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Nosso corpo devia mostrar mais as coisas que nos machucam, as histórias que mantemos escondidas dentro de nós.
Por Cartas de amor aos mortosTriste Bahia! Ó quão dessemelhante Estás e estou do nosso antigo estado! Pobre te vejo a ti, tu a mi empenhado, Rica te vi eu já, tu a mi abundante. A ti trocou-te a máquina mercante, Que em tua larga barra tem entrado, A mim foi-me trocando, e tem trocado, Tanto negócio e tanto negociante. Deste em dar tanto açúcar excelente Pelas drogas inúteis, que abelhuda Simples aceitas do sagaz Brichote. Oh se quisera Deus que de repente Um dia amanheceras tão sisuda Que fora de algodão o teu capote!
Por Gregório de MatosTudo bem se aquele tempo não voltar mais. O que acontecer comigo não importa. Mas essas duas crianças estão vivas. Eu quero que sobrevivam e continuem sorrindo!
Por Drifting Home (anime)II Reis, 2RS, 11:10, O sacerdote entregou aos capitães de cem as lanças e os escudos que haviam sido do rei Davi e que estavam na Casa do Senhor.
Por II Reis, Antigo TestamentoTava aqui combinando com o meu coração Ele tá sem condição A gente andou levando pancada demais Cabeça na lua e copo na mão Cada gole uma decepção E nenhum dos dois aguenta mais
Por Diego e ArnaldoWake Me Up Before You Go Go (tradução) Música do balanço Música do balanço Música do balanço Música do balanço Você põe o meu coração para fazer bum-bum Você manda a minha alma céu acima quando seu amor começa Música do balanço dentro do meu cérebro Faz bang bang até meus pés fazerem o mesmo Se algo está te incomodando Se algo não está certo Meu amigo me contou o que você fez na noite passada Me deixou dormindo na minha cama Eu estava sonhando, mas eu deveria ter ficado com você Acorde-me antes de você ir ir Não deixe-me pendendo feito um io-io Acorde-me antes de você ir ir Eu não quero perder quando você alcançar o alto Acorde-me antes de você ir ir Porque eu não estou planejando seguir só Acorde-me antes de você ir ir Leve-me para dançar esta noite Eu quero alcançar o alto Você colocou o céu cinzento fora do meu caminho Você faz o sol brilhar mais que Doris Day Você transforma uma faísca numa chama brilhante Meus batimentos por minuto nunca mais serão os mesmos Porque você é a minha garota, Eu sou o seu bobo Me deixa louco quando você é cruel comigo Vamos lá meu bem, não vamos brigar Nós iremos dançar e tudo ficará bem Acorde-me antes de você ir ir Não deixe-me pendendo feito um io-io Acorde-me antes de você ir ir Eu não quero perder quando você alcançar o alto Acorde-me antes de você ir ir Porque eu não estou planejando seguir só Acorde-me antes de você ir ir Leve-me para dançar esta noite Eu quero alcançar o alto Yeah. yeah, yeah Abrace logo querida, e segure bem forte Nós estaremos dançando amanhã à noite Está frio lá fora, mas a cama está aquecida Eles podem dançar, nós ficaremos em casa ao invés disso Acorde-me antes de você ir ir Não deixe-me pendendo feito um io-io Acorde-me antes de você ir ir Eu não quero perder quando você alcançar o alto Acorde-me antes de você ir ir Porque eu não estou planejando seguir só Acorde-me antes de você ir ir Leve-me para dançar esta noite Eu quero alcançar o alto
Por George MichaelA Velha Amiga Conversávamos sobre saudade. E de repente me apercebi de que não tenho saudade de nada. Isso independente de qualquer recordação de felicidade ou de tristeza, de tempo mais feliz, menos feliz. Saudade de nada. Nem da infância querida, nem sequer das borboletas azuis, Casimiro. Nem mesmo de quem morreu. De quem morreu sinto é falta, o prejuízo da perda, a ausência. A vontade da presença, mas não no passado, e sim presença atual. Saudade será isso? Queria tê-los aqui, agora. Voltar atrás? Acho que não, nem com eles. A vida é uma coisa que tem de