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- Acho, senhora, que pela primeira vez na vida Artur foi golpeado por uma loucura que ele não pode contrololar. - O Amor? Olhei-a e disse a mim mesmo que não estava apaixonado por ela, e que seu broche era um talismã apanhado aleatoriamente. Disse a mim mesmo que ela era uma princesa e eu no filho de uma escrava. - Sim, senhora. - Você entende essa loucura? Eu não tinha consciência de coisa alguma na sala, exceto Ceinwyn. A princesa Helledd, o príncipe adormecido, Galahad, as tias, a harpista, nenhum deles existia pra mim, assim como os tecidos pendurados nas paredes ou os suportes de bronze das lamparinas. Só tinha consciência dos olhos grandes e tristes de Ceinwyn e de meu coração batendo. - Entendo que é possível olhar nos olhos de alguém - ouvi-me dizer - e de súbito saber que a vida será impossível sem eles. Saber que a voz dessa pessoa pode fazer seu coração falhar e que a compania dela é tudo que sua felicidade pode desejar, e que a ausência dela deixará seua alma solitária, desolada e perdida. [...] - Isso já lhe aconteceu, Lorde Derfel? (As Crônicas de Artur)
Por Bernard CornwellModernismo No fundo, eu sou mesmo é um romântico inveterado. No fundo, nada: eu sou romântico de todo jeito. Eu sou romântico de corpo e alma, de dentro e de fora, de alto a baixo, de todo lado: do esquerdo e do direito. Eu sou romântico de todo jeito. Sou um sujeito sem jeito que tem medo de avião, um individualista confesso, que adora luares, que gosta de piqueniques e noitadas festivas, mas que vai se esconder no fundo dos restaurantes. Um sujeito que nesta reta de chegada dos cinqüenta sente que seu coração bate mais velozmente que já nem agüenta esperar mais as moças da geração incerta dos dois mil. Vejam, por exemplo, a minha cara de apaixonado, a minha expressão de timidez, as minhas várias tentativas frustradas de D. Juan. Vejam meu pessimismo político, meu idealismo poético, minhas leituras de passatempo. Vejam meus tiques e etiquetas, meus sapatos engraxados, meus ternos enleios, meu gosto pelo passado e pelos presentes, minhas cismas, e raptos. Veja também minha linguagem cheia de mins, de meus e de comos. Vejam , e me digam se eu não sou mesmo um sujeito romântico que contraiu o mal do século e ainda morre de amor pela idade média das mulheres.
Por Gilberto Mendonça TelesOséias, OS, 8:12, Embora eu lhe escreva a minha lei em dez mil preceitos, estes seriam tidos como coisa estranha.
Por Oséias, Antigo TestamentoTemos de ir à procura das pessoas, porque podem ter fome de pão ou de amizade.
Por Madre Teresa de CalcutáSou a Consciência em ódio ao inconsciente, Sou um símbolo incarnado em dor e ódio, Pedaço de alma de possível Deus Arremessado para o mundo Com a saudade pávida da pátria... Ó sistema mentido do universo, Estrelas nadas, sóis irreais, Oh, com que ódio carnal e estonteante Meu ser de desterrado vos odeia! Eu sou o inferno. Sou o Cristo negro, Pregado na cruz ígnea de mim mesmo. Sou o saber que ignora, Sou a insônia da dor e do pensar
Por Fernando PessoaA educação só significa isso: a curiosidade animada, alerta e destemida das crianças deve ser alimentada, deve ser mantida viva. Isso é a educação.
Por Doris LessingJoão, JO, 1:35, No dia seguinte, João estava outra vez na companhia de dois dos seus discípulos
Por João, Novo Testamento