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Os pássaros cantam como cantaram ontem. Nada muda essa nova rotina diária. Só que você se foi. Está livre agora. E nossas lágrimas lhe desejam sorte.
Por A Penúltima Palavra (série)No primeiro caso, a «arte pela arte» marca uma discordância com o meio e uma resistência às forças conservadoras. No segundo caso traduz uma cooperação mais ou menos activa com elas. No primeiro caso a negação de uma arte «utilitária» é a recusa a servir as forças do passado; no segundo caso, a recusa a servir as forças do futuro.
Por Álvaro CunhalAs ideias têm um anverso e um reverso e é difícil averiguar qual é o lado em que está o cunho legítimo.
Por Gregório MarañónElfman: O que esta fazendo?! Só precisa transformar ele em pedra, sabia?! Evergreen: Só funciona com humanos! Elfman: Idiota! Falei do dono! Daquele cara! Evergreen: Não dá! Ele está de óculos! Elfman: Nossa! Mas é muito inútil, mesmo! Evergreen: Quer virar pedra no lugar dele?! Rustyrose: Quando duas pessoas se amam discordam... Elfman e Evergreen: Se amam uma pinoia!
Por Fairy TailE eu não quero amor, nada de menos Dispense os jogos desses mais ou menos Pra que pequenos vícios Se o amor são fogos que se acendem sem artifícios
Por Antonio CiceroAMOR E SEU TEMPO Amor é privilégio de maduros estendidos na mais estreita cama, que se torna a mais larga e mais relvosa, roçando, em cada poro, o céu do corpo. É isto, amor: o ganho não previsto, o prêmio subterrâneo e coruscante, leitura de relâmpago cifrado, que, decifrado, nada mais existe valendo a pena e o preço do terrestre, salvo o minuto de ouro no relógio minúsculo, vibrando no crepúsculo. Amor é o que se aprende no limite, depois de se arquivar toda a ciência herdada, ouvida. Amor começa tarde.
Por Carlos Drummond de AndradeSobre um Poema Um poema cresce inseguramente na confusão da carne, sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto, talvez como sangue ou sombra de sangue pelos canais do ser. Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência ou os bagos de uva de onde nascem as raízes minúsculas do sol. Fora, os corpos genuínos e inalteráveis do nosso amor, os rios, a grande paz exterior das coisas, as folhas dormindo o silêncio, as sementes à beira do vento, - a hora teatral da posse. E o poema cresce tomando tudo em seu regaço. E já nenhum poder destrói o poema. Insustentável, único, invade as órbitas, a face amorfa das paredes, a miséria dos minutos, a força sustida das coisas, a redonda e livre harmonia do mundo. - Em baixo o instrumento perplexo ignora a espinha do mistério. - E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Por Herberto Helder