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Existe um ser que mora dentro de mim como se fosse a casa dele, e é. Trata-se de um cavalo preto e lustroso que apesar de inteiramente selvagem – pois nunca morou antes em ninguém nem jamais lhe puseram rédeas nem sela – apesar de inteiramente selvagem tem por isso mesmo uma doçura primeira de quem não tem medo: come às vezes na minha mão. Seu focinho é úmido e fresco. Eu beijo o seu focinho. Quando eu morrer, o cavalo preto ficará sem casa e vai sofrer muito. A menos que ele escolha outra casa e que esta outra casa não tenha medo daquilo que é ao mesmo tempo selvagem e suave. Aviso que ele não tem nome: basta chamá-lo e se acerta com seu nome. Ou não se acerta, mas, uma vez chamado com doçura e autoridade, ele vai. Se ele fareja e sente que um corpo-casa é livre, ele trota sem ruídos e vai. Aviso também que não se deve temer o seu relinchar: a gente se engana e pensa que é a gente mesma que está relinchando de prazer ou de cólera, a gente se assusta com o excesso de doçura do que é isto pela primeira vez.
Por Clarice LispectorDeuteronômio, DT, 32:37, Então dirá: ´Onde estão os seus deuses? E a rocha em quem confiavam?
Por Deuteronômio, Antigo TestamentoO desejo é completamente irracional, suicida, assassino. É besta-fera dentro de você.
Por Fernanda TorresMarcos, MC, 8:3, <J>Se eu os mandar para casa em jejum, desfalecerão pelo caminho; e alguns deles vieram de longe.</J>
Por Marcos, Novo TestamentoSe quisermos alcançar o conhecimento puro de alguma coisa, teremos de separar-nos do corpo e considerar apenas com a alma como as coisas são em si mesmas.
Por PlatãoÊxodo, EX, 12:13, - O sangue será um sinal para indicar as casas em que vocês se encontram. Quando eu vir o sangue, passarei por vocês, e não haverá entre vocês praga destruidora, quando eu ferir a terra do Egito.
Por Êxodo, Antigo TestamentoTudo o que pode substituir-se com facilidade pode ser abandonado mais facilmente ainda.
Por Alexandre Dumas (filho)NEM SEMPRE SOU IGUAL Nem sempre sou igual no que digo e escrevo. Mudo, mas não mudo muito. A cor das flores não é a mesma ao sol Do que quando uma nuvem passa Ou quando entra a noite E as flores são cor da sombra. Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores. Por isso, quando pareço não concordar comigo, Reparem bem em mim: Se estava virado para a direita, Voltei-me agora para a esquerda, Mas sou sempre eu, firme sobre os mesmos pés - O mesmo sempre, graças ao céu e à terra E aos meus olhos e ouvidos atentos E à minha clara simplicidade de alma...
Por Alberto Caeiro