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Oséias, OS, 4:3, Por isso, a terra está de luto, e todos os seus moradores desfalecem, juntamente com os animais do campo e com as aves do céu; e até os peixes do mar estão morrendo.`

Por Oséias, Antigo Testamento

Salmos, SL, 30:4, Cantem louvores ao Senhor, vocês que são os seus santos, e deem graças ao seu santo nome.

Por Salmos, Antigo Testamento

O tempo adiado Vêm aí dias piores. O tempo adiado até nova ordem surge no horizonte. Em breve deves amarrar os sapatos e espantar os cães para os charcos. Pois as vísceras dos peixes esfriaram no vento. A luz da anileira arde pobremente. Teu olhar pressente a penumbra: o tempo adiado até nova ordem desponta no horizonte. Do outro lado afunda tua amada na areia, ele sobe-lhe pelo cabelo esvoaçante, ele corta-lhe a palavra, ele ordena-lhe silêncio, ele encontra-a mortal e pronta para a despedida depois de cada abraço. Não olha para trás. Amarra teus sapatos. Espanta os cães. Joga os peixes ao mar. Anula a anileira! Vêm aí dias piores.

Por Ingeborg Bachmann

Hoje, no dia do abraço, eu ganhei aquele abraço apertado da saudade. Uma abraço que quase me sufocou.

Por Edgard Abbehusen

⁠Ditadura branca no Brasil, a ditadura nunca se extinguiu para gente de pele escura: a antilei o falso indício o sumiço a tortura.

Por Lande Onawale

⁠Nada consegue suprimir a curiosidade de um humano. (Eren Jaeger)

Por Attack on Titan

⁠Ninguém aguenta mais me ouvir falar Nem eu aguento mais lembrar Então me diz o que eu devo fazer Pra te mostrar Que eu ainda te amo E ainda existe verdade Nada disso foi engano Cê vai ignorar a saudade?

Por Bia Marques

POEMA DA DESPEDIDA Não saberei nunca dizer adeus Afinal, só os mortos sabem morrer Resta ainda tudo, só nós não podemos ser Talvez o amor, neste tempo, seja ainda cedo Não é este sossego que eu queria, este exílio de tudo, esta solidão de todos Agora não resta de mim o que seja meu e quando tento o magro invento de um sonho todo o inferno me vem à boca Nenhuma palavra alcança o mundo, eu sei Ainda assim, escrevo.

Por Mia Couto

Quem não aprendeu a ser feliz sozinho, dificilmente será feliz mesmo com mil companhias.

Por Wallace Avlys

Poema V A Federico García Lorca Companheiro, morto desassombrado, rosácea ensolarada quem senão eu, te cantará primeiro. Quem senão eu pontilhada de chagas, eu que tanto te amei, eu que bebi na tua boca a fúria de umas águas eu, que mastiguei tuas conquistas e que depois chorei porque dizias: “amor de mis entrañas, viva muerte”. Ah! Se soubesses como ficou difícil a Poesia. Triste garganta o nosso tempo, TRISTE TRISTE. E mais um tempo, nem será lícito ao poeta ter memória e cantar de repente: “os arados van e vên dende a Santiago a Belén”. Os cardos, companheiro, a aspereza, o luto a tua morte outra vez, a nossa morte, assim o mundo: deglutindo a palavra cada vez e cada vez mais fundo. Que dor de te saber tão morto. Alguns dirão: Mas se está vivo, não vês? Está vivo! Se todos o celebram Se tu cantas! ESTÁS MORTO. Sabes por quê? “El passado se pone su coraza de hierro y tapa sus oídos con algodón del viento. Nunca podrá arrancársele un secreto.” E o futuro é de sangue, de aço, de vaidade. E vermelhos azuis, braços e amarelos hão de gritar: morte aos poetas! Morte a todos aqueles de lúcidas artérias, tatuados de infância, de plexo aberto, exposto aos lobos. Irmão. Companheiro. Que dor de te saber tão morto.

Por Hilda Hilst