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Não me macem, por amor de Deus! Queriam-me casado, fútil, quotidiano e tributável? Queriam-me o contrário disto, o contrário de qualquer coisa? Se eu fosse outra pessoa, fazia-lhes, a todos, a vontade. Assim, como sou, tenham paciência! Vão para o diabo sem mim, Ou deixem-me ir sozinho para o diabo! Para que havemos de ir juntos? Não me peguem no braço! Não gosto que me peguem no braço. Quero ser sozinho. Já disse que sou sozinho! Ah, que maçada quererem que eu seja de companhia! (...) Deixem-me em paz! Não tardo, que eu nunca tardo... E enquanto tarda o Abismo e o Silêncio quero estar sozinho!
Por Álvaro de CamposGênesis, GN, 30:9, Quando Lia viu que ela mesma tinha cessado de ter filhos, tomou a sua serva Zilpa e a deu a Jacó por mulher.
Por Gênesis, Antigo TestamentoBarrow-on-Furness I Sou vil, sou reles, como toda a gente Não tenho ideais, mas não os tem ninguém. Quem diz que os tem é como eu, mas mente. Quem diz que busca é porque não os tem. É com a imaginação que eu amo o bem. Meu baixo ser porém não mo consente. Passo, fantasma do meu ser presente, Ébrio, por intervalos, de um Além. Como todos não creio no que creio. Talvez possa morrer por esse ideal. Mas, enquanto não morro, falo c leio. Justificar-me? Sou quem todos são... Modificar-me? Para meu igual?... — Acaba lá com isso, ó coração! II Deuses, forças, almas de ciência ou fé, Eh! Tanta explicação que nada explica! Estou sentado no cais, numa barrica, E não compreendo mais do que de pé. Por que o havia de compreender? Pois sim, mas também por que o não havia? Águia do rio, correndo suja e fria, Eu passo como tu, sem mais valer... Ó universo, novelo emaranhado, Que paciência de dedos de quem pensa Em outras cousa te põe separado? Deixa de ser novelo o que nos fica... A que brincar? Ao amor?, à indif'rença? Por mim, só me levanto da barrica. III Corre, raio de rio, e leva ao mar A minha indiferença subjetiva! Qual "leva ao mar"! Tua presença esquiva Que tem comigo e com o meu pensar? Lesma de sorte! Vivo a cavalgar A sombra de um jumento. A vida viva Vive a dar nomes ao que não se ativa, Morre a pôr etiquetas ao grande ar... Escancarado Furness, mais três dias Te, aturarei, pobre engenheiro preso A sucessibilíssimas vistorias... Depois, ir-me-ei embora, eu e o desprezo (E tu irás do mesmo modo que ias), Qualquer, na gare, de cigarro aceso... IV Conclusão a sucata! ... Fiz o cálculo, Saiu-me certo, fui elogiado... Meu coração é um enorme estrado Onde se expõe um pequeno animálculo A microscópio de desilusões Findei, prolixo nas minúcias fúteis... Minhas conclusões Dráticas, inúteis... Minhas conclusões teóricas, confusões... Que teorias há para quem sente o cérebro quebrar-se, como um dente Dum pente de mendigo que emigrou? Fecho o caderno dos apontamentos E faço riscos moles e cinzentos Nas costas do envelope do que sou ... V Há quanto tempo, Portugal, há quanto Vivemos separados! Ah, mas a alma, Esta alma incerta, nunca forte ou calma, Não se distrai de ti, nem bem nem tanto. Sonho, histérico oculto, um vão recanto... O rio Furness, que é o que aqui banha, Só ironicamente me acompanha, Que estou parado e ele correndo tanto ... Tanto? Sim, tanto relativamente... Arre, acabemos com as distinções, As subtilezas, o interstício, o entre, A metafísica das sensações — Acabemos com isto e tudo mais ... Ah, que ânsia humana de ser rio ou cais!
Por Álvaro de CamposAfinal de contas, você é o que você pensa. As suas emoções são escravas dos seus pensamentos, você é escravo de suas emoções.
Por Elizabeth GilbertCara a cara e de coração para coração Estamos tão perto e tão distantes Eu fecho meus olhos, eu me afasto Isso é só porque eu não estou bem Mas eu permaneço firme, fico forte Me perguntando se ainda pertencemos um ao outro Será que algum dia vamos dizer as palavras que estamos sentindo? No fundo, por baixo Derrubam todas as paredes Será que alguma vez teremos um final feliz? Ou será que vamos sempre fingir? Estaremos sempre fingindo Quanto tempo eu fantasio Faço de conta que ainda está vivo Imagine que eu sou bom o suficiente Se pudermos escolher aqueles que amamos Mas eu permaneço firme, fico forte Me perguntando se ainda pertencemos um ao outro Será que sempre mantendo segredos seguros Cada movimento que fazemos Parece que ninguém está abrindo de mão E é uma vergonha Porque se você sente o mesmo Como eu vou saber Será que algum dia vamos dizer as palavras que estamos sentindo? No fundo, por baixo Derrubam todas as paredes Será que alguma vez teremos um final feliz? Ou será que vamos sempre fingir? Será que iremos sempre fingir?
Por GleeAtos, AT, 8:4, Enquanto isso, os que foram dispersos iam por toda parte pregando a palavra.
Por Atos, Novo TestamentoTudo relacionado ao ego é falso. E o ego está na sua mente. Se você viver dentro dela, estará sempre intrigado, em dúvida, buscando sem encontrar. Somente ao se libertar dele você poderá experimentar o sabor da vida. E as respostas terão prazer em chegar até você. Livro; Aqui, agora
Por Ian MeclerLevítico, LV, 20:20, Se um homem tiver relações com a tia, envergonhou o seu tio; levarão seu pecado sobre si; morrerão sem filhos.
Por Levítico, Antigo Testamento