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Não sei quem sou, que alma tenho. Quando falo com sinceridade não sei com que sinceridade falo. Sou variamente outro do que um eu que não sei se existe (se é esses outros)... Sinto crenças que não tenho. Enlevam-me ânsias que repudio. A minha perpétua atenção sobre mim perpetuamente me ponta traições de alma a um carácter que talvez eu não tenha, nem ela julga que eu tenho. Sinto-me múltiplo. Sou como um quarto com inúmeros espelhos fantásticos que torcem para reflexões falsas uma única anterior realidade que não está em nenhuma e está em todas. Como o panteísta se sente árvore (?) e até a flor, eu sinto-me vários seres. Sinto-me viver vidas alheias, em mim, incompletamente, como se o meu ser participasse de todos os homens, incompletamente de cada (?), por uma suma de não-eus sintetizados num eu postiço.

Por Fernando Pessoa

⁠As pessoas no topo da sabedoria são aquelas que não se acomodam e permanecem humildes.

Por Jorge Tomás

⁠Ele está cheio de desejo. Desejo e medo. Ele não sabe o que deseja e não admite seu medo. Mas sente os dois com uma força a ponto de estrangular.

Por Katherine Arden

Talvez a função do psicoterapeuta ou do psicanalista seja parecida com a de um carteiro que pega cartas embaralhadas, as cartas de nosso destino, e ajuda a entregar as que podem ser entregues, reenviar as que estão sem destinatário e cuidar daquelas que ainda não foram escritas.

Por Christian Dunker

— Eu queria propor-lhe uma troca de ideias... — Deus me livre!

Por Mario Quintana

Josué, JS, 8:32, Ali Josué escreveu, em pedras, uma cópia da lei de Moisés, que este já havia escrito diante dos filhos de Israel.

Por Josué, Antigo Testamento

EU APRENDI que a melhor sala de aula do mundo está aos pés de uma pessoa mais velha; EU APRENDI que ter uma criança adormecida nos braços é um dos momentos mais pacíficos do mundo; EU APRENDI que ser gentil é mais importante do que estar certo; EU APRENDI que eu sempre posso fazer uma prece por alguém quando não tenho a força para ajudá-lo de alguma outra forma; EU APRENDI que não importa quanta seriedade a vida exija de você, cada um de nós precisa de um amigo brincalhão para se divertir junto; EU APRENDI que algumas vezes tudo o que precisamos é de uma mão para segurar e um coração para nos entender; EU APRENDI que deveríamos ser gratos a Deus por não nos dar tudo que lhe pedimos; EU APRENDI que dinheiro não compra "classe"; EU APRENDI que são os pequenos acontecimentos diários que tornam a vida espetacular; EU APRENDI que debaixo da "casca grossa" existe uma pessoa que deseja ser apreciada, compreendida e amada; EU APRENDI que Deus não fez tudo num só dia; o que me faz pensar que eu possa? EU APRENDI que ignorar os fatos não os altera; EU APRENDI que o AMOR, e não o TEMPO, é que cura todas as feridas; EU APRENDI que cada pessoa que a gente conhece deve ser saudada com um sorriso; EU APRENDI que ninguém é perfeito até que você se apaixone por essa pessoa; EU APRENDI que a vida é dura, mas eu sou mais ainda; EU APRENDI que as oportunidades nunca são perdidas; alguém vai aproveitar as que você perdeu. EU APRENDI que quando o ancoradouro se torna amargo a felicidade vai aportar em outro lugar; EU APRENDI que devemos sempre ter palavras doces e gentis pois amanhã talvez tenhamos que engolí-las; EU APRENDI que um sorriso é a maneira mais barata de melhorar sua aparência; EU APRENDI que todos querem viver no topo da montanha, mas toda felicidade e crescimento ocorre quando você esta escalando-a; EU APRENDI Que quanto menos tempo tenho, mais coisas consigo fazer.

Por H. Jackson Brown Jr

Não serve de nada atormentarmo-nos com uma coisa depois de a termos feito, a não ser para torná-la pior.

Por Bonaventure Périers

William Contraponto: A lucidez como heresia A poesia de William Contraponto não pede licença. Ela entra como pergunta. Permanece como desconforto. E sai deixando vestígios — não de esperança, mas de pensamento. Seu verso é seco, rente ao osso, herdeiro de um pacto com a lucidez. Ex-médium, hoje ateu, Contraponto não escreve a partir do ressentimento, mas da experiência desnudada. Viveu por dentro os rituais, sentiu o corpo ser tomado por forças que pareciam externas, mas depois reconheceu: o que parecia transcendência era desejo encenado, era necessidade de sentido em estado bruto. E foi esse rompimento — não com a fé, mas com a ilusão — que marcou sua travessia estética. Sua obra é radicalmente existencialista. Não no sentido acadêmico, mas vital. Contraponto não cita Sartre, Camus ou Beauvoir. Ele os atravessa. Sua escrita emerge da mesma angústia essencial: a de estar vivo num mundo sem garantias. Seu olhar recusa os confortos espirituais, os dogmas reciclados, as promessas vendidas como salvação. Em vez disso, oferece o que resta depois do desengano: umvazio honesto, um silêncio não manipulado, uma linguagem que pensa,. O estilo é contido, afiado, desprovido de ornamentos. Há ritmo, mas não há melodia fácil. Cada poema parece limado até o limite da palavra exata. Nada sobra. Nada falta. É uma poesia que respira o pensamento e sangra a dúvida. Mais próxima do ensaio do que da canção, mais próxima da meditação crua do que do lirismo adocicado. William Contraponto é também um poeta de consciência social. Sua descrença no sagrado caminha junto de sua recusa às estruturas que domesticam a liberdade — sejam elas religiosas, políticas ou econômicas. Mas sua crítica nunca desumaniza. Ao contrário: nasce de uma empatia crua com o humano como projeto inacabado. No lugar da fé, propõe o enfrentamento. No lugar da doutrina, a lucidez. No lugar da promessa, a palavra como faca — ou espelho. Ler William Contraponto é ser tirado do eixo. É lembrar que pensar também dói. E que há beleza, sim, no que não consola.

Por Neno Marques

Salmos, SL, 78:19, Falaram contra Deus, dizendo: ´Será que Deus pode preparar-nos uma mesa no deserto?

Por Salmos, Antigo Testamento