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Quando um cão morde um homem, isso não é notícia; mas quando um homem morde um cão, isso, sim, é notícia.

Por Jesse Lynch Williams

Uma pequena quantidade de inquietação vai acabar ocupando todo o nosso espaço de inquietação. A sua é tão ruim quanto a dos outros, que têm causas obviamente mais graves.

Por Irvin D. Yalom

silêncio de folhas bananeira secando à beira da estrada

Por Alice Ruiz

Do meu ponto de vista pessoal, vou dizer: é uma obra-prima!

Por Isabela Boscov

Saruman acredita que apenas um grande poder pode manter o mal sobre controle, mas não é o que descobri. Descobri que são as pequenas coisas, as tarefas diárias de pessoas comuns que mantém o mal afastado, simples ações de bondade e amor.

Por Gandalf

Êxodo, EX, 14:25, emperrou as rodas dos carros dos egípcios, fazendo com que andassem com dificuldade. Então os egípcios disseram: - Vamos fugir da presença de Israel, porque o Senhor está lutando por eles contra os egípcios.

Por Êxodo, Antigo Testamento

Não ligo para você pelo mesmo motivo que não liga para mim.

Por Wesley D'Amico

Nem todo beijo é roubado Nem toda fruta é maçã Nem todo réu é culpado Nem toda culpa é cristã Nem toda carta é marcada Nem toda lente é ray-ban Nem toda noite é noitada Nem toda luz é manhã.

Por Alceu Valença

II Coríntios, 2CO, 4:14, sabendo que aquele que ressuscitou o Senhor Jesus também nos ressuscitará com Jesus e nos apresentará juntamente com vocês.

Por II Coríntios, Novo Testamento

William Contraponto: A lucidez como heresia A poesia de William Contraponto não pede licença. Ela entra como pergunta. Permanece como desconforto. E sai deixando vestígios — não de esperança, mas de pensamento. Seu verso é seco, rente ao osso, herdeiro de um pacto com a lucidez. Ex-médium, hoje ateu, Contraponto não escreve a partir do ressentimento, mas da experiência desnudada. Viveu por dentro os rituais, sentiu o corpo ser tomado por forças que pareciam externas, mas depois reconheceu: o que parecia transcendência era desejo encenado, era necessidade de sentido em estado bruto. E foi esse rompimento — não com a fé, mas com a ilusão — que marcou sua travessia estética. Sua obra é radicalmente existencialista. Não no sentido acadêmico, mas vital. Contraponto não cita Sartre, Camus ou Beauvoir. Ele os atravessa. Sua escrita emerge da mesma angústia essencial: a de estar vivo num mundo sem garantias. Seu olhar recusa os confortos espirituais, os dogmas reciclados, as promessas vendidas como salvação. Em vez disso, oferece o que resta depois do desengano: umvazio honesto, um silêncio não manipulado, uma linguagem que pensa,. O estilo é contido, afiado, desprovido de ornamentos. Há ritmo, mas não há melodia fácil. Cada poema parece limado até o limite da palavra exata. Nada sobra. Nada falta. É uma poesia que respira o pensamento e sangra a dúvida. Mais próxima do ensaio do que da canção, mais próxima da meditação crua do que do lirismo adocicado. William Contraponto é também um poeta de consciência social. Sua descrença no sagrado caminha junto de sua recusa às estruturas que domesticam a liberdade — sejam elas religiosas, políticas ou econômicas. Mas sua crítica nunca desumaniza. Ao contrário: nasce de uma empatia crua com o humano como projeto inacabado. No lugar da fé, propõe o enfrentamento. No lugar da doutrina, a lucidez. No lugar da promessa, a palavra como faca — ou espelho. Ler William Contraponto é ser tirado do eixo. É lembrar que pensar também dói. E que há beleza, sim, no que não consola.

Por Neno Marques