passar, uma obrigação de que é preciso dar conta. Uma dívida que se vai pagando todos os meses, todos os dias. Parece loucura lamentar o tempo em que se devia muito mais. Queria ter palavras boas, eficientes, para explicar como é isso de não ter saudades; fazer sentir que estou expirimindo um sentimento real, a humilde, a nua verdade. Você insinua a suspeita de que talvez seja isso uma atitude. Meu Deus, acha-me capaz de atitudes, pensa que eu me rebaixaria a isso? Pois então eu lhe digo que essa capacidade de morrer de saudades, creio que ela só afeta a quem não cresceu direito; feito uma cobra que se sentisse melhor na pele antiga, não se acomodasse nunca à pele nova. Mas nós, como é que vamos ter saudades de um trapo velho que não nos cabe mais? Fala que saudade é sensação de perda. Pois é. E eu lhe digo que, pessoalmente, não sinto que perdi nada. Gastei, gastei tempo, emoções, corpo e alma. E gastar não é perder, é usar até consumir. E não pense que estou a lhe sugerir tragédias. Tirando a média, não tive quinhão por demais pior que o dos outros. Houve muito pedaço duro, mas a vida é assim mesmo, a uns traz os seus golpes mais cedo e a outros mais tarde; no fim, iguala a todos. Infância sem lágrimas, amada, protegida. Mocidade - mas a mocidade já é de si uma etapa infeliz. Coração inquieto que não sabe o que quer, ou quer demais. Qual será, nesta vida, o jovem satisfeito? Um jovem pode nos fazer confidências de exaltação, de embriaguez; de felicidade, nunca. Mocidade é a quadra dramática por excelência, o período dos conflitos, dos ajustamentos penosos, dos desajustamentos trágicos. A idade dos suicídios, dos desenganos e, por isso mesmo, dos grandes heroísmos. É o tempo em que a gente quer ser dono do mundo - e ao mesmo tempo sente que sobra nesse mesmo mundo. A idade em que se descobre a solidão irremediável de todos os viventes. Em que se pesam os valores do mundo por uma balança emocional, com medidas baralhadas; um quilo às vezes vale menos do que um grama; e por essas medida, pode-se descobrir a diferença metafísica que há entre uma arroba de chumbo e uma arroba de plumas. Não sei mesmo como, entre as inúmeras mentiras do mundo, se consegue manter essa mentira maior de todas: a suposta felicidade dos moços. Por mim, sempre tive pena deles, da sua angústia e do seu desamparo. Enquanto esta idade a que chegamos, você e eu, é o tempo da estabilidade e das batalhas ganhas. Já pouco se exige, já pouco se espera. E mesmo quando se exige muito, só se espera o possível. Se as surpresas são poucas, poucos também os desenganos. A gente vai se aferrando a hábitos, a pessoas e objetos. Ai, um um dos piores tormentos dos jovens é justamente o desapego das coisas, essa instabilidade do querer, a sede do que é novo, o tédio do possuído. E depois há o capítulo da morte, sempre presente em todas as idades. Com a diferença de que a morte é a amante dos moços e a companheira dos velhos. Para os jovens ela é abismo e paixão. Para nós, foi se tornando pouco a pouco uma velha amiga, a se anunciar devagarinho: o cabelo branco, a preguiça, a ruga no rosto, a vista fraca, os achaques. Velha amiga que vem de viagem e de cada porto nos manda um postal, para indicar que já embarcou. (Crônica publicada no jornal "O Estado de São Paulo" - 13/01/2001)
Por Rachel de QueirozA gente não ama o outro porque ele é nosso espelho, a gente ama o outro na notícia que ele dá de que há um mundo para além do nosso umbigo. Ter o nosso narcisismo furado é um baita alívio, e, no amor, é disso que se trata.
Por Ana SuyO silêncio, quando é desejado, não deixa rastro de mal-estar. Quando é um mandato, represa a palavra como uma armadura que aprisiona. Em algum momento, há que permitir a essas palavras que saiam de tão dolorida couraça.
Por Alexandre Coimbra Amaral