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Qualquer um pode ter um sonho impossível. Mas apenas alguns encontram um sonho possível.
Por Bruce FeilerGirassol Mar e Sol Gira, gira, gira Gira, gira, gira, gira, girassol Um girassol nos teus cabelos Batom vermelho, girassol Morena flor do desejo Ah, teu cheiro em meu lençol!!! Desço pra rua, sinto saudade Gata selvagem, sou caçador Morena flor do desejo Ah, teu cheiro matador!!! Mar e Sol Gira, gira, gira Gira, gira, gira, gira, girassol Mar e Sol Gira, gira, gira Gira, gira, gira, gira, girassol Eu lembro da moça bonita Da praia de Boa Viagem A moça no meio da tarde De um domingo azul Azul, era Belle de Jour Era a bela da tarde Seus olhos azuis como a tarde Na tarde de um domingo azul La Belle de Jour La Belle de Jour Era a moça mais linda de toda a cidade E foi justamente pra ela Que eu escrevi meu primeiro blues Mas Belle de Jour, no azul viajava Seus olhos azuis como a tarde Na tarde de um domingo azul La Belle de Jour
Por Alceu ValençaO homem nunca pode parar de sonhar. O sonho é o alimento da alma, como a comida é o alimento do corpo. Muitas vezes, em nossa existência, vemos nossos sonhos desfeitos e nossos desejos frustrados, mas é preciso continuar sonhando, senão nossa alma morre e Ágape não penetra nela. Muito sangue já rolou no campo diante dos seus olhos, e aí foram travadas algumas das batalhas mais cruéis da Reconquista. Quem estava com a razão, ou com a verdade, não tem importância: o importante é saber que ambos os lados estavam combatendo o Bom Combate. “O Bom Combate é aquele que é travado porque o nosso coração pede. Nas épocas heróicas, no tempo dos cavaleiros andantes, isto era fácil, havia muita terra para conquistar e muita coisa para fazer. Hoje em dia, porém, o mundo mudou muito, e o Bom Combate foi transportado dos campos de batalha para dentro de nós mesmos. “O Bom Combate é aquele que é travado em nome de nossos sonhos. Quando eles explodem em nós com todo o seu vigor – na juventude – nós temos muita coragem, mas ainda não aprendemos a lutar. Depois de muito esforço, terminamos aprendendo a lutar, e então já não temos a mesma coragem para combater. Por causa disto, nos voltamos contra nós e combatemos a nós mesmos, e passamos a ser nosso pior inimigo. Dizemos que nossos sonhos eram infantis, difíceis de realizar, ou fruto de nosso desconhecimento das realidades da vida. Matamos nossos sonhos porque temos medo de combater o Bom Combate. – O primeiro sintoma de que estamos matando nossos sonhos é a falta de tempo – continuou Petrus. – As pessoas mais ocupadas que conheci na minha vida sempre tinham tempo para tudo. As que nada faziam estavam sempre cansadas, não davam conta do pouco trabalho que precisavam realizar, e se queixavam constantemente que o dia era curto demais. Na verdade, elas tinham medo de combater o Bom Combate. “O segundo sintoma da morte de nossos sonhos são nossas certezas. Porque não queremos olhar a vida como uma grande aventura a ser vivida, passamos a nos julgar sábios, justos e corretos no pouco que pedimos da existência. Olhamos para além das muralhas do nosso dia-dia e ouvimos o ruído de lanças que se quebram, o cheiro de suor e de pólvora, as grandes quedas e os olhares sedentos de conquista dos guerreiros. Mas nunca percebemos a alegria, a imensa Alegria que está no coração de quem está lutando, porque para estes não importa nem a vitória nem a derrota, importa apenas combater o Bom Combate. Finalmente, o terceiro sintoma da morte de nossos sonhos é a Paz. A vida passa a ser uma tarde de Domingo, sem nos pedir grandes coisas, e sem exigir mais do que queremos dar. Achamos então que estamos maduros, deixamos de lado as fantasias da infância, e conseguimos nossa realização pessoal e profissional. Ficamos surpresos quando alguém de nossa idade diz que quer ainda isto ou aquilo da vida. Mas na verdade, no íntimo de nosso coração, sabemos que o que aconteceu foi que renunciamos à luta por nossos sonhos, a combater o Bom Combate. – Quando renunciamos aos nossos sonhos e encontramos a paz – disse ele depois de um tempo – temos um pequeno período de tranqüilidade. Mas os sonhos mortos começam a apodrecer dentro de nós, e infestar todo o ambiente em que vivemos. Começamos a nos tornar cruéis com aqueles que nos cercam, e finalmente passamos a dirigir esta crueldade contra nós mesmos. Surgem as doenças e as psicoses. O que queríamos evitar no combate – a decepção e a derrota – passa a ser o único legado de nossa covardia. E um belo dia, os sonhos mortos e apodrecidos tornam o ar difícil de respirar e passamos a desejar a morte, a morte que nos livrasse de nossas certezas, de nossas ocupações, e daquela terrível paz das tardes de domingo. (Diários de um Mago)
Por Paulo CoelhoPossuir é perder. Sentir sem possuir é guardar, porque é extrair de uma coisa a sua essência.
Por Fernando PessoaIsaías, IS, 56:6, Aos estrangeiros que se aproximam do Senhor, para o servir e para amar o nome do Senhor, sendo deste modo servos deles, sim, todos os que guardam o sábado, não o profanando, e abraçam a minha aliança,
Por Isaías, Antigo TestamentoASAS POR TODOS OS LADOS Asas por todos os lados que olho Estradas que aparecem do nada Asas serão minhas ou das aves? As estradas são minhas ou sou eu? Perdido numa nuvem de penas Ou seria pelos macios e sedosos? Asas que passam pela minha face, Cometas que riscam a minha imaginação, Como Pegasus a correr no céu negro. Cada passo na escuridão as asas. A sensação que ar se molda ao meu redor, Se espessa, como sangue pútrido. As asas passam por mim, Aves na escuridão de uma caverna? Morcegos cheios de tabus e de medo? A respiração acelera um pouco. O suor escorre pela face, E sinto a asas que passam a milímetros de mim Cada passada das asas são milhares de ondas sonoras Um coral macabro na minha imaginação. Dentes, bicos, olhos, sonares, penas, doenças. São fantasmas sombrios que habitam os meus não ver. Imagino o imaginário do ser primitivo Do surgimento das lendas ao redor da fogueira Asas por todos os lados num barulho estridente A claridade desvenda todos os medos Já é a hora de iniciar um novo dia e acordar. André Zanarella 01-09-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4417284
Por André Zanarella