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Salmos, SL, 10:8, Põe-se de tocaia nas aldeias, trucida os inocentes nos lugares ocultos; seus olhos espreitam o desamparado.
Por Salmos, Antigo TestamentoMarcos, MC, 4:34, E sem parábolas não lhes falava; tudo, porém, explicava em particular aos seus próprios discípulos.
Por Marcos, Novo TestamentoEu acho que Deus deve ficar fora de si se você passa pela cor púrpura num campo qualquer e nem repara.
Por Alice WalkerMateus, MT, 11:9, <J>Sim, o que foram ver? Um profeta? Sim, eu lhes digo, e muito mais do que um profeta.</J>
Por Mateus, Novo TestamentoLevítico, LV, 18:19, - Não se aproxime da mulher, para ter relações com ela, durante a sua menstruação.
Por Levítico, Antigo TestamentoToda falsa liberdade e toda mentira sutil são portas que se abrem para armadilhas que fazem o cristão cair.
Por Leonardo BrelazÉ preciso realmente que o homem morra para que outros, e ele mesmo, possam apurar o seu justo valor.
Por Vittorio AlfieriMateus, MT, 10:35, <J>Pois vim causar divisão entre o homem e o seu pai; entre a filha e a sua mãe e entre a nora e a sua sogra.</J>
Por Mateus, Novo TestamentoA Grande Manchete Aproxima-se a hora da manchete. O PETRÓLEO ACABOU. Acabaram as alucinações os crimes, os romances as guerras do petróleo. O mundo fica livre do pesadelo institucionalizado. Atiradores ao lixo motores de combustão interna e lataria colorida, o Museu da Sucata exibe o derradeiro carro carrasco. Tem etiqueta de remorso: “Cansei a humanidade”. Ruas voltam a existir para o homem e as alegrias de estar-junto. A poluição perdeu seu aliado fidelíssimo. A pressa acabou. Acabou, pessoal! o congestionamento, o palavrão, a neurose coletiva. A morte violenta entre ferragens com seu véu de óleo e chamas acabou. Milhões de arvores meninas irrompem do asfalto e da consciência em carnaval de sol. Dão sombras grátis ao papo dos amigos, à doçura do ócio no intervalo do batente, do amor antes aprisionado sob o capô ou esmigalhado pelas rodas, â vida de mil formas naturais. Pessoas, animais, confraternizam: Milagre! Dura 5 (?) minutos a festa da natureza com a cidade. Irrompem formas eletrônicas implacáveis, engenhos teleguiados catapúlticos de máximo poder ofensivo e reconquistam o espaço em que a vida bailava. Recomeça o problema de viver na cidade-problema? De que valeu cantar o fim da gasolina de alta octanagem? Enquanto não vem a formidável manchete vamos curtindo outras manchetinhas a varejo. Vamos curtindo a visão do caos e do extermínio na rua, na foto, no sono atormentado: Mas 400 carros por dia nas pistas que encolhem, encolhem, são apenas enfumaçadas fita de rangidos. Mais loucura, mais palavrão e mais desastre. E lemos Ralph Nader: a cada 10 minutos morre uma pessoa em acidente de carro; a cada 15 segundos sai alguém ferido na pátria industrial dos automóveis. Vamos imitá-la? Vamos vencê-la em desafio de quem mata mais e morre mais? Ou vamos ficar apenas engarrafados sem garrafa no ar poluído e constelado de placa, de sinais que assinalam o grande entupimento? Perguntas estas são mensagem também ela espremida na garrafa que bóia no alto-mar de ondas surdas e cegas à espera do futuro que as responda.
Por Carlos Drummond de Andrade