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Romanos, RM, 9:31, e que Israel, que buscava a lei de justiça, não chegou a atingir essa lei.
Por Romanos, Novo TestamentoLevítico, LV, 10:17, - Por que vocês não comeram a oferta pelo pecado no lugar santo? Pois coisa santíssima é; e o Senhor a deu a vocês, para levarem a iniquidade da congregação, para fazerem expiação por eles diante do Senhor.
Por Levítico, Antigo TestamentoO rock n' roll está acabado, você não entende? Os Sex Pistols acabaram com o rock, eles são a última banda de rock n' roll.
Por Johnny RottenIsaías, IS, 63:1, ´Quem é este que vem de Edom, de Bozra, vestido de roupas vermelhas, roupas vistosas, que vem marchando na plenitude da sua força`? ´Sou eu, que falo com justiça, que sou poderoso para salvar.`
Por Isaías, Antigo TestamentoHá momentos em que eu preferiria encarar o Terror Negro à minha própria filha de 15 anos.
Por A Casa do Dragão (série)Às vezes é preciso parar e olhar para longe, para podermos enxergar o que está diante de nós.
Por John KennedyAmós, AM, 8:4, Ouçam isto, vocês que pisam os necessitados e destroem os miseráveis da terra,
Por Amós, Antigo TestamentoEfésios, EF, 6:7, Sirvam de boa vontade, como se estivessem trabalhando para o Senhor e não para pessoas,
Por Efésios, Novo TestamentoNeemias, NE, 12:46, Pois já no passado, nos dias de Davi e de Asafe, havia chefes dos cantores, cânticos de louvor e ações de graças a Deus.
Por Neemias, Antigo TestamentoA Irreparável Fuga do Tempo Justamente aquela noite iria começar para ele a irreparável fuga do tempo. Até então ele passara pela despreocupada idade da primeira juventude, uma estrada que na meninice parece infinita, onde os anos escoam lentos e com passo leve, tanto que ninguém nota a sua passagem. Caminha-se placidamente, olhando com curiosidade ao redor, não há necessidade de se apressar, ninguém empurra por trás e ninguém espera, também os companheiros procedem sem preocupações, detendo-se frequentemente para brincar. Das casas, a porta, a gente grande cumprimenta-se benigna e aponta para o horizonte com sorrisos de cumplicidade; assim o coração começa a bater por heroicos e suaves desejos, saboreia-se a véspera das coisas maravilhosas que aguardam mais adiante; ainda não se veem, não, mas é certo, absolutamente certo, que um dia chegaremos a elas. Falta muito? Não, basta atravessar aquele rio lá longe, no fundo, ultrapassar aquelas verdes colinas. Ou já não se chegou, por acaso? Não são talvez estas árvores, estes prados, esta casa branca o que procurávamos? Por alguns instantes tem-se a impressão que sim, e quer-se parar ali. Depois ouve-se dizer que o melhor está mais adiante, e retoma-se despreocupadamente a estrada. Assim, continua-se o caminho numa espera confiante, e os dias são longos e tranquilos, o sol brilha alto no céu e parece não ter mais vontade de desaparecer no poente. Mas a uma certa altura, quase instintivamente, vira-se para trás e vê-se que uma porta foi trancada às nossas costas, fechando o caminho de volta. Então sente-se que alguma coisa mudou, o sol não parece mais imóvel, desloca-se rápido, infelizmente, não dá tempo de olhá-lo, pois já se precipita nos confins do horizonte, percebe-se que as nuvens não estão mais estagnadas nos golfos azuis do céu, fogem, amontoando-se umas sobre as outras, tamanha é sua afoiteza; compreende-se que o tempo passa e que a estrada, um dia, deverá inevitavelmente acabar. A um certo momento batem às nossas costas um pesado portão, fecham-no a uma velocidade fulminante, e não há tempo de voltar. Será então como um despertar. Olhará à sua volta, incrédulo; depois ouvirá um barulho de passos vindo de trás, verá as pessoas, despertadas antes dele, que correm afoitas e o ultrapassam para chegar primeiro. Ouvirá a batida do tempo escandir avidamente a vida. Nas janelas não mais aparecerão figuras risonhas, mas rostos imóveis e indiferentes. E se perguntar quanto falta do caminho, ainda lhe apontarão o horizonte, mas sem nenhuma bondade ou alegria. Entretanto, os companheiros se perderão de vista, um porque ficou para trás, esgotado, outro porque desapareceu antes e já não passa de um minúsculo ponto no horizonte. Além daquele rio — dirão as pessoas —, mais dez quilômetros, e terá chegado. Ao contrário, não termina nunca, os dias se tornam cada vez mais curtos, os companheiros de viagem, mais raros, nas janelas estão apáticas figuras pálidas que balançam a cabeça. Então já estará cansado, as casas, ao longo da rua, terão quase todas as janelas fechadas, e as raras pessoas visíveis lhe responderão com um gesto desconsolado: o que era bom ficou para trás, muito para trás, e ele passou adiante, sem dar por isso. Ah, é demasiado tarde para voltar, atrás dele aumenta o fragor da multidão que o segue, impelida pela mesma ilusão, mas ainda invisível, na branca estrada deserta. Ai, se pudesse ver a si mesmo, como estará um dia, lá onde a estrada termina, parado na praia do mar de chumbo, sob um céu cinzento e uniforme, sem nenhuma casa ao redor, nenhum homem, nenhuma árvore, nem mesmo um fio de erva, tudo assim desde um tempo imemorável.
Por Dino Buzzati