amor faltou: chovia, ventava, fazia frio em São Paulo. Fazia frio em São Paulo… Nevava. O medo, com sua capa, nos dissimula e nos berça. Fiquei com medo de ti, meu companheiro moreno, De nós, de vós: e de tudo. Estou com medo da honra. Assim nos criam burgueses, Nosso caminho: traçado. Por que morrer em conjunto? E se todos nós vivêssemos? Vem, harmonia do medo, vem, ó terror das estradas, susto na noite, receio de águas poluídas. Muletas do homem só. Ajudai-nos, lentos poderes do láudano. Até a canção medrosa se parte, se transe e cala-se. Faremos casas de medo, duros tijolos de medo, medrosos caules, repuxos, ruas só de medo e calma. E com asas de prudência, com resplendores covardes, atingiremos o cimo de nossa cauta subida. O medo, com sua física, tanto produz: carcereiros, edifícios, escritores, este poema; outras vidas. Tenhamos o maior pavor, Os mais velhos compreendem. O medo cristalizou-os. Estátuas sábias, adeus. Adeus: vamos para a frente, recuando de olhos acesos. Nossos filhos tão felizes… Fiéis herdeiros do medo, eles povoam a cidade. Depois da cidade, o mundo. Depois do mundo, as estrelas, dançando o baile do medo.
Por Carlos Drummond de AndradeVocê junta duas coisas que nunca foram juntadas antes. E o mundo se transforma. As pessoas podem não reparar na hora, mas isso não importa. Mesmo assim, o mundo se transformou.
Por Julian Barnes