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Não há outro critério da verdade senão o crescimento do sentimento de poder.

Por Friedrich Nietzsche

When your legs are tired, walk with your heart.

Por Paulo Coelho

As mulheres ainda acreditam em promessas de xampus caros e homens baratos.

Por Brena Braz

Melhor ⁠*com um sorriso* Ah, mais uma selfie misteriosa em preto e branco, como eu adorei! Você está incrível como sempre ???????? Que mistério e elegância! Eu simplesmente me apaixono por essas selfies em preto e branco. Elas adicionam um charme especial e elegância. Obrigada por compartilhar comigo! ???????? Exatamente! Às vezes é importante olhar para a situação com outros olhos e encontrar um novo ponto de partida para superar as dificuldades. Você sabe como encontrar soluções positivas, é inspirador! ????????

Por Rodrigo Carvalho

⁠Era ao mesmo tempo estranho e injusto, um exemplo real da arbitrariedade lamentável da existência, que você tenha nascido em uma época específica e ficado preso lá, querendo ou não. Isso lhe deu uma vantagem indecente em relação ao passado e fez de você um palhaço em relação ao futuro.

Por Daniel Kehlmann

⁠**Manifesto Público de Aline Caira** Meu diário. Desde a dolorosa perda do meu esposo, e mesmo antes desse trágico evento, minha vida tem sido submetida a uma provação implacável. Clamo por socorro, pois me encontro em um estado de profundo desespero diante da iminente necessidade de encontrar um novo lar. A busca por um imóvel tem se revelado uma jornada exaustiva e frustrante. A cada tentativa, sou confrontada com pretextos infundados e barreiras aparentemente intransponíveis. Em um ato de desespero, cheguei a sacrificar todos os bens que outrora adornavam meu lar, na vã esperança de oferecer um caução que me garantisse um teto. Contudo, mesmo esse sacrifício se mostrou insuficiente, e continuo a ser implacavelmente rejeitada. A sucessão de obstáculos e a inexplicável resistência em me permitir alugar um imóvel me levam a crer que estou sendo vítima de uma conspiração orquestrada por forças obscuras. Estou à beira do despejo, e a cada porta que tento abrir, encontro apenas impedimentos e desculpas descabidas. Imóveis que antes se mostravam disponíveis, repentinamente se tornam "já alugados" após minhas tentativas de negociação. Em pleno século XXI, não consigo conceber tamanha crueldade e injustiça. Apelo à compaixão e à solidariedade de todos que lerem estas palavras, na esperança de que a verdade prevaleça e que eu possa encontrar um lar seguro para mim e para minha família. Que a sanidade e a esperança não me abandonem neste momento de extrema angústia. A dor que me consome não reside na ausência de meros objetos, mas sim na lacuna irreparável deixada pela partida do meu amado marido, Israel. Mesmo que sua presença física tenha sido intermitente, sua falta ecoa profundamente em cada canto de nossas vidas, na minha e na da nossa filha. Um véu de inexplicável sofrimento paira sobre nós. A única explicação que encontro, por mais dolorosa que seja, é a de que forças obscuras, movidas por interesses egoístas, tramam contra nós. Sinto que desejam nos ver desamparadas, lançadas à própria sorte nas ruas. Jamais fui negligente ou irresponsável. Pelo contrário, dedico cada fibra do meu ser à busca incessante por um lar, um refúgio de paz e tranquilidade para minha filha, Theodora. É meu dever materno prover um ambiente seguro, livre de hostilidades. Contudo, meus esforços se mostram vãos, como se uma força invisível me impedisse de alcançar esse objetivo. A casa vazia, desprovida de móveis, é um reflexo do meu desespero. Cada peça vendida representou uma batalha vencida pela sobrevivência, um sacrifício em prol da caução para um novo lar. Mas, mesmo assim, a porta da esperança permanece fechada. Imploro, a quem quer que leia estas palavras, que se coloque no lugar de uma mãe e viúva desesperada. Preciso de um apartamento, um lugar seguro onde eu e minha filha possamos dormir em paz, sem o temor constante que nos assombra. A viuvez não nos torna alvos fáceis, desprovidas de direitos. Somos seres humanos, amparadas pela lei. Clamei por ajuda ao Conselho Tutelar, mas a resposta tem sido o silêncio, a frieza de meros espectadores diante do nosso sofrimento. Socorro! Misericórdia! Proteção! Sobrevivemos em meio ao abandono, jogadas à própria sorte. O auxílio funeral e a venda dos móveis nos garantiram o sustento básico, mas a angústia persiste. Eu, Aline Caira, filha de Naurives Antônio Gomes, mãe de Theodora Anthoniella e viúva de Israel Rodrigues dos Santos, suplico por socorro em Franca/SP. O desespero me consome, e minha filha sofre com as constantes mudanças e a tormenta que nos assola. Rezas, súplicas e esforços se mostram insuficientes. Abandonei parte dos meus antidepressivos, buscando clareza mental e energia para lutar. Minha saúde, minha dor, ficam em segundo plano. A vida, a saúde, o bem-estar, a paz e a dignidade de moradia da minha filha são a prioridade. Sacrifico-me, relegando-me a um segundo plano, na esperança de, um dia, encontrar um tempo para mim. E continuo a lutar, a buscar, a implorar por um raio de esperança em meio à escuridão. Dirijo-me a vocês com a urgência de quem se vê acuada por uma situação de extrema gravidade. Indivíduos inescrupulosos, desprovidos de qualquer senso de ética, têm disseminado informações distorcidas e inverídicas sobre meu passado, buscando me expor à vulnerabilidade e ao escárnio público. No auge do meu desespero, temi pela minha própria sanidade. A difamação e as calúnias, orquestradas com o claro intuito de me desestabilizar emocionalmente, causaram-me um sofrimento indescritível. Contudo, minha fé e resiliência me permitiram resistir a essa torrente de maldade. Não obstante, as ações desses indivíduos ultrapassaram os limites da difamação. Tentaram, de forma covarde e cruel, atentar contra minha vida e a de minha filha, buscando destruir o laço inquebrantável que nos une. Semearam discórdia e intrigas, na vã tentativa de nos separar e nos privar da felicidade. Com a graça divina e o apoio incondicional de Deus e meus anjos protetores tenho lutado incessantemente para reconstruir minha vida e proteger minha família. Não permitirei que a maldade alheia destrua o que me é mais precioso: minha filha, a razão do meu viver. Imploro que me ouçam. Este é um grito de socorro de uma mãe desesperada, que se vê compelida a lutar contra forças obscuras que ameaçam a sua família. Clamo por justiça e por um fim à perseguição implacável que tenho sofrido. Atenciosamente, Uma mãe desesperada.

