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Salmos, SL, 2:6, ´Eu constituí o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.`

Por Salmos, Antigo Testamento

No príncipio era a ação.

Por Sigmund Freud

"Seu ponto forte é saber Que meu ponto fraco é você"

Por Ávine Vinny

Mateus, MT, 11:12, <J>Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e os que usam de força se apoderam dele.</J>

Por Mateus, Novo Testamento

II Reis, 2RS, 3:14, Eliseu disse: - Tão certo como vive o Senhor dos Exércitos, em cuja presença estou, se eu não respeitasse a presença de Josafá, rei de Judá, não daria atenção nem olharia para você.

Por II Reis, Antigo Testamento

As dificuldades são o aço estrutural que entra na construção do caráter.

Por Desconhecido

Por que isso aconteceu comigo? É porque não pus botox preventivo?

Por Fortuna (série)

O que você quer ser quando crescer? Gentil, disse o garoto.

Por Charlie Mackesy

Jeremias, JR, 2:7, Eu os trouxe para uma terra fértil, para que vocês comessem o seu fruto e as coisas boas que ela tem. Mas, depois de entrar, vocês contaminaram a minha terra e fizeram da minha herança uma abominação.

Por Jeremias, Antigo Testamento

Prosa Patética Nunca fui de ter inveja, mas de uns tempos pra cá tenho tido. As mãos dadas dos amantes tem me tirado o sono. Ontem, desejei com toda força ser a moça do supermercado. Aquela que fala do namorado com tanta ternura. Mesmo das brigas ando tendo inveja. Meu vizinho gritando com a mulher, na casa cheia de crianças, Sempre querendo, querendo. Me disseram que solidão é sina e é pra sempre. Confesso que gosto do espaço que é ser sozinho. Essa extensão, largura, páramo, planura, planície, região. No entanto, a soma das horas acorda sempre a lembrança Do hálito quente do outro. A voz, o viço. Hoje andei como louca, quis gritar com a solidão, Expulsar de mim essa Nossa Senhora ciumenta. Madona sedenta de versos. Mas tive medo. Medo de que ao sair levasse a imensidão onde me deito. Ausência de espelhos que dissolve a falta, a fraqueza, a preguiça. E me faz vento, pedra, desembocadura, abotoadura e silêncio. Tive medo de perder o estado de verso e vácuo, Onde tudo é grave e único. E me mantive quieta e muda. E mais do que nunca tive inveja. Invejei quem tem vida reta, quem não é poeta Nem pensa essas coisas. Quem simplesmente ama e é amado. E lê jornal domingo. Come pudim de leite e doce de abóbora. A mulher que engravida porque gosta de criança. Pra mim tudo encerra a gravidade prolixa das palavras: madrugada, mãe, Ônibus, olhos, desabrocham em camadas de sentido, E ressoam como gongos ou sinos de igreja em meus ouvidos. Escorro entre palavras, como quem navega um barco sem remo. Um fluxo de líquidos. Um côncavo silêncio. Clarice diz que sua função é cuidar do mundo. E eu, que não sou Clarice nem nada, fui mal forjada, Não tenho bons modos nem berço. Que escrevo num tempo onde tudo já foi falado, cantado, escrito. O que o silêncio pode me dizer que já não tenha sido dito? Eu, cuja única função é lavar palavra suja, Neste fim de século sem certezas? Eu quero que a solidão me esqueça.

Por Viviane Mosé