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Uma gota de leite me escorre entre os seios. Uma mancha de sangue me enfeita entre as pernas. Meia palavra mordida me foge da boca. Vagos desejos insinuam esperanças. Eu-mulher em rios vermelhos inauguro a vida. Em baixa voz violento os tímpanos do mundo. Antevejo. Antecipo. Antes-vivo Antes – agora – o que há de vir. Eu fêmea-matriz. Eu força-motriz. Eu-mulher abrigo da semente moto-contínuo do mundo.
Por Conceição EvaristoA vaidade é o caminho mais curto para o paraíso da satisfação, porém, ela é, ao mesmo tempo, o solo onde a burrice melhor se desenvolve.
Por Augusto CurySer um Humanista significa tentar se comportar decentemente sem expectativas de recompensa ou castigo depois da morte.
Por Kurt VonnegutFalsidades. O mundo anda cheio, em cada esquina da vida haverá sempre um fato irrelevante que nos ponha em astral baixo, porém é preciso entemder que sempre existirá esquinas e que vai sempre existir pessoas estupidas nelas!
Por Almany SolNão comece a implorar ainda. Você tem bastante tempo pra isso.
Por Coquetel Explosivo (Gunpowder Milkshake)Tiago, TG, 3:1, Meus irmãos, não sejam, muitos de vocês, mestres, sabendo que seremos julgados com mais rigor.
Por Tiago, Novo TestamentoO espaço é grande. Grande, mesmo. Não dá pra acreditar o quanto ele é desmesuradamente inconcebivelmente estonteantemente grande. Você pode achar que da sua casa até a farmácia é longe, mas isso não é nada em comparação com o espaço.
Por Douglas AdamsO Sono O sono que desce sobre mim, O sono mental que desce fisicamente sobre mim, O sono universal que desce individualmente sobre mim — Esse sono Parecerá aos outros o sono de dormir, O sono da vontade de dormir, O sono de ser sono. Mas é mais, mais de dentro, mais de cima: E o sono da soma de todas as desilusões, É o sono da síntese de todas as desesperanças, É o sono de haver mundo comigo lá dentro Sem que eu houvesse contribuído em nada para isso. O sono que desce sobre mim É contudo como todos os sonos. O cansaço tem ao menos brandura, O abatimento tem ao menos sossego, A rendição é ao menos o fim do esforço, O fim é ao menos o já não haver que esperar. Há um som de abrir uma janela, Viro indiferente a cabeça para a esquerda Por sobre o ombro que a sente, Olho pela janela entreaberta: A rapariga do segundo andar de defronte Debruça-se com os olhos azuis à procura de alguém. De quem?, Pergunta a minha indiferença. E tudo isso é sono. Meu Deus, tanto sono! ...
Por Álvaro de Campos