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Nada fica de nada. Nada somos. Um pouco ao sol e ao ar nos atrasamos Da irrespirável treva que nos pesa Da úmida terra imposta. Leis feitas, estátuas altas, odes findas - Tudo tem cova sua. Se nós, carnes A que um íntimo sol dá sangue, temos Poente, porque não elas? O que fazemos é o que somos. Nada Nos cria, nos governa e nos acaba. Somos contos contando contos, cadáveres Adiados que procriam.

Por Ricardo Reis

As Cousas do mundo Neste mundo é mais rico o que mais rapa: Quem mais limpo se faz, tem mais carepa; Com sua língua, ao nobre o vil decepa: O velhaco maior sempre tem capa. Mostra o patife da nobreza o mapa: Quem tem mão de agarrar, ligeiro trepa; Quem menos falar pode, mais increpa: Quem dinheiro tiver, pode ser Papa. A flor baixa se inculca por tulipa; Bengala hoje na mão, ontem garlopa, Mais isento se mostra o que mais chupa. Para a tropa do trapo vazo a tripa E mais não digo, porque a Musa topa Em apa, epa, ipa, opa, upa.

Por Gregório de Matos

Números, NM, 34:10, - E, por fronteira do lado leste, marquem a fronteira de Hazar-Enã até Sefã.

Por Números, Antigo Testamento

Nunca conseguimos fazer nada corretamente enquanto não pararmos de pensar em como o fazer.

Por William Hazlitt

Ninguém sabe porque ama ou porque não ama. É uma coisa que se sente, mas que não se explica.

Por Júlio Dinis

Rodrigo Ana, minha querida, Dizem que o amor acaba, que o amor termina. Mas não é verdade. Nada acaba, tudo dura, continua e se transforma. Enquanto eu aguardava aquela cirurgia, mil anos se passaram. As duas estavam lá dentro e eu pensava: “se acontecer alguma coisa com elas, eu morro!” Dizem que passa um filme da nossa vida na nossa cabeça. E por isso eu vi: vi vocês duas, meninas, chegando na nossa casa. Vi nós três juntos, ainda pequenos e tantos e tantos momentos. Vi você erguendo taças, troféus. Tua imagem na revista, inacessível, distante da criança que eu era. E que você era também. Depois a nossa fuga de casa, veio o nosso medo, veio a nossa coragem, veio o salto sem rede que tantas vezes se chama amor. Vi você indo embora, sendo levada de diferentes formas, tantas e tantas vezes. E depois vi você voltando e no fundo de seus olhos, como num rio, tudo que a gente não tinha vivido. A partir daí eu me vi dividido entre dois amores, entre duas vidas: uma que eu estava vivendo e outra que eu jamais tinha podido viver. Durante os meus piores momentos enquanto eu aguardava naquela sala, foi como se a doença da nossa filha tivesse me curado. Eu entendi que não tinha mais divisão nenhuma. O que tinha sido vivido, o que tinha ficado pra trás, tudo, era parte de uma mesma história, de uma mesma vida e de um mesmo sentimento: amor. E foi então que eu vi nós dois juntos cruzando a fronteira. Ana Como se eu tivesse alcançado a outra margem de um rio. O rio onde a gente se amou pela primeira vez, o rio do meu acidente, mas sempre um rio. E porque naquele momento eu precisava ser forte, finalmente, sem escapes, eu consegui atravessar aquele rio eterno. Como se num instante, eu tivesse vivido todos os anos que ainda estavam parados em mim, me esperando. Do outro lado da fronteira, que sem perceber nós já tínhamos cruzado, uma infância compartilhada, uma adolescência truncada, uma juventude não vivida. Do lado de cá, dois adultos maduros finalmente libertos daquele fardo pesado feito de lembranças, de sonhos antigos. Porque há novos sonhos do lado de cá da fronteira. E agora podemos viver! Lícia Manzo

Por A vida da gente

É ganhar sem lutar, quando os fracos se traem A verdade vem à tona quando as máscaras caem

Por Filipe Ret

⁠Este novo contrato social propõe um país diferente, um país onde o Estado não dirige as nossas vidas, mas antes salvaguarda os nossos direitos. Um país onde se faz e se paga.

Por Javier Milei

Acho que somos como estrelas. Alguma coisa acontece para nos fazer explodir, mas quando explodimos e achamos que estamos morrendo, estamos, na verdade, nos transformando em uma supernova. E então, quando olhamos para nós mesmos mais uma vez, vemos que estamos subitamente mais bonitos do que jamais fomos antes!

Por C. JoyBell C.

Jeremias, JR, 26:21, Quando o rei Jeoaquim, e todos os seus valentes, e todas as autoridades ouviram as palavras de Urias, o rei quis matá-lo. Mas Urias, ouvindo isto, ficou com medo e fugiu para o Egito.

Por Jeremias, Antigo Testamento