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Provérbios, PV, 7:13, Ela agarrou o jovem e o beijou; e com o maior descaramento lhe disse:

Por Provérbios, Antigo Testamento

I want you to do whatever makes you happiest in the world.

Por Harry Styles (One Direction)

Isaías, IS, 8:13, Ao Senhor dos Exércitos, a ele vocês devem santificar. É a ele que devem temer; é dele que devem ter pavor.

Por Isaías, Antigo Testamento

Salmos, SL, 77:17, Grossas nuvens se desfizeram em água; houve trovões nos espaços; também as tuas setas cruzaram de uma parte para outra.

Por Salmos, Antigo Testamento

Vês que a razão, / seguindo o caminho indicado pelos sentimentos, tem asas curtas.

Por Dante Alighieri

II João, 2JO, 1:3, Que a graça, a misericórdia e a paz, da parte de Deus Pai e de Jesus Cristo, o Filho do Pai, estejam conosco em verdade e amor.

Por II João, Novo Testamento

A vida seria tão mais fácil se, quando nos deparamos com um obstáculo durante um relacionamento, conseguíssemos parar, lidar com aquilo e seguir suavemente. A verdade é que, na maioria dos casos, poderíamos fazer exatamente isso. A realidade é que não fazemos! Tocamos em frente, sem parar. Deixamos que pequenos insultos se tornem fúrias, pequenas discussões se tornem disputas acirradas, pequenas dores se tornem ferimentos profundos, e continuamos indo em frente, sem parar. Em muitos casos, continuamos a sofrer. (...) Se conseguíssemos manter o amor por nós mesmos e pelo outro através de uma comunicação honesta e consciente, os desentendimentos, obstáculos ou dificuldades do relacionamento serviriam para nos fortalecer. Quando não conseguimos, praticamos o pior comportamento do meio-tempo: machucando, brigando, omitindo a verdade e indo em frente completamente confusos.

Por Iyanla Vanzant

Qual a sua responsabilidade na desordem da qual você se queixa?

Por Sigmund Freud

Eu quero conhecer a derrota!

Por Baki - O Campeão

Não importava se tinha razão, devia me calar. No meu tempo, ser educado era ficar em silêncio. Na mesa, não podia emitir som que não fosse da natureza do garfo e da faca. Criança aceitava, não falava. Como um bicho doméstico, um galo, um cachorro, um gato, um canário belga. Encabulava quando raspava a louça, arranhava as rodas ao estacionar no meio-fio do prato. Meu pai falava sem parar dos negócios, dos vizinhos, do futebol e eu escutava com continência e louvor. Nunca me passou pelos ouvidos nenhuma pergunta inteligente para fazer, até porque as perguntas inteligentes surgem das bobagens e não corria riscos. Se as conversas tivessem sido gravadas na época, descobriria que não apareci na própria infância. Entrava com um "obrigado" e saía no "com licença". Não questionava os hábitos, preocupado em me ver livre o mais rápido possível daquela cena. Não sabia como viver para me sentir morto. Não sabia como morrer para me sentir vivo. Meus bolsos cheios de bolas de gude para acompanhar as mãos. Os bolsos do meu pai cheios de chaves para desafiar as mãos. Os bolsos de minha mãe cheios de pedras do terço para esquecer as mãos. A sobremesa era sagu ou arroz de leite, que comia com vagar e ódio, já que consistia na mesma merenda da escola. Passava o dia comendo sagu ou arroz de leite. A canela em cima do doce me arrepiava de careta, emburricava a respiração. Me censurava antes da censura, me proibia antes da negação, me cavava antes de ser enterrado. Pensativo como quem se penteia no espelho. Prestativo como quem tem culpa por crescer. Nas saídas em família, permanecia igualmente calado, omisso, aceitando que as pessoas secassem seus dedos no meu rosto em cada encontro. Quando recebia um elogio público de comportado, o pai sorria, a mãe sorria, e bem que tentava sorrir, mas os dentes eram de leite e logo cairiam. Nunca levantei a voz. Falava para dentro, com a cabeça inclinada de cavalo cansado. Tinha serenidade porque não encontrava outro sentimento para colocar em seu lugar. Não havia estômago para chegar ao fim da esperança. Não estava escuro para me defender com vela, muito menos claro para procurar sombras. Conhecia de cor o ato de contrição, apesar da dificuldade de inventar pecados. A humildade lembrava covardia, o que explica minha vontade insana de fazer calar esse tempo, o meu tempo de camisa fechada até o último botão.

Por Fabrício Carpinejar