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Como o sangue se vê melhor nas luvas brancas, o horror se mostra melhor quando é cortês. Pelo que se relata, os nazistas, pelo menos alguns deles, distinguiam-se nesse papel. E todos compreendem que uma parte da ignomínia alemã esteve nisso, nessa mistura de barbárie e civilização, de violência e civilidade, nessa crueldade ora polida, ora bestial, mas sempre cruel, e mais culpada talvez por ser polida, mais desumana por ser humana nas formas, mais bárbara por ser civilizada. Um ser grosseiro, podemos acusar seu lado animal, a ignorância, a incultura, pôr a culpa numa infância devastada ou no fracasso de uma sociedade. Um ser polido, não. A polidez é, nesse sentido, como que uma circunstância agravante, que acusa diretamente o homem, o povo ou o indivíduo, e a sociedade, não em seus fracassos, que poderiam servir de desculpa, mas em seus sucessos.
Por André Comte-SponvilleExistem os dias em que a solidão é um vinho forte que nos embriaga com liberdade, outros em que é um tônico amargo, e ainda outros em que é um veneno que faz você bater com a cabeça nas paredes.
Por ColetteCompreender quando a vida traça rumos diferentes, é saber o momento de ir embora ao invés de fingir que ainda faz sentido ficar por egoísmo, ser machucado e também machucar.
Por Iandê AlbuquerqueLucas, LC, 10:4, <J>Não levem bolsa, nem sacola, nem sandálias; e não saúdem ninguém pelo caminho.</J>
Por Lucas, Novo TestamentoSalmos, SL, 9:5, Tu repreendes as nações, destróis o ímpio e para todo o sempre lhes apagas o nome.
Por Salmos, Antigo TestamentoÊxodo, EX, 6:18, Os filhos de Coate: Anrão, Isar, Hebrom e Uziel; e os anos da vida de Coate foram cento e trinta e três.
Por Êxodo, Antigo TestamentoAqueles no pátio eram o refugo que não conheciam. Os enjeitados, os malucos, os enfermos, os caducos, os chaguentos, os mutilados, os senis, os alcoólatras, os débeis, os pobres, os analfabetos, os mendigos, os aleijados largados à própria sorte. Os sobrinhos, avós, pais, tios esquecidos em sanatórios e hospitais, enxotados de casa ou recolhidos sob marquises, sob pontes, em becos, lixeiras, praças, em jardins e calçadas, em beiras de estradas do país que se industrializava, se agigantava, se modernizava. A nação da América do Sul das repúblicas de bananas que navegava para fora do Terceiro Mundo fabricando tornos e automóveis, caminhões, tratores, geladeiras, lâmpadas, liquidificadores, televisores, aparelhos de som, sapatos, refrigerantes e máquinas de lavar, o país que fora capaz de crescer cinquenta anos em apenas cinco de total democracia, e que não tinha mais lugar para aqueles homens.
Por Edney Silvestre