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A felicidade não deve ser compreendida, mas sim sentida e compartilhada com as pessoas que nos amam

Por Paulo Ismael

Os Três Mal-Amados O amor comeu meu nome, minha identidade, meu retrato. O amor comeu minha certidão de idade, minha genealogia, meu endereço. O amor comeu meus cartões de visita. O amor veio e comeu todos os papéis onde eu escrevera meu nome. O amor comeu minhas roupas, meus lenços, minhas camisas. O amor comeu metros e metros de gravatas. O amor comeu a medida de meus ternos, o número de meus sapatos, o tamanho de meus chapéus. O amor comeu minha altura, meu peso, a cor de meus olhos e de meus cabelos. O amor comeu meus remédios, minhas receitas médicas, minhas dietas. Comeu minhas aspirinas, minhas ondas-curtas, meus raios-X. Comeu meus testes mentais, meus exames de urina. O amor comeu na estante todos os meus livros de poesia. Comeu em meus livros de prosa as citações em verso. Comeu no dicionário as palavras que poderiam se juntar em versos. Faminto, o amor devorou os utensílios de meu uso: pente, navalha, escovas, tesouras de unhas, canivete. Faminto ainda, o amor devorou o uso de meus utensílios: meus banhos frios, a ópera cantada no banheiro, o aquecedor de água de fogo morto mas que parecia uma usina. O amor comeu as frutas postas sobre a mesa. Bebeu a água dos copos e das quartinhas. Comeu o pão de propósito escondido. Bebeu as lágrimas dos olhos que, ninguém o sabia, estavam cheios de água. O amor voltou para comer os papéis onde irrefletidamente eu tornara a escrever meu nome. O amor roeu minha infância, de dedos sujos de tinta, cabelo caindo nos olhos, botinas nunca engraxadas. O amor roeu o menino esquivo, sempre nos cantos, e que riscava os livros, mordia o lápis, andava na rua chutando pedras. Roeu as conversas, junto à bomba de gasolina do largo, com os primos que tudo sabiam sobre passarinhos, sobre uma mulher, sobre marcas de automóvel. O amor comeu meu Estado e minha cidade. Drenou a água morta dos mangues, aboliu a maré. Comeu os mangues crespos e de folhas duras, comeu o verde ácido das plantas de cana cobrindo os morros regulares, cortados pelas barreiras vermelhas, pelo trenzinho preto, pelas chaminés. Comeu o cheiro de cana cortada e o cheiro de maresia. Comeu até essas coisas de que eu desesperava por não saber falar delas em verso. O amor comeu até os dias ainda não anunciados nas folhinhas. Comeu os minutos de adiantamento de meu relógio, os anos que as linhas de minha mão asseguravam. Comeu o futuro grande atleta, o futuro grande poeta. Comeu as futuras viagens em volta da terra, as futuras estantes em volta da sala. O amor comeu minha paz e minha guerra. Meu dia e minha noite. Meu inverno e meu verão. Comeu meu silêncio, minha dor de cabeça, meu medo da morte.

Por João Cabral de Melo Neto

Números, NM, 22:17, porque eu o cobrirei de honras e farei tudo o que você me disser; venha, pois, e, por favor, amaldiçoe este povo.

Por Números, Antigo Testamento

Ester, ET, 4:5, Então Ester chamou Hataque, um dos eunucos do rei, que este tinha escolhido para a servir, e lhe ordenou que fosse a Mordecai para saber o que se passava e por que ele estava fazendo aquilo.

Por Ester, Antigo Testamento

Cântico dos Cânticos, CT, 8:3, A sua mão esquerda estaria debaixo da minha cabeça, e a sua direita me abraçaria.

Por Cântico dos Cânticos, Antigo Testamento

Uma sombria e secreta lágrima teve ínicio em seus olhos Aquelas coisas novas brilhantes Se socializando pareceram ter inveja de você O que mais eu preciso procurar?? Ele me ama, eu vejo Por apenas um instante Eu pude sentir a batida do seu pulso. Com ela confusão de respirações Momentaneamente meus suspiros

Por Andrea Bocelli

"Charlie: Eu entendo... Alan: Sério? Charlie: Na verdade, não. Alan: Então pq diz que entende? Charlie: Pq as pessoas gostam de ouvir isso. Veja bem Alan, se eu digo que entendo não quer dizer que eu entenda, nem mesmo quer dizer que eu esteja prestando atenção... Alias, nem quer dizer que eu queira saber!"

Por Charlie Harper

Amar é, se esforçar sem esperar recompensa É tentar ao máximo depois pensar se compensa Amar é bem mais difícil do que se pensa Ficar sem reação simplesmente pela presença De quem faz sorrir, faz chorar sem saber Faz refém sem prender, faz a gente aprender A tentar se entender, relevar, compreender. Abrir mão, renovar, surpreender Amar é, encontrar a poesia num olhar, num relance Não deixar desperdiçar a chance Pra ser feliz por um momento que seja Mas que me traga paz onde quer que eu esteja Sempre vou me lembrar de cada vez que eu achei que fosse Do que fez mal, cada bem que eu sei que trouxe Inspiração, esperança, experiência Amor não tem ponto final só reticências

Por Kamau

A saudade que dói mais fundo – e irremediavelmente – é a saudade que temos de nós.

Por Mario Quintana

⁠Às vezes, um casal é uma espécie de caos e ambos estão perdidos.

Por Anatomia de uma Queda (filme)