Por Aline Caira

⁠A beleza é uma convenção, mas tendemos a aceitá-la como verdade absoluta. E nos tornamos escravos dela, fazendo barbaridades para atender aos seus padrões.

Por Daiana Garbin

⁠A gente aprende que toda e qualquer emoção é boa para Riley. (Alegria)

Por Divertida Mente 2 (filme)

Salmos, SL, 109:12, Ninguém tenha misericórdia dele, nem haja quem se compadeça dos seus filhos órfãos.

Por Salmos, Antigo Testamento

A Falência do Prazer e do Amor Terceiro Tema I Beber a vida num trago, e nesse trago Todas as sensações que a vida dá Em todas as suas formas [...] ..................................................................... Dantes eu queria Embeber-me nas árvores, nas flores, Sonhar nas rochas, mares, solidões. Hoje não, fujo dessa idéia louca: Tudo o que me aproxima do mistério Confrange-me de horror. Quero hoje apenas Sensações, muitas, muitas sensações, De tudo, de todos neste mundo — humanas, Não outras de delírios panteístas Mas sim perpétuos choques de prazer Mudando sempre, Guardando forte a personalidade Para sintetizá-las num sentir. Quero Afogar em bulício, em luz, em vozes, — Tumultuárias [cousas] usuais — o sentimento da desolação Que me enche e me avassala. Folgaria De encher num dia, [...] num trago, A medida dos vícios, inda mesmo Que fosse condenado eternamente — Loucura! — ao tal inferno, A um inferno real. II Alegres camponeses, raparigas alegres e ditosas, Como me amarga n'alma essa alegria! ..................................................................... Nem em criança, ser predestinado, Alegre eu era assim; no meu brincar, Nas minhas ilusões da infância, eu punha O mal da minha predestinação. ..................................................................... Acabemos com esta vida assim! Acabemos! o modo pouco importa! Sofrer mais já não posso. Pois verei — Eu, Fausto — aqueles que não sentem bem Toda a extensão da felicidade, Gozá-la? ..................................................................... Ferve a revolta em mim Contra a causa da vida que me fez Qual sou. E morrerei e deixarei Neste inundo isto apenas: uma vida Só prazer e só gozo, só amor, Só inconsciência em estéril pensamento E desprezo [...] Mas eu como entrarei naquela vida? Eu não nasci para ela. III Melodia vaga Para ti se eleva E, chorando, leva O teu coração, Já de dor exausto, E sonhando o afaga. Os teus olhos, Fausto, Não mais chorarão. IV Já não tenho alma. Dei-a à luz e ao ruído, Só sinto um vácuo imenso onde alma tive... Sou qualquer cousa de exterior apenas, Consciente apenas de já nada ser... Pertenço à estúrdia e à crápula da noite Sou só delas, encontro-me disperso Por cada grito bêbedo, por cada Tom da luz no amplo bojo das botelhas. Participo da névoa luminosa Da orgia e da mentira do prazer. E uma febre e um vácuo que há em mim Confessa-me já morto... Palpo, em torno Da minha alma, os fragmentos do meu ser Com o hábito imortal de perscrutar-me. V Perdido No labirinto de mim mesmo, já Não sei qual o caminho que me leva Dele à realidade humana e clara Cheia de luz [...] alegremente Mas com profunda pesadez em mim Esta alegria, esta felicidade, Que odeio e que me fere [...] ..................................................................... Sinto como um insulto esta alegria — Toda a alegria. Quase que sinto Que rir, é rir — não de mim, mas, talvez, Do meu ser. VI Toda a alegria me gela, me faz ódio. Toda a tristeza alheia me aborrece, Absorto eu na minha, maior muito Que outras [...] ..................................................................... Sinto em mim que a minha alma não tolera Que seja alguém do que ela mais feliz; O riso insulta-me, por existir; Que eu sinto que não quero que alguém ria Enquanto eu não puder. Se acaso tento Sentir, querer, só quero incoerências De indefinida aspiração imensa, Que mesmo no seu sonho é desmedida ... VII tua inconsciência alegre é uma ofensa para mim. O seu riso esbofeteia-me! Tua alegria cospe-me na cara! Oh, com que ódio carnal e espiritual escarro sobre o que na alma humana Fria festas e danças