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há sempre um degrau entre o que se escreve e o que se gostaria de ter escrito e quando há um poema inexaurível desses que nunca mais se pode parar de ler que não se pode mais soltar porque no meio dele há um vórtice um poço d’água potável onde se pode nadar muito em círculos, sem pressa onde se pode apanhar com as mãos os peixes intermináveis não há como não ponderar sobre qual seria o verdadeiro poema aquele outro ainda maior mais robusto que alguém tentou escrever

Por Ana Estaregui

E os grandes proprietários, que têm de perder as suas terras na primeira rebelião, os grandes proprietários que estudam a História, que têm olhos para ler a História, deviam conhecer este grande fato: a propriedade quando acumulada em muito poucas mãos esta destinada a ser espoliada. E do fato complementar também: quando uma maioria passa frio e fome, tomará à força aquilo que necessita. E também o fato gritante, que ecoa por toda a História: a repressão só conduz ao fortalecimento e união de todos os oprimidos. Os poderosos proprietários ignoram os três grandes gritos da História. A terra acumulou-se em poucas mãos, o número dos espoliados cresceu e todos os esforços dos grandes proprietários se orientaram no sentido da repressão. Gastava-se o dinheiro em armas e gases para proteção das grandes propriedades; espiões eram enviados com a missão de descobrir insurreições latentes, que precisavam ser abafadas antes que nascessem. Ignorava-se a transformação econômica; não se tomavam em consideração os planos para a transformação; apenas se tomavam em conta os meios de destruir as revoltas enquanto as causas das revoltas permaneciam.” John Steinbeck, in As vinhas da ira

Por John Steinbeck

"O verdadeiro sentimento não teme a pressa dos dias, nem o tempo que insiste em correr cada vez mais veloz; ele floresce quando menos se espera, pois o destino, esse artesão caprichoso, adora surpreender almas que, ironicamente, julgavam-se completas até o encontro da sua metade."

Por Maria

⁠"A religião sem a história é um desastre!"

Por Bruno Barreto

Receita para um dálmata (ou Soneto branco com bolinhas pretas) Pegue um papel, ou uma parede, ou algo que seja quase branco e bem vazio. Amasse-o até que tome forma de um animal: focinho, corpo, patas. Em cada pata ponha muitas unhas e em sua boca muitos dentes. (Caso queira, pinte o focinho de qualquer cor que pareça rosa). Atrás, na bunda, ponha um fiapo nervoso: será seu rabo. Pronto. Ou quase: deixe-o lá fora e espere chover nanquim. Agora dê grama ao bicho. Se ele rejeitar, é dálmata. Se comer (e mugir), é uma vaca que tens. Tente outra vez. (A Partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora, 7Letras, 2008

Por Gregório Duvivier

O mundo no qual nós penetramos pelo nascimento é brutal, cruel e, ao mesmo tempo, de uma beleza divina.

Por Carl Jung

Ezequiel, EZ, 27:30, Farão ouvir a sua voz por causa de você e gritarão amargamente; lançarão pó sobre a cabeça e rolarão na cinza.

Por Ezequiel, Antigo Testamento

Não era o que eu queria, te deixar para trás Não sei onde você pousa quando voa

Por Harry Styles

As revoluções duram semanas, anos; depois, durante dezenas e centenas de anos, adora-se, como algo de sagrado, esse espírito de mediocridade que as suscitou.

Por Boris Pasternak

II Samuel, 2SM, 3:20, Abner foi falar com Davi, em Hebrom, e vinte homens estavam com ele. Davi ofereceu um banquete a Abner e aos homens que tinham vindo com ele.

Por II Samuel, Antigo Testamento