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CAOS Eu me encontro no vazio do seu olhar, como se teus olhos fossem buracos negros que sugam o pouco de sanidade que ainda sangra em mim. Bebo do veneno que escorre da sua boca e, com prazer, me puxe para a escuridão da sua vida, da sua vibe noturna. Peça para que eu fique, e eu ficarei. Não é só matéria, é vibração, é sensação, luxúria, poder. Seu toque abissal é como lâminas se arrastando em carne. Essa sua ausência deixa que o mistério permeie, mas permita que eu o desvende. Pule do abismo que eu lhe darei minha mão e te acompanharei. Vamos dançar em chamas durante a madrugada e cair na escuridão e no esquecimento juntos. Seu veneno é letal, e eu me afogaria nele todos os dias, porque o caos combina com minha pele.
Por anandayasminNúmeros, NM, 33:54, Vocês herdarão a terra por sorteio, segundo as suas famílias. À tribo mais numerosa deem uma herança maior; à tribo pequena deem uma herança menor. Onde lhe cair a sorte, esse lugar lhe pertencerá; vocês herdarão segundo as tribos de seus pais.
Por Números, Antigo TestamentoAgradeço ao vento que trouxe o verso com o seu perfume Agradeço ao tempo que passa e nos une Mas o futuro não gosta da certeza Enquanto você desafia a natureza do estar
Por BordoáO sonho foi mais claro do que uma memória. Ouvi o barulho de cascos estrondosos, escudos partidos e espadas chocando-se. E coloquei meu herdeiro no Trono de Ferro. E todos os dragões rugiram como um só.
Por A Casa do Dragão (série)Não fiquem irritados uns com os outros e perdoem uns aos outros, caso alguém tenha alguma queixa contra outra pessoa.
Por ColossensesJuízes, JZ, 18:20, O sacerdote ficou contente, pegou a estola sacerdotal, os ídolos do lar e a imagem de escultura e entrou no meio do povo.
Por Juízes, Antigo TestamentoMeu diário público 25/05/2025 Me chamo Aline Caira, costumo usar o pseudônimo de Kayra, enfim... carrego em mim a história de uma infância moldada pela hostilidade e crueldade. Um lar que, ao invés de ser um refúgio, foi palco de violência física, mental e psicológica, tecendo uma teia de sofrimento em meu ser. Cresci em silêncio, aprendendo a suportar a dor, pois, aos olhos de meus algozes, eu era um ser desprezível, culpada até mesmo pelas travessuras e pequenas artes inerentes à infância. A cumplicidade de minha própria irmã, que, ao invés de ser amiga, me apelidava de "bruxa", "Olivia Palito" e me atacava com palavras cruéis sobre minha magreza, feiúra e suposta burrice, só aprofundava a ferida. A fachada de felicidade em passeios e eventos logo se desfazia ao cruzar a porta de casa, onde o terrorismo psicológico se instalava. Era o inferno particular, a solidão em meio àqueles que deveriam me amar. As palavras, como navalhas, cortavam minha alma, somadas às agressões físicas que marcaram meu corpo: chutes, pontapés, puxões de cabelo, socos no rosto, tapas ensurdecedores. Unhas que rasgavam minha pele, beliscões que me feriam profundamente. A violência escalou ao ponto de um afogamento simulado por minha própria mãe em um tanque d'água, um ato que ecoa em meus pesadelos até hoje. Fui atirada da escada, humilhada e exposta a situações vexatórias, com meu pai me xingando e espancando em público, na rua, na escola, até mesmo diante da diretora. A vergonha e o medo se tornaram meus companheiros constantes. O que torna tudo ainda mais lamentável é a conivência silenciosa dos familiares, testemunhas passivas do meu sofrimento. O motivo? Permanece um mistério doloroso. É incompreensível a existência de seres humanos capazes de presenciar o sofrimento de uma criança e permanecer inertes. Na vida adulta, carrego comigo essa criança ferida, sedenta por amor e pela segurança que nunca encontrou nos braços de seus pais. A busca por esse afeto perdido se manifesta em padrões de comportamento, em relacionamentos que, muitas vezes, repetem a dinâmica dolorosa do passado. Minha vida adulta é permeada por tristezas, dores e sofrimentos. A depressão se tornou uma sombra constante, uma batalha diária que me consome. Há dias em que a exaustão me impede de sequer levantar da cama. No entanto, o olhar doce e amoroso de minha filha me impulsiona a seguir em frente. Por ela, por seu bem-estar, não posso me render às minhas próprias dores. Ela é a luz que me guia, a força que me mantém de pé, a razão para lutar contra a escuridão que me assola. E é por ela que busco a cura, a libertação das amarras do passado, para que ela possa ter a mãe que eu nunca tive.
Por Aline Caira