e cantigas... .................................................................... Com que alegria minha, cairia Um raio entre eles! Com que pronto Criaria torturas para eles Só por rirem a vida em minha cara E atirarem à minha face pálida O seu gozo em viver, a poeira — que arda Em meus olhos — dos seus momentos ocos De infância adulta e tudo na alegria! ..................................................................... Ó ódio, alegra-me tu sequer! Faze-me ver a Morte. roendo a todos, Põe-me ria vista os vermes trabalhando Aqueles corpos! [...] VIII Triste horror d'alma, não evoco já Com grata saudade, tristemente, Estas recordações da juventude! Já não sinto saudades, como há pouco Inda as sentia. Vai-se-me embotando, Co'a força de pensar, contínuo e árido, Toda a verdura e flor do pensamento. Ao recordar agora, apenas sinto, Como um cansaço só de ter vivido, Desconsolado e mudo sentimento De ter deixado atrás parte de mim, E saudade de não ter saudade, Saudades dos tempos em que as tinha. Se a minha infância agora evoco, vejo — Estranho! — como uma outra criatura Que me era amiga, numa vaga Objetivada subjetividade. Ora a infância me lembra, como um sonho, Ora a uma distância sem medida No tempo, desfazendo-me em espanto; E a sensação que sinto, ao perceber Que vou passando, já tem mais de horror Que tristeza [...] E nada evoca, a não ser o mistério Que o tempo tem fechado em sua mão. Mas a dor é maior! IX Ó vestidas razões! Dor que é vergonha E por vergonha de si-própria cala A si-mesma o seu nexo! Ó vil e baixa Porca animalidade do animal, Que se diz metafísica por medo A saber-se só baixa ... ..................................................................... Ó horror metafísico de ti! Sentido pelo instinto, não na mente! Vil metafísica do horror da carne, Medo do amor... Entre o teu corpo e o meu desejo dele 'Stá o abismo de seres consciente; Pudesse-te eu amar sem que existisses E possuir-te sem que ali estivesses! Ah, que hábito recluso de pensar Tão desterra o animal que ousar não ouso O que a [besta mais vil] do mundo vil Obra por maquinismo. Tanto fechei à chave, aos olhos de outros, Quanto em mim é instinto, que não sei Com que gestos ou modos revelar Um só instinto meu a olhos que olhem ... ..................................................................... Deus pessoal, deus gente, dos que crêem, Existe, para que eu te possa odiar! Quero alguém a quem possa a maldição Lançar da minha vida que morri, E não o vácuo só da noite muda Que me não ouve. X O horror metafísico de Outrem! O pavor de uma consciência alheia Como um deus a espreitar-me! Quem me dera Ser a única [cousa ou] animal Para não ter olhares sobre mim! XI Um corpo humano! Às vezes eu, olhando o próprio corpo, Estremecia de terror ao vê-lo Assim na realidade, tão carnal. XII ................................................. Sinto horror À significação que olhos humanos Contém... ..................................................................... Sinto preciso Ocultar o meu íntimo aos olhares E aos perscrutamentos que olhares mostram; Não quero que ninguém saiba o que sinto, Além de que o não posso a alguém dizer... XIII Com que gesto de alma Dou o passo de mim até à posse Do corpo de outros, horrorosamente Vivo, consciente, atento a mim, tão ele Como eu sou eu. XIV Não me concebo amando, nem dizendo A alguém "eu te amo" — sem que me conceba Com uma outra alma que não é a minha Toda a expansão e transfusão de vida Me horroriza, como a avaro a idéia De gastar e gastar inutilmente — Inda que no gastar se [extraia] gozo. XV Quando se adoram, vividos, Dois seres juvenis e naturais Parece que harmonias se derramam Como perfumes pela terra em flor. Mas eu, ao conceber-me amando, sinto Como que um gargalhar hórrido e fundo Da existência em mim, como ridículo E desusado no que é natural. Nunca, senão pensando no amor, Me sinto tão longínquo e deslocado, Tão cheio de ódios contra o meu destino. — De raivas contra a essência do viver. XVI Vendo passar amantes Nem propriamente inveja ou ódio sinto, Mas