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I Crônicas, 1CR, 27:3, Ele era dos filhos de Perez, chefe de todos os capitães dos exércitos para o primeiro mês.
Por I Crônicas, Antigo TestamentoSaudade é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Por Adriana FalcãoA arte deve servir-se fria. Pode ter álcool por dentro. Mas tem de ser álcool que se tirou do frigorífico.
Por Vergílio FerreiraNúmeros, NM, 22:10, Balaão respondeu: - Balaque, rei dos moabitas, filho de Zipor, enviou esses homens para que me dissessem:
Por Números, Antigo TestamentoVulnerabilidade é ser o primeiro a dizer “Eu te amo” sem saber se a declaração será retribuída.
Por Brené BrownTragediazinha Cansou-se da eterna espera o morno amor chove-não-molha e retirou seu cavalinho da chuva peneirando lá fora. Casou-se com a igreja o fogão a máquina de costura e recheou os frios dias de tríduos e novenas biscoitos bolos rendas. Mas na calada da noite no recato escuro ainda embala o velho sonho de um amor absoluto.
Por Astrid CabralLISBON REVISITED (1923) Não: não quero nada. Já disse que não quero nada. Não me venham com conclusões! A única conclusão é morrer. Não me tragam estéticas! Não me falem em moral! Tirem-me daqui a metafísica! Não me apregoem sistemas completos, não me enfileirem conquistas Das ciências (das ciências, Deus meu, das ciências!) — Das ciências, das artes, da civilização moderna! Que mal fiz eu aos deuses todos? Se têm a verdade, guardem-na! Sou um técnico, mas tenho técnica só dentro da técnica. Fora disso sou doido, com todo o direito a sê-lo. Com todo o direito a sê-lo, ouviram? Não me macem, por amor de Deus! Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável? Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa? Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade. Assim, como sou, tenham paciência! Vão para o diabo sem mim, Ou deixem-me ir sozinho para o diabo! Para que havemos de ir juntos? Não me peguem no braço! Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho. Já disse que sou sozinho! Ah, que maçada quererem que eu seja da companhia! Ó céu azul — o mesmo da minha infância — Eterna verdade vazia e perfeita! Ó macio Tejo ancestral e mudo, Pequena verdade onde o céu se reflete! Ó mágoa revisitada, Lisboa de outrora de hoje! Nada me dais, nada me tirais, nada sois que eu me sinta. Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo... E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
Por Álvaro de Campos