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"Vida é deixar-se envolver. É entregar-se ao momento, à sensação, ao sentimento. Vida é abandonar-se sem medo. Vida é gritar bem alto, deixando vir de dentro a alegria de estar amando... Assumir de corpo inteiro e não só no pensamento. Vida é amar sem medo."
Por Léa WaiderII Crônicas, 2CR, 6:21, Ouve, pois, as súplicas do teu servo e do teu povo de Israel, quando orarem neste lugar. Ouve do lugar da tua habitação, dos céus; ouve e perdoa.
Por II Crônicas, Antigo TestamentoDaniel, DN, 12:4, Quanto a você, Daniel, encerre as palavras e sele o livro, até o tempo do fim. Muitos correrão de um lado para outro, e o saber se multiplicará.
Por Daniel, Antigo TestamentoJoão, JO, 1:15, João dá testemunho a respeito dele e exclama: - Este é aquele de quem eu dizia: ´Ele vem depois de mim, mas é mais importante do que eu, pois já existia antes de mim.`
Por João, Novo TestamentoOs Ombros Suportam o Mundo Chega um tempo em que não se diz mais: meu Deus. Tempo de absoluta depuração. Tempo em que não se diz mais: meu amor. Porque o amor resultou inútil. E os olhos não choram. E as mãos tecem apenas o rude trabalho. E o coração está seco. Em vão mulheres batem à porta, não abrirás. Ficaste sozinho, a luz apagou-se, mas na sombra teus olhos resplandecem enormes. És todo certeza, já não sabes sofrer. E nada esperas de teus amigos. Pouco importa venha a velhice, que é a velhice? Teus ombros suportam o mundo e ele não pesa mais que a mão de uma criança. As guerras, as fomes, as discussões dentro dos edifícios provam apenas que a vida prossegue e nem todos se libertaram ainda. Alguns, achando bárbaro o espetáculo prefeririam (os delicados) morrer. Chegou um tempo em que não adianta morrer. Chegou um tempo em que a vida é uma ordem. A vida apenas, sem mistificação.
Por Carlos Drummond de AndradeO fim da arte inferior é agradar, o fim da arte média é elevar, o fim da arte superior é libertar.
Por Fernando PessoaJOSÉ E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? e agora, você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, Você que faz versos, que ama, protesta? e agora, José? Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José? E agora, José? Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio, - e agora? Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais! José, e agora? Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse, a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse... Mas você não morre, você é duro, José! Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja do galope, você marcha, José! José, para onde?
Por Carlos Drummond de Andrade