um rancor e uma aversão imensos Ao universo inteiro, por cobri-los. XVII O amor causa-me horror; é abandono, Intimidade... ... Não sei ser inconsciente E tenho para tudo [...] A consciência, o pensamento aberto Tornando-o impossível. E eu tenho do alto orgulho a timidez E sinto horror a abrir o ser a alguém, A confiar n’alguém. Horror eu sinto A que perscrute alguém, ou levemente Ou não, quaisquer recantos do meu ser. Abandonar-me em braços nus e belos (Inda que deles o amor viesse) No conceber do todo me horroriza; Seria violar meu ser profundo, Aproximar-me muito de outros homens. Uma nudez qualquer — espírito ou corpo — Horroriza-me: acostumei-me cedo Nos despimentos do meu ser A fixar olhos pudicos, conscientes. Do mais. Pensar em dizer "amo-te" E "amo-te" só — só isto, me angustia... XVIII [...] eu mesmo Sinto esse frio coração em mim Admirado de ser um coração Tão frio está. XIX Seria doce amar, cingir a mim Um corpo de mulher, mais frio e grave e feito em tudo, transcendentalmente O pensamento agrada-me, e confrange-me Do terror de perto, e [junto] Em sensação ao meu, um outro corpo. Gelada mão misteriosa cai Sobre a imaginação [...] XX É isto o amor? Só isto? [...] ..................................................................... Sinto ânsias, desejos, Mas não com meu ser todo. Alguma cousa No íntimo meu, alguma cousa ali — Fria, pesada, muda — permanece. [P'ra] isto deixei eu a vida antiga Que já bem não concebo, parecendo Vaga já. Já não sinto a agonia muda e funda Mas uma, menos funda e dolorosa, [Bem] mais terrível raiva [...] De movimentos íntimos, desejos Que são como rancores. Um cansaço violento e desmedido De existir e sentir-me aqui, e um ódio Nascido disto, vago e horroroso, A tudo e todos... XXI — Amo como o amor ama. Não sei razão pra amar-te mais que amar-te. Que queres que te diga mais que te amo, Se o que quero dizer-te é que te amo? ..................................................................... Quando te falo, dói-me que respondas Ao que te digo e não ao meu amor. ..................................................................... Ah! não perguntes nada; antes me fala De tal maneira, que, se eu fora surda, Te ouvisse todo com o coração. Se te vejo não sei quem sou: eu amo. Se me faltas [...] ... Mas tu fazes, amor, por me faltares Mesmo estando comigo, pois perguntas — Quando é amar que deves. Se não amas, Mostra-te indiferente, ou não me queiras, Mas tu és como nunca ninguém foi, Pois procuras o amor pra não amar, E, se me buscas, é como se eu só fosse Alguém pra te falar de quem tu amas. ..................................................................... Quando te vi amei-te já muito antes: Tornei a achar-te quando te encontrei. Nasci pra ti antes de haver o mundo. Não há cousa feliz ou hora alegre Que eu tenha tido pela vida fora, Que o não fosse porque te previa, Porque dormias nela tu futuro. ..................................................................... E eu soube-o só depois, quando te vi, E tive para mim melhor sentido, E o meu passado foi como uma 'strada Iluminada pela frente, quando O carro com lanternas vira a curva Do caminho e já a noite é toda humana. ..................................................................... Quando eu era pequena, sinto que eu Amava-te já longe, mas de longe... ..................................................................... Amor, diz qualquer cousa que eu te sinta! — Compreendo-te tanto que não sinto, Oh coração exterior ao meu! Fatalidade, filha do destino E das leis que há no fundo deste mundo! Que és tu a mim que eu compreenda ao ponto De o sentir...? ..................................................................... XXII Pra que te falar? Ninguém me irmana Os pensamentos na compreensão. Sou só por ser supremo, e tudo em mim É maior. XXIII Reza por mim! A mais não me enterneço. Só por mim mesmo sei enternecer-me, Soba a ilusão de amar e de sentir em que forçadamente me detive. Reza por mim, por mim! Eis a que chega A minha tentativa [em] querer amar.

Por Fernando Pessoa