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Eu quero ser mágica. Eu quero tocar o coração do mundo e fazê-lo sorrir. Eu quero ser amigo dos elfos e viver em uma árvore. Ou sob uma colina. Eu quero me casar com um raio de lua e ouvir as estrelas cantar. Eu não quero mais fingir a magia. Eu quero ser mágica.
Por Charles de LintII Crônicas, 2CR, 30:15, Então mataram os cordeiros da Páscoa no décimo quarto dia do segundo mês. Os sacerdotes e os levitas se envergonharam, se santificaram e trouxeram holocaustos à Casa do Senhor.
Por II Crônicas, Antigo TestamentoALÉM DA TERRA, ALÉM DO CÉU Além da Terra, além do Céu, no trampolim do sem-fim das estrelas, no rastro dos astros, na magnólia das nebulosas. Além, muito além do sistema solar, até onde alcançam o pensamento e o coração, vamos! vamos conjugar o verbo fundamental essencial, o verbo transcendente, acima das gramáticas e do medo e da moeda e da política, o verbo sempreamar, o verbo pluriamar, razão de ser e de viver.
Por Carlos Drummond de AndradeNúmeros, NM, 10:21, Então partiram os coatitas, levando as coisas santas; e o tabernáculo era levantado até que estes chegassem.
Por Números, Antigo TestamentoEntusiasmo é a inspiração de qualquer coisa importante. Sem ele, nenhum homem deve ser temido; e com ele, nenhum homem deve ser desprezado.
Por Christian Nestell BoveePrendi meus afetos, formosa Pepita... mas, onde? No tempo? No espaço? Nas névoas? Não rias... Prendi-me num laço de fita!
Por Castro AlvesFaz-de-conta Não respondo teus e-mails, e quando respondo sou ríspido, distante, mantenho-me alheio: faz-de-conta que eu te odeio. Te encho de palavras carinhosas, não economizo elogios, me surpreendo de tanto afeto que consigo inventar, sou uma atriz, sou do ramo: faz-de-conta que te amo. Estou sempre olhando pro relógio, sempre enaltecendo os planos que eu tinha e que os outros boicotaram, sempre reclamando que os outros fazem tudo errado: faz-de-conta que dou conta do recado. Debocho de festas e de roupas glamurosas, não entendo como é que alguém consegue dormir tarde todas as noites, convidados permanentes para baladas na área vip do inferno: faz-de-conta que não quero. Choro ao assistir o telejornal, lamento a dor dos outros e passo noites em claro tentando entender corrupções, descasos, tudo o que demonstra o quanto foi desperdiçado meu voto: faz-de-conto que me importo. Jogo uma perna pro alto, a outra pro lado, faço cara de gostosa, os cabelos escorridos na rosto, me retorço, gemo, sussurro, grito e poso: faz-de-conta que eu gozo. Digo que perdôo, ofereço cafezinho, lembro dos bons momentos, digo que os ruins ficaram no passado, que já não lembro de nada, pessoas maduras sabem que toda mágoa é peso morto: faz-de-conta que não sofro. Cito Aristóteles e Platão, aplaudo ferros retorcidos em galerias de arte, leio poesia concreta, compro telas abstratas, fico fascinada com um arranjo techno para uma música clássica e assisto sem legenda o mais recente filme romeno: faz-de-conta que eu entendo. Tenho todos os ingredientes para um sanduíche inesquecível, a porta da geladeira está lotada de imãs de tele-entrega, mantenho um bar razoavelmente abastecido, um pouco de sal e pimenta na despensa e o fogão tem oito anos mas parece zerinho: faz-de-conta que eu cozinho. Bem-vindo à Disney, o mundo da fantasia, qual é o seu papel? Você pode ser um fantasma que atravessa paredes, ser anão ou ser gigante, um menino prodígio que decorou bem o texto, a criança ingênua que confiou na bruxa, uma sex symbol a espera do seu cowboy: faz-de-conta que não dói.
Por Martha Medeiros