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Apocalipse, AP, 9:1, O quinto anjo tocou a trombeta, e vi uma estrela que tinha caído do céu sobre a terra. E lhe foi dada a chave do poço do abismo.

Por Apocalipse, Novo Testamento

Lucas, LC, 23:6, Quando Pilatos ouviu isso, perguntou se o homem era galileu.

Por Lucas, Novo Testamento

Retorno Gastei toda aquarela, recolhida. Silêncio de barcos acidentados, fruta madura espatifando-se na terra. Colhi no ventre da treva estas palavras tocando-as devagar, com medo de que por trás de suas faces frescas me aguardasse uma emboscada. Sei pelo avesso suas formas conturbadas, atormentam-me seus abismos híbridos. Vê-las pulsando salva-me da lábia estofada cotidiana, mas também me expõe à rude dimensão da liberdade e seu preço poucas vezes raso. Cintila a pedra noturna dos meus olhos nos seus olhos, sei que posso atravessá-los num sopro. Após tantas águas fugidias, o refluxo. As portas batem, como nos dias arejados.

Por Ledusha Spinardi

⁠Parece que você está dizendo que podemos escolher viver... Ou podemos escolher sobreviver.

Por Chloe Benjamin

⁠Talvez seja isso que acontece quando uma pessoa cresce. Talvez o espaço entre você e as outras pessoas da sua vida cresça tanto que você possa enchê-lo com todo tipo de mentiras.

Por Ali Benjamin

Há duas ocasiões na vida em que uma pessoa não deve jogar: quando não tiver posses para isso - e quando tiver.

Por Mark Twain

Neemias, NE, 12:42, e também Maaseias, Semaías, Eleazar, Uzi, Joanã, Malquias, Elão e Ezer. E os cantores se faziam ouvir sob a direção de Jezraías.

Por Neemias, Antigo Testamento

Apocalipse, AP, 22:4, contemplarão a sua face, e na sua testa terão gravado o nome dele.

Por Apocalipse, Novo Testamento

Mateus, MT, 7:25, <J>Caiu a chuva, transbordaram os rios, sopraram os ventos e bateram com força contra aquela casa, e ela não desabou, porque tinha sido construída sobre a rocha.</J>

Por Mateus, Novo Testamento

Quarenta e tantos anos e ainda consigo pegar rodovias internas sem que ninguém perceba. Guiando no limite, vagando entre dois mundos, entre o lúdico e o tédio, entre a boca e os dentes, entre o chão e o amor. Às vezes fechando os olhos, às vezes dias sem dormir, às vezes o copiloto de lá vira o piloto de cá e eu tenho que mandar o de cá pra lá para assegurar não deixar perder a linha que faço de estrada e que me garante o caminho de volta à sanidade. Porque é isso que é uma linha muito, mas muito fina, e há quarenta e tantos anos eu tenho medo de me perder dela e me perder aqui dentro, porque sei que não teria volta e aqui fora seria um caos, minha casca acabaria jogada num beco qualquer, numa prisão ou num hospício, por ter me perdido abusando da mais perigosa das drogas, a droga de querer estar fora do alcance do mundo, das pessoas, dessa vida áspera e em um lugar seguro onde conheça tudo e nada possa me atingir. E é por isso que há quarenta e tantos anos enquanto me gritam ou mandam enumerar papéis, viver sem respirar, correr pra pagar as contas, acreditar nos homens, nos bancos e nos juros ou aprender fórmulas, ao invés de pegar uma estaca e enfiar entre seus olhos para que me façam sombra em um dia de sol, apenas sorrio e agradeço, pois enquanto minha boca estica até as orelhas meu piloto de fora é mais uma vez copiloto aqui dentro e estamos sumindo na estrada fazendo toda essa dor maldita virar poeira. 2017

Por Nenê Altro