Veja outros textos inspiradores!
Hebreus, HB, 1:10, Diz ainda: ´No princípio, Senhor, lançaste os fundamentos da terra, e os céus são obra das tuas mãos.
Por Hebreus, Novo Testamento"Por que é que as honras geram dissabor? Todo dissabor nasce do fato de alguém ser um ego. E não é possível contentar o ego. Se eu pudesse libertar-me do ego não haveria mais dissabores. Por isto, quem se mantém liberto de favores e desfavores liberta-se da idolatria do ego". (Tao Te Ching, aforismo 13-b)
Por Lao-TséTiago, TG, 5:6, Vocês têm condenado e matado o justo, sem que ele ofereça resistência.
Por Tiago, Novo TestamentoSou como o nitrogênio. Esse elemento já foi considerado inútil por ser pouco reativo. Mas, ao ser convertido em amônia, ele se torna um fertilizante essencial para as plantas.
Por Amanhã – Tomorrow (série)O sucesso somente é alcançado quando você conquista seus objetivos sem humilhar as pessoas que passaram pelo seu caminho.
Por Lindomar BatistaSalmos, SL, 52:4, Você ama todas as palavras devoradoras, ó língua fraudulenta!
Por Salmos, Antigo TestamentoSe você está disposto a receber a liberdade da vida, o dinheiro não terá valor para você.
Por Gary M. DouglasA Procura da Poesia Não faças versos sobre acontecimentos. Não há criação nem morte perante a poesia. Diante dela, a vida é um sol estático, não aquece nem ilumina. As afinidades, os aniversários, os incidentes pessoais não contam. Não faças poesia com o corpo, esse excelente, completo e confortável corpo, tão infenso à efusão lírica. Tua gota de bile, tua careta de gozo ou de dor no escuro são indiferentes. Nem me reveles teus sentimentos, que se prevalecem do equívoco e tentam a longa viagem. O que pensas e sentes, isso ainda não é poesia. Não cantes tua cidade, deixa-a em paz. O canto não é o movimento das máquinas nem o segredo das casas. Não é música ouvida de passagem, rumor do mar nas ruas junto à linha de espuma. O canto não é a natureza nem os homens em sociedade. Para ele, chuva e noite, fadiga e esperança nada significam. A poesia (não tires poesia das coisas) elide sujeito e objeto. Não dramatizes, não invoques, não indagues. Não percas tempo em mentir. Não te aborreças. Teu iate de marfim, teu sapato de diamante, vossas mazurcas e abusões, vossos esqueletos de família desaparecem na curva do tempo, é algo imprestável. Não recomponhas tua sepultada e merencória infância. Não osciles entre o espelho e a memória em dissipação. Que se dissipou, não era poesia. Que se partiu, cristal não era. Penetra surdamente no reino das palavras. Lá estão os poemas que esperam ser escritos. Estão paralisados, mas não há desespero, há calma e frescura na superfície intata. Ei-los sós e mudos, em estado de dicionário. Convive com teus poemas, antes de escrevê-los. Tem paciência se obscuros. Calma, se te provocam. Espera que cada um se realize e consume com seu poder de palavra e seu poder de silêncio. Não forces o poema a desprender-se do limbo. Não colhas no chão o poema que se perdeu. Não adules o poema. Aceita-o como ele aceitará sua forma definitiva e concentrada no espaço. Chega mais perto e contempla as palavras. Cada uma tem mil faces secretas sob a face neutra e te pergunta, sem interesse pela resposta, pobre ou terrível, que lhe deres: Trouxeste a chave? Repara: ermas de melodia e conceito elas se refugiaram na noite, as palavras. Ainda úmidas e impregnadas de sono, rolam num rio difícil e se transformam em desprezo.
Por Carlos Drummond de Andrade