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Nunca mais esquecerei esta noite, a primeira noite no campo, que fez da minha vida uma noite longa e sete vezes aferrolhada.

Por Elie Wiesel

O Contrário do Amor O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença. O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro. Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor. Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bungee-jumping, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada. Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.

Por Martha Medeiros

⁠"Para não engordar, saboreie a vida."

Por Wesley D'Amico

⁠Com consciência ou sem consciência de luta, eu marcharei na sua luta, (...) pro que der e vier.

Por Elizabeth Teixeira

Quem leu muito, raramente faz grandes descobertas.

Por Georg Lichtenberg

A escuridão restaura aquilo que a luz não pode reparar.

Por Joseph Brodsky

A coisa mais fina do mundo é o sentimento. (Ensinamento)

Por Adélia Prado

A ausência de palavras descrevem o silêncio. É tão injusto tê-lo como resposta...

Por Ninna Lawrence

Jó, JÓ, 11:8, A sabedoria de Deus é mais elevada do que os céus; o que você poderá fazer? Ela é mais profunda do que o abismo; o que você poderá saber?

Por Jó, Antigo Testamento

Trabalho e trabalho para dar à luz um pai na minha solidão de depauperado arado que nada sulca porque como um comboio a que faltaram carris prévios ao meu arado são seus sulcos. Sou um filho circular. Como um signo zodiacal sou um filho circular, requer o que faço aquilo em que me movo que é aquilo em que me movo o que faço e como fazê-lo se não tenho já em que me mova? O que faço é o que me fez. Sou comboio e arado e um rodado sem discos. Sem paralelo em círculos rotunda tristeza propago de vertiginosa incubação de vórtices que ajudo a solidificar: outra vez a sólida solidão: é fácil a primeira imagem do comboio: insta à compaixão. E são pesados os bois circulares que o meu arado entontece, em vão o rodado sem discos. Quanto pesarão bois entontecidos? Como ser pai quando se é filho?

Por Daniel Jonas