António Osório

Você nunca vai se transformar em mim. E nem teria por quê. Porque essa escolha é sua. Exclusivamente sua.

Eu tinha mudado. Escondido em mim agora estava um plano obscuro que nem eu conseguia explicar.

“Podeis deixar de atingir vosso objetivo, mas participai da corrida mesmo assim.”

João, Novo Testamento, JO, 10:4

João, JO, 10:4, <J>Depois de levar para fora todas as que lhe pertencem, vai na frente delas, e elas o seguem, porque reconhecem a voz dele.</J>

Destino Quem disse à estrela o caminho Que ela há-de seguir no céu? A fabricar o seu ninho Como é que a ave aprendeu? Quem diz à planta -"Floresce!"- E ao mudo verme que tece Sua mortalha de seda Os fios quem lhos enreda? Ensinou alguém à abelha Que no prado anda a zumbir Se à flor branca ou à vermelha O seu mel há-de ir pedir? Que eras tu meu ser, querida, Teus olhos a minha vida, Teu amor todo o meu bem... Ai! não mo disse ninguém. Como a abelha corre ao prado, Como no céu gira a estrela, Como a todo o ente o seu fado Por instinto se revela, Eu no teu seio divino Vim cumprir o meu destino... Vim, que em ti só sei viver, Só por ti posso morrer.

Deuteronômio, Antigo Testamento, DT, 4:17

Deuteronômio, DT, 4:17, semelhança de algum animal que há na terra, semelhança de alguma ave que voa pelos céus,

Números, Antigo Testamento, NM, 30:8

Números, NM, 30:8, Mas, se seu marido o desaprovar no dia em que souber disso e anular o voto que estava sobre ela, bem como o dito irrefletido dos seus lábios, com que a si mesma obrigou, o Senhor perdoará isso a ela.

Os trigais maduros... Escassas lanças doiradas na guerra da fome.

Ninguém que morre aqui morre de verdade.

Adoro a chuva e sua sinfonia O cheiro que ela desfila Tocando uma música antiga Abrindo uma garrafa de vinho Aquela que trás o frio De presente o abraço quentinho E transforma corpos em aconchego Adormecidos com seu sossego Adoro a chuva mansinha A dose de calmaria A doce coisa de Deus Que molha fria e suave Que nunca precisa de chaves Que acaba, mas nunca é adeus...